Fat Princess

OTAVIO MOULIN
Colaboração para o UOL

Prévia com os produtores do game

Desde que foi mostrado pela primeira vez, durante a coletiva da Sony na E3 de 2008, "Fat Princess" correu o risco de chamar mais atenção pela polêmica causada entre pequenos grupos feministas do que por suas qualidades como jogo.

Felizmente a poeira baixou, ao que parece todo mundo percebeu que tudo não passa de uma grande brincadeira e o game, recheado de violência, princesas gordinhas e muita estratégia, surge como uma ótima surpresa via download para os fãs do console da Sony.

Vermelho contra Azul

Mesmo com alguns modos extras, como um offline de historinha que funciona como um tutorial de luxo, "Fat Princess" tem como principal foco a jogatina online para até 32 jogadores. Eles são divididos entre dois times, o azul e o vermelho, e o objetivo é resgatar a princesa de sua equipe, que é mantida refém no castelo rival.

A lenda da princesa gorda

Claro que a tarefa não é das mais simples e, além do jogador ter que assumir um entre vários papéis durante a ação, é recomendável alimentar a princesa inimiga com vários pedaços de bolo para torná-la mais pesada, o que naturalmente dificulta o transporte da moça de volta a seu lar.

Com visuais coloridos e personagens infantilizados, é fácil deixar se enganar em primeiro momento, mas não demora para perceber que "Fat Princess" não é para crianças. Há sempre uma boa quantidade de sangue jorrando durante as lutas e a complexidade das tarefas impressiona. Não só seu time precisa se preocupar em resgatar a sua princesa e manter a inimiga sob vigilância, mas também precisa angariar recursos como madeira e metais para fazer upgrades na sua base, como em um jogo de estratégia em tempo real.

Tudo isso depende do papel desempenhado pelo seu personagem. Isso é determinado por chapéus espalhados pela base aliada. Você pode pegar um chapéu de padre, por exemplo, e ir ao campo de batalha para curar seus aliados, ou utilizar o de trabalhador para cortar lenha e abastecer seu quartel-general. E é possível evoluir nesses papéis e acompanhar toda a sua performance e um detalhado relatório que o jogo oferece no menu, com graduação de ranking em partidas online.

Aliás, como as partidas online são o principal atrativo do game, é frustrante perceber a quantidade de problemas de conexão com os servidores do jogo. Durante nossos testes, fomos retirados das partidas algumas vezes sem nenhum aviso, presenciamos um travamento do console e até um erro de programação que fez sumir a princesa.

Em recente anúncio dos produtores, os produtores admitiram problemas e prometeram ajustar os servidores para estabilizar as partidas. É bom resolverem isso logo, pois quando funcionou, o jogo foi pura diversão, com algumas partidas caóticas que chegaram a durar quase uma hora, com viradas de jogo espetaculares.

Fora o modo principal, é possível explorar os oito mapas disponíveis em outras modalidades como em um mata-mata, em que os times lutam até a morte, o Gladiate, em que o jogador escolhe uma classe específica para entrar numa arena contra o computar, ou o Invasion, em que os times devem lutar para controlar a maioria do mapa. Há ainda muita coisa a explorar, mas nada consegue ofuscar o brilho e o charme da pancadaria online.