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The Chronicles of Narnia

09/12/2005

da Redação
Depois de "O Senhor dos Anéis" e "Harry Potter", mais uma obra de fantasia faz o caminho "livro que vira superprodução de Hollywood, que é transformada em jogo". "As Crônicas de Nárnia" é uma série de sete livros escritos por C. S. Lewis na década de 50, que, por coincidência, foi amigo de J. R. R. Tolkien, autor da saga "O Senhor dos Anéis".

Já partindo da conclusão, "As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa" consegue, em parte, fugir do estigma dos jogos baseados em filmes de Hollywood, considerados abaixo da crítica. Pode não ser nenhum grande título, mas possui uma mecânica de jogo relativamente sólida, além de mergulhar o jogador com sucesso num mundo de fantasia.

Das bombas ao eterno inverno

Se "As Crônicas de Nárnia" e "Harry Potter" guardam algumas semelhanças, as adaptações para os videogames são ainda mais parecidas. Ambas são jogos de ação e aventura com elementos de exploração em que é preciso usar as habilidades dos diferentes personagens para avançar.

Este episódio, baseado no segundo livro, conta a história dos quatro irmãos Pevensies, em plena Londres da Segunda Guerra Mundial. Para fugir do perigo dos constantes ataques aéreos, como mostrado na primeira fase do game, eles acabam por morar com o professor Digory Kirke, numa grande casa distante do centro do conflito. Ali, em um dos quartos, há um misterioso armário que leva para o mundo fantástico de Nárnia, um lugar em que vivem criaturas mitológicas, animais que falam e onde a magia é comum.

Mas a terra, que já foi exuberante, é condenada a um eterno inverno pela Feiticeira Branca, cujo reinado só terminará quando os dois filhos de Adão e as duas filhas de Eva sentarem-se nos quatro tronos do castelo de Cair Paravel. Com ajuda do leão Aslam, criador e governante de Nárnia, os quatro irmãos embarcam numa aventura fantástica.

A união faz a força

Em primeiro lugar, é preciso dizer que a produtora Traveller's Tales conseguiu dar personalidades diferentes a Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia, fazendo com que tivessem características bem distintas e fossem úteis em cada enigma apresentado pelo game.

Ao mesmo tempo, para não ser enfadonho demais, alguns dos problemas podem ser resolvidos por mais de um personagem. Por exemplo, Pedro e Susana são capazes de mexer objetos pesados, como mesas, enquanto os caçulas podem andar sobre superfícies quebradiças.

De maneira geral, Pedro, o mais velho, é quem cuida dos combates, enquanto Susana tem a capacidade de lançar objetos, como bolinhas de tênis e flechas, além de ser capaz de usar uma flauta para fazer os inimigos dormirem. Edmundo, por sua vez, consegue subir em postes e árvores, e a caçulinha Lúcia se equilibra em bolas de neve e pode passar por buracos estreitos.

Existem também habilidades disponibilizadas quando dois dos irmãos trabalham juntos: enquanto Pedro e Edmundo podem se dar as mãos e fazer um golpe giratório que atropela quem estiver pelo caminho, Susana pode lançar Lúcia como se fosse uma bola de boliche, para quebrar obstáculos. Enfim, dependendo do time, as combinações são bem variadas.

Mais da metade do jogo se resume a ultrapassar diversos obstáculos, usando as habilidades dos Pevensies e também o ambiente, composto por galhos, fogueiras, bolas de neve e afins. Há também elementos de exploração: nas primeiras fases, quase todos os objetos dos cenários escondem itens - geralmente são moedas, mas muitos também têm outros ícones secretos.

Mesmo nos cenários externos, praticamente tudo é quebrável e esconde itens, que influenciam na avaliação ao término do estágio. As moedas permitem comprar novas habilidades e melhoramentos para os personagens. Outros truques, porém, são adquiridos ao longo da aventura.

Lutando contra o tédio

Há também alguns combates, mas não são exatamente o forte do título, prejudicados pela cansativa repetição. Pedro ou Edmundo são os mais indicados para essas cenas, pois contam com mais força e golpes de diversos tipos, alguns especializados em eliminar determinadas espécies, como o Wolf Bane, que detêm imediatamente os lobos.

Dependendo do capítulo, o jogador controla um grupo de dois a quatro personagens. Mas, obviamente, apenas um será comandado diretamente, enquanto os outros ficam por conta da inteligência artificial. Mas, a qualquer momento, um segundo jogador pode entrar na partida. A troca de personagens pode ser feita a qualquer hora e isso funciona bem na maioria das situações.

Porém, quando mais um personagem é exigido para resolver o problema, fica um pouco mais complicado, como, por exemplo, numa cena em que Susana precisa apagar um incêndio com bolas de neve e lobos atacam sem parar. Nessa parte, é necessário trocar de personagem a toda hora. E quando a confusão aumenta, é mais difícil acionar os movimentos em dupla. Entre uma fase e outra, minigames ajudam a quebrar a rotina.

O mundo de Nárnia na tela

"As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa" tem um aspecto visual um pouco inconsistente, mas, no geral, mostra boas representações das localidades vistas no filme. Enquanto a casa dos Pevensies ou o casarão do professor Kirke possuem uma ambientação competente, as cenas externas não trazem a mesma qualidade. Em defesa da produtora, é um tanto complicado dar variedade num mundo onde quase tudo está sob a neve.

A mesma irregularidade também é vista na modelagem dos personagens, que, de maneira geral imita bem os atores do filme, mas alguns ângulos os tornam completamente diferentes. A produtora também não economizou no uso de cenas do filme, que acabam por contar quase toda usa trama.

As animações também estão bem naturais e, durante as batalhas, vários personagens podem ocupar a tela, gerando um pequeno caos. Mesmo assim, não houve nenhum sinal de travamento, mesmo com várias animações acontecendo no cenário e no plano de fundo.

O trabalho do grupo de som foi mais consistente: sem arriscar, a equipe usou uma trilha sonora similar a do longa-metragem, com uma típica orquestra de filmes com alto investimento. Os efeitos sonoros também têm qualidade e as dublagens são seguras.

Magia e tecnologia

O game de "As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa" consegue reproduzir parte da magia do conto infantil de C. S. Lewis. Como jogo, pode não ser brilhante, mas aqueles que se encantaram com o filme ou que gostam de um correto título de ação provavelmente terão boas horas de diversão.

"As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa" tem versões para PC, GameCube, PlayStation 2 e Xbox.

CONSIDERAÇÕES

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    The Chronicles of Narnia (Playstation 2)

    55 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Traveller's Tales
    Lançamento: 14/11/2005
    Distribuidora: Disney Interactive
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: DS PC GB GC XB
    RegularAvaliação:
    Regular

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