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Assassin's Creed: Freedom Cry

Pablo Raphael

Do UOL, em São Paulo

25/02/2014 08h02


 

"Assassin's Creed IV: Black Flag" é provavelmente o melhor jogo da franquia da Ubisoft. Dito isso, "Freedom Cry" é uma expansão digna do cativante conto de corsários, assassinos e templários.

A aventura do pirata Edward Kenway reúne os melhores elementos da série e traz novos personagens, cenários interessantes e muita coisa para fazer - mas é fato que um dos personagens melhor elaborados de "Black Flag", Adelawe, aparece por muito pouco tempo.

Voltar a atenção do jogador para esse personagem, bem mais complexo do que o corsário Edward, é o maior mérito de "Freedom Cry". Agora um assassino, Adelawe se envolve em uma trama de violência e luta pela liberdade dos escravos após seu navio naufragar na costa de Santo Domingo.

JOGO OU DLC?

  • Divulgação

    "Freedom Cry" está disponível como jogo 'standalone' para PC, PS3 e PS4. Nos consoles Xbox 360 e Xbox One, é preciso comprá-lo como DLC de "Assassin's Creed IV - para jogar nessas plataformas, é preciso ter uma cópia de"Black Flag".

Com pelo menos 3 horas de jogo - que facilmente podem chegar a cinco ou seis dada a variedade de missões paralelas e atividades em que Adelawe pode participar - "Freedom Cry" não dá tempo ao jogador para se distrair e isso é bom.

Você se envolve com a causa dos escravos de Santo Domingo, encarando feitores, capatazes e o exército local em missões bem planejadas e divertidas.

Adelawe começa o jogo com o arsenal completo de Assassino, incluindo não só as famigeradas lâminas mas também itens como a zarabatana e uma corda para laçar e estrangular inimigos. Quanto mais acostumado com os comandos você estiver, melhor. Vale lembrar, o game foi planejado como um DLC de "Black Flag".

Libertar escravos é uma atividade recorrente entre as missões e essas oportunidades não devem ser ignoradas. Da mesma forma que Edward salva a pele de piratas e estes se juntam à tripulação em "Black Flag", aqui os escravos libertos fogem para os esconderijos da resistência, o que rende acesso à itens melhores para Adelawe, como um machete mais poderoso, por exemplo.

De fato, boa parte da diversão adicional com "Freedom Cry" está em invadir as plantações e, sorrateiramente, eliminar os feitores para libertar grandes quantidades de escravos.

VEJA TRAILER DE "ASSASSIN'S CREED: FREEDOM CRY"

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Duração limitada

A campanha de "Freedom Cry" tem nove missões, desde perseguições e espionagem até as sempre empolgantes batalhas em alto mar. O cuidado da Ubisoft com a ambientação e a história é digno de nota: o cenário, os idiomas e a narrativa são muito bem construídas. Entre as missões secundárias, há nove pontos marcados para explorar em uma parcela do mar do Caribe disponível para exploração.

Por melhor que seja, é difícil recomendar "Freedom Cry" como jogo independente: o mesmo conteúdo está disponível como extra para os proprietários de "Assassin's Creed IV e jogar esta aventura depois de se aventurar pelo Caribe como Kenway é a melhor forma de aproveitá-la. Talvez se você já tiver se desfeito do jogo e queira um pouco mais, compense adquirir "Freedom Cry" separadamente.

"Freedom Cry" é um título feito para saciar um pouco o gostinho de "quero mais" nos fãs de "Assassin's Creed", antes da chegada do inevitável próximo jogo da série.

Nota: 8 (Ótimo)