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BloodRayne: Betrayal

PABLO RAPHAEL

da Redação

27/09/2011 08h00

"BloodRayne: Betrayal" é um jogo muito acima da média da franquia que carrega em seu nome. Com um sistema de plataformas, combate e exploração similar aos clássicos "Castlevania" do passado, o jogo da WayForward oferece uma experiência cheia de desafios e dificuldade elevada, que certamente vai agradar aos jogadores veteranos, criados em um tempo onde cada inimigo ou salto podia significar o fim do jogo, ou ao menos, uma longa jornada de volta ao começo da fase.

Introdução

"Betrayal" é um game inspirado fortemente por "Castlevania" e essa é sua maior vantagem sobre toda a série "BloodRayne". É um jogo de ação em 2D, com muitas plataformas e combates impiedosos, em que Rayne, a meio-vampira protagonista da trama, explora um enorme e misterioso castelo, para, junto com os caçadores da Brimstone Society, deter os vampiros que preparam um grandioso massacre.

Pontos Positivos

Visual caprichado

"BloodRayne" foi desenvolvido pelo estúdio WayForward, que já mostrou dominar a arte dos games de plataforma 2D, com "Contra 4" no Nintendo DS e "A Boy and his Blob", no Wii, por exemplo.

Seus gráficos são caprichados e os personagens parecem desenhados a mão. A movimentação da vampira Rayne e os pequenos efeitos de luz e fumaça dão um toque moderno ao estilo artístico que é propositalmente "velha guarda".

Desafio elevado

"Betrayal" pode assustar quem começou a jogar nessa geração de consoles. Sua mecânica de combate e recuperação de energia é brutal e não perdoa erros mínimos ou falta de atenção.

Não há itens que recarregam a energia de Rayne. Por ser uma "damphyr", meio vampira e meio humana, a ruiva bebe sangue para se curar de ferimentos. No jogo, isso significa golpear os inimigos para deixá-los tontos e naquele momento exato, sugar seu sangue.

No decorrer de seus 15 níveis a dificuldade do game é crescente e exige toda a habilidade e paciência do jogador para superar seus desafios, com inimigos cada vez mais durões e em maior quantidade, segmentos de plataforma mais complexos e claro, chefões impiedosos.

Fácil de aprender, difícil de dominar

O sistema de jogo de "Betrayal" é bem simples: Rayne conta com suas espadas para lutar de perto e com uma pistola para acertar inimigos à distância, quando tem munição para isso. O sistema de cura envolve agarrar e sugar o sangue do adversário e há movimentos como pulos duplos, saltos para escalar paredes e um sempre útil "carrinho" para atingir áreas específicas.

Não é difícil pegar o jeito, mas dominar que golpe utilizar em cada inimigo - ainda mais quando você enfrenta vários ao mesmo tempo - e quebrar a cabeça para descobrir como alcançar certas plataformas, tornam a brincadeira muito mais desafiadora.

Dominar "BloodRayne Betrayal" e atingir os melhores placares no fim de cada fase garantem o retorno dos jogadores mais obstinados.

Pontos Negativos

Má fama da marca

O maior problema de "Betrayal" é carregar o nome "BloodRayne", uma franquia conhecida pela pouca qualidade de seus jogos e até por um filme que consegue ser pior ainda. Muita gente pode passar batido pelo jogo da WayForward justamente por isso, o que é uma pena: "Betrayal" está muito mais próximo de um "Castlevania" clássico do que de um de seus "irmãos mais velhos".

Trilha sonora

A trilha sonora, composta de heavy metal genérico, é outro ponto fraco de "BloodRayne: Betrayal". Felizmente, você vai estar ocupado demais prestando atenção nos inimigos e concentrado na execução dos controles na hora certa para prestar atenção na trilha enfadonha que acompanha essa aventura.

Nota: 9 (Excelente)