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Ultimate Spider-Man

30/09/2005

da Redação
Assim como a Radical Entertainment, que reformulou o mediano "The Hulk", baseado no filme de longa-metragem do diretor Ang Lee, a Treyarch também resolveu se dar uma segunda chance, lançando um novo game do super-herói Homem-Aranha.

Jogos de heróis baseados em longa-metragem são, geralmente, abaixo da crítica e a culpa é, possivelmente, do prazo apertado que as produtoras têm de obedecer para lançá-los junto com os filmes no cinema. O resultado são jogos medíocres como "Batman Begins", "Quarteto Fantástico", "O Justiceiro" e tantos outros.

Com mais tempo de produção, o gigante verde ganhou mais qualidade em "The Incredible Hulk: Ultimate Destruction", lançado para GameCube, PlayStation 2 e Xbox. O mesmo aconteceu com "Ultimate Spider-Man", que apesar de similar aos antecessores, traz novas missões com muito mais diversão para a aventura do aracnídeo.

Quadrinho vivo

Assim como a reformulação do game do Hulk, o novo episódio do amigo da vizinhança se baseia nos quadrinhos. O gibi homônimo retoma as origens de Peter Parker, um colegial de 15 anos dividido entre a responsabilidade de ter um grande poder nas mãos e sua vida particular, sem tempo para estudar ou se divertir. Como num universo paralelo, alguns personagens tiveram sua história modificada. O Duende Verde, por exemplo, é uma criatura não-humana, e não um louco com uma máscara.

E a nova referência fica bastante clara no visual, que imita com grande competência os traços do quadrinho original. Trata-se de um cel-shading especial, que obedece ao estilo do criador do gibi, Mark Bagley, colaborador ativo nos esboços dos personagens. Sendo assim, os personagens têm contornos e todos aqueles detalhes típicos dos quadrinhos americanos, além de uma coloração menos chapada que os cel-shading tradicionais.

O resultado é, simplesmente, um gibi animado, em que cada quadro poderia ser uma cena da tira original. O enredo também conta com o autor da obra original, Brian Michael Bendis, que escreveu todos os diálogos do videogame. Os fãs do Homem-Aranha reconhecerão de imediato todas as clássicas falas de Peter Parker.

"Ultimate Spider-Man" é claramente voltado aos que acompanham as histórias do atormentado herói e o game faz novas revelações, completando a trama das tiras de papel. Aliás, as cenas não-interativas abusam desse universo, com cada ação sendo realizadas dentro um quadro.

Nova roupagem

O sistema de jogo é bastante similar ao de "Spider-Man 2", baseado no longa-metragem da Columbia Pictures. Quer dizer, o jogador terá a liberdade de explorar toda Manhattam e participar de diversas missões e minigames. Resumindo, é o tradicional esquema de "Grand Theft Auto".

A cidade encolheu de tamanho, apesar da adição do bairro do Queens. Mas, apesar de menor, a construção está mais complexa, com diversos becos e ruelas, onde, naturalmente, a produtora aproveitou para esconder uma série de ícones.

O grafismo também está diferente, com mais personalidade que os cenários do antecessor. Além dos locais tradicionais da cidade, como a ponte de Manhattan, há também as locações dos quadrinhos como a casa de Doctor Strange, a universidade Empire State e, claro, o prédio do jornal Daily Bugle.

Uma das diferenças desta versão é que para liberar as missões principais é necessário jogar, algumas vezes, os objetivos alternativos e os minigames. Essas missões secundárias, que aparecem em vermelho no mapa, são bastante similares às do antecessor, envolvendo salvar pessoas que estão prestes a cair, pegar balões e enfrentar assaltantes. Resumindo, muita repetição.

Os minigames incluem as tradicionais corridas, que consistem em passar por locais marcados no menor tempo possível. São 60 provas desse tipo e, além delas, há mais 36 provas de combate, em que o Aranha precisará enfrentar bandidos em seqüência. Naturalmente, haverá centenas de ícones espalhados pela cidade toda, que liberam diversos extras.

Apesar de tanto trabalho, o game possui alguns poucos bônus secretos, como novas roupas e a possibilidade de andar pela cidade com um segundo personagem. Mas entre as novas roupas não está alguns dos favoritos do público, como o traje todo vermelho do herói.

Encarnando os aracnídeos

"Ultimate Spider-Man" não decepciona nos quesitos essenciais. As missões principais são muito satisfatórias, principalmente a luta contra os chefes. Muitos deles precisam de estratégias distintas para serem derrotados e o visual deles está excelente. Rhino, por exemplo, está gigantesco, e sua modelagem, sensacional.

O herói, como um novato, não tem tantos golpes como no antecessor e não há opções para comprar mais. Mas o sistema premia quem conseguir fazê-lo lutar como nos quadrinhos, isto é, abusando de acrobacias e ataques aéreos. Se socos e chutes simples forem usados, a luta fica truncada e a diversão diminui consideravelmente.

Também há missões de salvamento, em que será necessário remover alguns objetos pesados através de um minigame. Nele, o jogador apertará os botões de ombro a fim de deixar o medidor na posição verde. Às vezes, precisará aplicar pequenas técnicas de gerenciamento de crise, salvando primeiro as vítimas mais graves.

Existem também diversas missões de perseguição e, apesar de algumas serem divertidas, a quantidade pode cansar um pouco. Algumas chegam a ser frustrantes. O game traz personagens famosos, que fazem uma ponta no game, como o Tocha Humana, do Quarteto Fantástico, e a unanimidade Wolverine.

Os jogadores também controlarão um dos vilões mais queridos dos "comics", o temido Venom. Com ele não tem essa conversa de ser bonzinho e prender os bandidos nas teias: ele simplesmente aniquila os adversários com suas garras e tentáculos. Como tem uma montanha de músculos, pode arremessar carros contra os pobres adversários.

O estilo de controle de Eddie Brock é diferente. Em vez de teias, ele usa sua fantástica força para decolar como um foguete. Se o Aranha usa sua lábia irritante para desnortear os oponentes, o vilão abre sua "boca" para devorar os adversários e cuspir os corpos inanimados. Não importa se é um militar ou uma criança indefesa, se anda e faz sombra, Venom suga toda sua energia vital. Não há sangue nem mutilações, mas pode provocar algum choque em pessoas mais sensíveis.

Apesar de divertido, as missões de Venom poderiam ser mais explosivas, como foi feito em "The Incredible Hulk: Ultimate Destruction", que tem uma quantidade incrível de coisas para destruir. Mesmo assim, é sempre uma satisfação controlar um personagem tão fabuloso.

O Aranha em bits e pixels

A melhor parte de "Spider-Man 2" era a sensação de liberdade ao usar a teia para passear entre os arranha-céus de Manhattam, com grande velocidade e manobras aéreas malucas. Mas, em "Ultimate Spider-Man", só é possível usar uma teia por vez e a velocidade está menor. Continua divertido, mas ficou menos emocionante que o antecessor.

Como dito, a produtora Treyarch inovou ao reproduzir os traços do gibi "Ultimate Spider-Man" nos videogames. Mas isso trouxe algumas complicações, pois a tecnologia parece pesada demais para o PlayStation 2, que sofre com as lentidões. O GameCube também fica atrás da versão do Xbox, a melhor de todas, pois possui texturas pouco definidas.

A modelagem dos personagens está excelente, principalmente a de Venom, com um ótimo trabalho de luz e sombra. Os cenários também obedecem ao grafismo original, com contornos definidos de perto e simplificados de longe. As animações dos modelos 3D também são muito boas, ajudando a definir a personalidade de cada um deles.

A trilha musical está de acordo com a proposta do game, desfilando algumas trilhas de techno sem muito veneno. Os efeitos sonoros também não chegam a se destacar, apenas passam pelo controle de qualidade. O destaque do departamento de áudio são as dublagens, que, podem não contar com grandes nomes, mas fazem um trabalho seguro. Destaque para as falas de Peter Parker, com aquele jeito meio desanimado.

Spider-Man 2 e meio

CONSIDERAÇÕES

"Ultimate Spider-Man" mostra como poderia ter sido "Spider-Man 2" se a produtora tivesse mais prazo para lançar a versão baseada nos cinemas. Apesar de retrocessos em alguns quesitos, a nova edição melhorou muito no que diz questão à aventura principal, com missões bastante divertidas. É uma pena que isso dure pouco tempo e resta aos jogadores tentar todos os minigames e achar os itens escondidos, o que, nem de longe, chegam a ser empolgante.

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    GALERIA

    Ultimate Spider-Man (Playstation 2)

    43 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Treyarch
    Lançamento: 22/09/2005
    Distribuidora: Activision
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    Outras plataformas: DS PC GB GC XB
    RecomendadoAvaliação:
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