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Zone of the Enders: The 2nd Runner

11/04/2003

da Redação
Expectativas podem matar um jogo. Seja porque uma empresa fez mais propaganda do que devia ou por trazer um conceito incrível que não é aplica corretamente, muitos games acabam com um gosto amargo na boca apesar de serem acima da média. "Zone of the Enders" sofreu primariamente do segundo caso: apesar de carregar o nome do criador de "Metal Gear", o simulador de combate em robôs gigantes tinha excelentes qualidades - mas que não puderam ser aproveitadas ao máximo devido ao orçamento e cronograma apertados. A continuação, "The Second Runner", está aí para provar a diferença que dois anos podem fazer.

O Orbital Frame (nome usado para designar um robô gigante de combate) Jehuty está de volta, e com ele, a Inteligência Artificial ADA. Mas ao invés de seguir onde o primeiro game parou, a história é retomada dois anos depois. Jehuty não foi usado para combater os colonos marcianos que pretendiam se revoltar contra a Terra: ao invés disso, ele é escondido em Calisto, uma das luas de Júpiter. Você agora controla Dingo Egret, um minerador que acaba descobrindo o robô. Sem revelar nenhuma surpresa, o herói acaba se envolvendo em uma enorme guerra contra sua vontade, e acaba se vendo forçado a lutar pela justiça se quiser sobreviver - e se vingar no processo.

Novos horizontes

A trama não é o único elemento de "The Second Runner" que recebeu uma enorme dose de vitaminas: a nova aventura é virtualmente uma evolução em todos os aspectos. O mais importante deles é o sistema de controle. A maioria dos inimigos agora é bem mais poderosa e conta com novos recursos eficazes de ataque e defesa. Comandar Jehuty já era bastante intuitivo e divertido no original, mas pequenas diferenças na execução e nos desafios oferecidos adicionam uma merecida dose de estratégia ao game. Enquanto era possível vencer "Zone of the Enders" na base da apelação, agora é preciso refinar suas técnicas e habilidades - usando não apenas as armas secundárias, mas descobrindo as sutilezas de arremessar inimigos contra paredes e empregar pedaços do cenário para táticas ofensivas e defensivas. E com uma variedade maior dos tipos de missão, não existe razão para reclamar da jogabilidade.

O visual do jogo, que já era impressionante há dois anos, está muito melhor agora. As cenas de computação gráfica foram trocadas por desenho animado tradicional (com diálogos e dublagem de primeira para padrões de videogame), e a parte interativa recebeu um verniz de Cell Shading extremamente discreto - porém eficiente - que garantem uma apresentação única. Some isso aos excelentes efeitos de partículas dos tiros, fumaça e armas secundárias e você tem um pacote de primeira.

Assim como a trama está muito mais dramática e complexa, a já excelente trilha sonora está ainda melhor. As músicas acompanham quase toda a aventura sempre criando a emoção certa para cada momento - e todas são boas o suficiente para serem ouvidas fora do contexto do game. Saudosistas ganham até uma versão vocal de um dos temas de "Gradius", mostrando a enorme atenção aos pequenos detalhes.

Nem a câmera dá conta de tanta rapidez

Mas as batalhas épicas não são totalmente sem defeitos. A maior culpada é um dos maiores problemas dos games 3D: a câmera. A rapidez da ação de "The Second Runner" não pode ser destacada o suficiente, e infelizmente a câmera muitas vezes não dá conta do recado (especialmente nos ambientes fechados). Seja porque ela fica sempre na direção errada dificultando a navegação em pequenos corredores ou dificultando a seleção de um alvo importante durante uma grande luta, o frustrante problema mostra sua caras muitas vezes. Mas dentro do todo, até mesmo essa falha pode ser vista como um adicional para o desafio sem incomodar tanto.

Homenagens acidentais?

Vale mencionar também um aspecto esquisito: "The Second Runner" empresta uma quantidade absurda de elementos de "Metal Gear Solid": sejam as opções do menu principal, a interface de saves ou os efeitos sonoros, é estranho que um jogo que teve mais tempo de desenvolvimento se veja forçado a emprestar tanta coisa de outro título do mesmo estúdio. Mas talvez isso tenha sido proposital: a maneira como os diálogos apresentados no meio das missões parecem quase uma homenagem aos dias do MSX.

CONSIDERAÇÕES

"Zone of the Enders: The Second Runner" faz seu predecessor parecer uma mera sombra. Como Hideo Kojima proclamou, a continuação é tudo que o game original deveria ter sido. Não é possível frisar o suficiente como elementos que antes pareciam arremessados de qualquer jeito (como as armas secundárias) se amarram com perfeição agora. E apesar do primeiro ser bastante divertido, a nova aventura prova o incrível potencial que a Konami queria alcançar desde o começo.

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    GALERIA

    Zone of the Enders: The 2nd Runner (Playstation 2)

    48 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: KCEJ
    Lançamento: 10/03/2003
    Distribuidora: Konami
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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