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Guitar Hero 5

04/09/2009 18h48

Seja novamente um rock star!
A bilionária franquia musical da Activision está de volta em seu quinto capítulo principal, o que é importante dizer já que, somados a outros lançamentos da grife, já se vão mais de dez títulos só este ano.

"Guitar Hero 5" segue o mesmo estilo que fez sua fama e aposta em uma série de melhorias para agradar os fãs de longa data, mas também ousa ao abrir as portas para novos estilos e maior acessibilidade para tentar atrair novos jogadores.

Mais popular

"Guitar Hero 5" continua engessado na consagrada fórmula da franquia, mas conquista com sua infinidade de melhorias, novidades e detalhes. É um aprimoramento do último jogo principal da série, "World Tour", que passou a explorar bateria e vocais a exemplo do rival "Rock Band" e investiu na diversidade para alcançar um maior público.

O lendário Kurt Cobain está de volta
Este desejo de buscar novos jogadores se torna evidente diante de algumas escolhas. O jogo aparece com opções bem mais fáceis e customizáveis para cada jogador da banda, músicas desbloqueadas logo de cara para partidas rápidas e um modo demo, o Quick Jump, que permite que os usuários experimentem a brincadeira antes mesmo de chegar ao menu principal.

A seleção de canções - 85 no total - é outra grande evidência e surge com um repertório bem mais variado, com uma veia mais popular, incluindo "Saturday Night's Alright (For a Fighting)" de Elton John, "Superstition" de Stevie Wonder e "Play That Funky Music" do Wild Cherry. Fãs do som pesado, no entanto, não precisam se preocupar pois há muito o que curtir, como "2 Minutes to Midnight" do Iron Maiden, "Bullet with Butterfly Wings" do Smashing Pumpkins e "Woman from Tokyo" do Deep Purple, entre várias outras, antigas e recentes.

Tal vontade de agradar a todos acaba se tornando uma faca de dois gumes. Jogadores devem encontrar muitas músicas que gostam, mas obviamente serão forçados a explorar estilos bem diferentes, que talvez não sejam dos mais interessantes para eles. Isso sem contar na seleção de músicos reais que foram adicionados no game e amplificam ainda mais a sensação de disparo para todos os lados por parte dos desenvolvedores.

Coelhinhas da Playboy no comercial
Nada mais estranho e de mau gosto do que ver o falecido Kurt Cobain (do Nirvana), por exemplo, saltando e cantando canções que nada tem a ver com suas biografia, ainda mais se consideramos o quanto o próprio era contrário à exploração de sua imagem pela indústria - Carlos Santana, Shirley Manson (do Garbage) e Matthew Bellamy (do Muse) completam o time de ídolos do game, além da presença do também falecido Johnny Cash, grande lenda da música country.

Para os que sentirem falta das canções de jogos anteriores, "Guitar Hero 5" traz suporte para importação de títulos anteriores. Por uma pequena taxa de renovação de licença e um certo trabalho para cadastrar, é possível baixar cerca de 50 canções de "Guitar Hero: World Tour" e "Guitar Hero: Smash Hits". A Activision prometeu expandir este número, mas ainda precisa de tempo para adaptar tudo para suportar novas características, como o uso do pedal duplo introduzido em "Guitar Hero: Metallica". Para os aventureiros, há o GHTunes, modo que permite que o usuário crie suas próprias músicas, mas apenas em formato MIDI sem muita qualidade e com interface precária.

Mais detalhes

O modo de carreira ficou bem mais robusto e diversificado, permitindo que os usuários façam escolhas de canções entre uma lista para completar seus objetivos e habilitar novos cenários. O modo de customização de personagens e instrumentos também é bastante completo, ampliado pelos itens extras que são disponibilizados com o cumprimento de tarefas específicas de cada música. Online as coisas ficam ainda mais animadas, contando com o modo cooperativo e várias modalidades competitivas para acirrar a disputa entre os jogadores, com duelos de instrumentos nos Face Offs e outros mais criativos, como um que permite uma quantidade limitada de erros.

Conheça as novas modalidades de jogo
O capricho é ainda mais evidente na apresentação. Os gráficos são consideravelmente mais detalhados, com efeitos de câmera dramáticos e muitas surpresas espalhadas pelos cenários. Os músicos agora têm movimentos muito mais realistas e a sincronia labial é muito próxima do real, ainda que alguns modelos apareçam estranhos, especialmente o de Cobain.

Críticos do sistema de balanceamento podem continuar a reclamar, ainda que um pouco menos. Algumas canções continuam com notas posicionadas de maneira esquisita, muitas vezes para compensar na força bruta o pouco (ou nenhum) impacto de determinado instrumento no conjunto. Infelizmente parecem ser saídas obrigatórias para as limitações da fórmula, e pesam menos do que antes principalmente na guitarra.

Nota: 9 (Excelente)