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PlayStation 2

Winning Eleven 9

05/08/2005

da Redação
Se a série "Winning Eleven" é considerada uma das melhores franquias de futebol da atualidade, é por que a Konami tem uma longa tradição em produzir games sobre o esporte mais popular do planeta. Já se vão longínquos vinte anos desde "Konami's Soccer" (1985), para computadores MSX, até a mais recente versão de "Winning Eleven", passando por clássicos como "International Superstar Soccer" para Super Nintendo e Nintendo 64.

Mesmo nos consoles da Sony, a série de futebol já tem dez anos e, de versão em versão, a produtora a incrementa cada vez mais. As mudanças em "Winning Eleven 9" incluem mais times - licenciados ou não, possibilidade de usar o time da Master League no modo online e alguns ajustes finos, como novas animações e jogadas.

Mas algumas decisões da Konami farão com que os usuários tenham de repensar sua forma de atuar, pois muito do que era feito automaticamente, como o envio e recepção de passes, tem de ser controlado pelo jogador. Além disso, o juiz apita praticamente qualquer contato físico mais contundente, obrigando ao atleta virtual antecipar a jogada para roubar a bola de maneira limpa.

Os protagonistas do espetáculo da bola

Há algum tempo, "Winning Eleven" avança sobre as qualidades de "FIFA Soccer" e, nessa versão, colocou mais seis times oficiais: Chelsea e Arsenal, da Inglaterra; Porto, de Portugal; Dynamo de Kiev, da Ucrânia; Galatasaray, da Turquia; e Glasgow Rangers, da Escócia. Os times ingleses já aparecem com o novo uniforme da atual temporada; os outros ainda estão com o da 2004/2005.

Entre as seleções nacionais, entram países como a Venezuela, que ocupam os lugares de Jamaica e Egito, por exemplo. Entre os clubes brasileiros - não-licenciados, isto é, sem nomes e uniformes verdadeiros, estão São Paulo e Santos que, na América do Sul, fazem companhia aos argentinos Boca Juniors e River Plate.

Mas se o seu time de coração não estiver presente, basta criá-lo ou reeditar um time existente. E as opções de "Winning Eleven 9" não são nada menos que completas. Praticamente todos os aspectos do jogador podem ser editados, desde a feição, porte físico e atributos até habilidades especiais - nesta versão, há uma habilidade que melhora os chutes de fora da área. Além disso, o usuário pode escolher as animações para cobranças de falta, pênalti e as comemorações de gols. Ou, até mesmo, pode-se deixar a camisa por fora do calção.

Os uniformes ganharam mais opções, mas mesmo assim as camisas de alguns times não poderão ser reproduzidas com exatidão. Quem tiver dotes artísticos - e muita paciência - poderá usar o editor de logotipo para criar o emblema do clube e dos patrocinadores. O usuário ainda pode editar, na versão japonesa, o nome pelo qual quer ser apresentado pelo narrador e a inscrição no uniforme.

Os times licenciados trazem também a imagem dos atletas reais. Enquanto alguns mais notórios, como Ronaldinho Gaúcho, Zidane e Beckham, são relativamente fiéis às verdadeiras personalidades, o mesmo não se pode dizer da grande maioria dos atletas. Mas a japonesa Konami parece ter caprichado especialmente na seleção japonesa, que tem até uma modalidade exclusiva contando a caminhada dos nipônicos até a classificação para a Copa do Mundo.

O clássico evolui

Mas o ponto alto do título, a jogabilidade, de maneira geral não sofreu muitas mudanças. O usuário contará com as inúmeras opções de jogadas, como de costume, mas alguns conceitos foram revistos para dar mais realismo, e isso, à primeira vista, pode desagradar aqueles que estão acostumados às edições antecessoras.

Agora, o jogador está muito mais suscetível a errar os passes, principalmente quando desequilibrado ou sob pressão. Em suma, quanto mais parado estiver, melhor a precisão do passe. É claro que isso não impede de aplicar a jogada enquanto estiver correndo, pelo menos para a maioria dos atletas. Além disso, o usuário precisa também ficar de olho no receptor, pois dependendo do pique da bola, pode ser que ele não consiga interceptar o passe. Felizmente, existe uma opção para receber a bola sem deixar se afastar de seus pés. O resultado disso é que será necessário ficar atento, mesmo para executar um simples passe, pois, nesta versão, está mais difícil acertar essa jogada.

E o juiz parece estar bem mais rigoroso, apitando muitas faltas, mesmo que não faça uso do botão de roubada ou de carrinho. Parece até um árbitro brasileiro! Um tranco por trás ou um simples enganchar de pernas pode ser suficiente para o árbitro paralisar a partida. Só faltou mesmo o cartão vermelho para os carrinhos que acertem o adversário, mas o game, felizmente, foi feito antes das novas regras da FIFA. Novamente, o usuário terá de repensar nas estratégias para roubar a bola. Mesmo deixando o computador executar o combate, o juiz apita muitas faltas. Felizmente, a inteligência das defesas está mais apurada, que ficaram menos suscetíveis a enfiadas ou bolas por cobertura.

Por conta dessas mudanças, os dribles parecem ter ficado um pouco mais lentos. Todos os jogadores podem executar aquela girada como a de Zidane, mas obviamente nem todos conseguirão manter a bola nos pés. Habilidosos como Ronaldinho conseguem fazer dribles especiais, inclusive o elástico.

De resto, foram feitos alguns ajustes menores: agora, por exemplo é mais fácil aplicar curvas em chutes de "três dedos". As novas jogadas incluem "puxar" a bola esticando o pé, parado ou durante um carrinho, e os chutes de chapa. Além disso, o usuário pode evitar tocar na bola ou cancelar qualquer movimento que o computador aplica sobre seu jogador, como quando estiver perseguindo um lançamento.

Os controles não mudaram muito em relação aos antecessores. Nos botões principais ficam os comandos mais básicos, enquanto os de "ombro" acessam funções mais avançadas, que permitem movimentos diferenciados. Como sempre, a gama de comandos é imensa e detalhada.

O modo Master League continua sendo uma das modalidades principais de "Winning Eleven". Agora, é permitido contratar quaisquer jogadores logo de cara, desde que tenha cacife para bancar o salário do plantel. Como sempre, você terá que administrar situações tanto dentro e como fora de campo, treinando, contratando reforços e controlando as finanças do clube. E claro, tentando vencer os campeonatos e subir nas divisões. Desta vez, o seu clube evoluído na Master League poderá ser usado em partidas online. Além disso, quando sair a versão para PSP, "Winning Eleven 9: Ubiquitous Evolution", será possível trocar dados entre o PS2 e o portátil.

Recriando o futebol-arte

Não houve grandes evoluções no quesito visual, mas a taxa de quadros está mais estável, por conta de algumas simplificações na representação das torcidas. Isso pode ser conferido nas cenas de close durante os escanteios, mostrando alguns seguranças desenhados em baixíssima resolução. Mas isso é uma mera perfumaria, afinal, a experiência dos controles é muito mais importante que tais detalhes. Mesmo assim, a produtora se esforçou ao incluir novos tipos de comemorações, como fazer desenrolar uma camiseta gigante na arquibancada.

As animações, que já eram soberbas, ficaram ainda mais naturais com a adição de novos movimentos, além de refazer alguns antigos. Cada jogador parece ter uma personalidade própria em campo, fazendo movimentos diferentes e se complementando. Você poderá ver um atleta segurando o outro enquanto protege a bola e realizando diversos tipos de chutes conforme a altura do lançamento. Enfim, não é exagero dizer que parece uma partida de verdade.

Como dito, a modelagem dos personagens tem altos e baixos, com um capricho até compreensível por se tratar da versão japonesa, para os jogadores da seleção comandada pelo brasileiro Zico. Mas, durante o replay das jogadas e faltas, percebe-se nas animações as falhas visuais dos jogadores mais genéricos.

As qualidades sonoras também não diferem muito das edições anteriores. Mais uma vez, a torcida reagirá dependendo do time que estiver com a bola; um gol do time da casa fará a festa da arquibancada, enquanto um êxito dos visitantes pode provocar o silêncio do público. As raras músicas apelam para estilos pouco visto em videogames, como o jazz.

O sistema de narração é bastante avançado; o usuário pode editar o nome dos jogadores e isso se refletirá nas falas do Jon Kabira. Mas, dependendo da combinação de fonemas, o resultado pode não ser tão bom. Pena que o recurso não possa ser usado para o nome do time. O comentarista foi trocado, mas isso não muda muita coisa. Fica a esperança para que a Konami inclua narrações em português para a versão européia, "Pro Evolution Soccer 5".

Ópio do povo

O novo "Winning Eleven" passou por algumas modificações que podem fazer com que os usuários precisem mudar a forma de jogar, devido a maior dificuldade em conectar passes e à sensibilidade do juiz em apitar faltas. E isso pode afugentar jogadores acostumados às "regras" de jogos anteriores. Mas quem conseguir sobreviver a esse impacto inicial encontrará, novamente, um jogo bastante fiel ao esporte, seja no bom ou no mau sentido. As jogadas plásticas podem ficar mais escassas nesta nova versão, mas a arte fica mais bonita quando se é rara.

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    Winning Eleven 9 (Playstation 2)

    47 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: KCET
    Lançamento: 07/02/2006
    Distribuidora: Konami
    Suporte: 1-8 jogadores, cartão de memória, multiplayer online
    Outras plataformas: PC PSP XB
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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