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King of Fighters XII

31/07/2009 18h09

Comemore os 15 anos da série
Uma das mais cultuadas séries de luta 2D da história volta aos consoles em novo começo, depois de anos de aperfeiçoamentos, grandes sagas e muitos serviços prestados a fãs devotados. "The King of Fighters XII" chega ao Playstation 3 e ao Xbox 360 seguindo os passos da mudança de plataforma da franquia no fliperama, depois que a SNK Playmore resolveu abandonar seu sistema Atomiswave pela mais poderosa placa Type X2 da Taito.

A promessa era a de grandes reformulações, com personagens redesenhados para a alta definição numa espécie de renascimento da franquia. Pena que o que se vê é um trabalho corrido, que não entrega o que prometeu e só não se mostra um desastre completo pois ainda se apóia na mecânica genial da grife e seus carismáticos heróis e vilões.

Tradicional

O esquema de "The King of Fighters XII" é bastante tradicional. Você escolhe um time com três lutadores que não podem ser trocados durante as lutas. Antes de cada combate, é preciso selecionar a ordem de cada um e, à medida em que forem tombando em combate, o próximo entra no ringue, até o último sobreviver.

O 'Rei dos Lutadore' evoluiu
Os controles contam com quatro botões de ataques frontais. Combinações entre eles acionam desde agarrões a manobras evasivas e, como não poderia faltar, há ainda golpes especiais com a ajuda de movimentos direcionais. Entre as novidades está um sistema chamado Critical Counter, que exibe uma barrinha verde próxima à de energia dos personagens. Quando cheia, basta contra-atacar com um golpe forte para acionar este modo especial, que permite emendar vários combos e especiais de maneira bem mais rápida e fácil por um tempo limitado.

O jogo parece ser bem mais acessível a novatos do que os capítulos anteriores, mesmo em suas opções normais de fábrica. Ainda assim, há uma opção para simplificar os comandos. É uma idéia bacana que pode atrair aqueles jogadores que sempre tiveram vontade de curtir a série, mas se sentiam intimidados pela grande quantidade de golpes a serem memorizados. Já os veteranos devem aumentar a dificuldade nas opções para sentir o desafio.

Elenco reduzido

Se a mecânica consegue segurar o jogador com seu charme inconfundível, a apresentação do jogo quase coloca tudo a perder. São poucos cenários, poucas falas, poucos lutadores, poucos modos.

O elenco traz uma seleção de rostos clássicos como Robert Garcia, Terry Borgart, Raiden, Kyo Kusanagi, Athena Asamiya, Kim Kaphwan e Joe Higashi, mas Mai Shiranui, por exemplo, não está presente.

A poderosa Leona Heidern
Todos eles aparecem bem grandões na tela, com animações bastante decentes, leves e naturais, mas com gráficos 2D tão estourados que nem parece que foram redesenhados. A diferença ficou mais no design de alguns personagens, que ficaram com visuais bastante modificados e podem dividir as opiniões dos fãs.

Para piorar, há uma total ausência de modos extras. Como o jogo não tem história, você fica limitado ao modo arcade ou ao versus local, pois o multiplayer online, pelo menos até o momento do fechamento desta análise, não funciona. Mesmo com atualizações, o lag tornou os combates impraticáveis. Felizmente é algo que pode (e deve) ser consertado eventualmente pela produtora.

Nota: 6 (Razoável)