Syphon Filter: The Omega Strain

da Redação

A série "Syphon Filter" começou sua carreira promissora no PSOne misturando ação e furtividade com uma trama de bio-terrorismo, mas cada novo jogo parecia ter mais dificuldade em capturar a mesma fórmula de diversão do primeiro episódio. A série, desenvolvida por estúdios internos da Sony, levou anos para chegar ao PS2, em parte devido à tentativa de recriar o combate ao terrorismo com multiplayer online. As decisões de seus criadores, porém, parecem ter ferido o game tanto na parte online quanto na offline.

Fãs da série vão reconhecer imediatamente o sistema de controle, que permite movimentos rápidos - e as famosas cambalhotas -, mas priorizando uma mira firme e precisa. Os tiros na cabeça agora são ainda mais importantes, já que o game dá vidas infinitas ao personagem, usando um limite de tempo para completar todos os objetivos opcionais como o único verdadeiro desafio.

Ressurreição online

"The Omega Strain" não tenta esconder que foi feito especificamente para ser jogado online: quando o personagem morre, mesmo na campanha para um jogador, ele simplesmente retorna para o último checkpoint sem retroceder o tempo do jogo. Da mesma forma, os terroristas inimigos simplesmente continuam surgindo do nada repetidamente. O único verdadeiro oponente, como dito acima, é o limite de tempo.

As quase 20 fases do jogo oferecem algumas situações interessantes, mas a maioria delas exige dois ou mais jogadores e, portanto, uso da opção multiplayer online para que sua solução seja possível. Seja dar cobertura para um colega em posição perigosa, oferecer impulso para alcançar uma área alta de difícil acesso ou simplesmente a necessidade de estar em dois lugares para ganhar tempo, esses momentos parecem interessantes na teoria, mas acabam se provando longos exercícios de frustração se você não tem uma equipe muito coordenada (uma verdadeira raridade na Internet).

Arsenal turbinado

Um dos aspectos interessantes de "Omega Strain" é seu sistema de recompensa. Completar certas fases com todos os objetivos no tempo mínimo libera novas armas e roupas para o arsenal do jogador - elementos que não apenas facilitam a vida, mas também tornam o personagem mais reconhecível no mundo online. O número de objetos é respeitável e o desafio para conseguí-los não decepciona.

O game tem dois sérios problemas de controle. O pior deles é o sistema de troca de armas, que pode ser feita lentamente apertando Select, ou segurando o botão e movendo o direcional digital. As duas opções não são práticas o suficiente para o ritmo do game. A segunda falha está no uso do botão L3 para ativar o microfone no multiplayer online: isso muitas vezes pode atrapalhar o movimento do jogador de forma fatal.

Antes tarde do que nunca? Talvez não!

Do ponto de vista técnico, o game não impressiona. A parte gráfica e sonora não está muito além de um título da primeira geração do PlayStation 2, algo inaceitável para um estúdio interno da Sony com tanto tempo trabalhando no projeto. Se você aceitar o conceito de que é impossível morrer permanentemente nas fases, elas são longas e oferecem situações interessantes. Infelizmente, para um jogo que exige constante repetição para atingir o recorde de tempo, é surpreendente que a Sony Bend tenha esquecido de colocar uma opção para reiniciar a missão - exigindo que o jogador perca cerca de um minuto para recomeçar tudo de novo.