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Kung Fu Rider

06/10/2010 16h03

Quando o PlayStation Move foi anunciado, sua característica que teve mais enfoque foi a precisão da captura de movimentos e as melhorias que ele poderia trazer para o mundo dos jogos do estilo.

Isso foi percebido em "Sports Champions", mas o mesmo não se aplica a "Kung Fu Rider", um jogo que nitidamente poderia estar na loja virtual do console da Sony, mas por algum motivo, chegou aos revendedores em disco.

Deslize na cadeira e fuja da máfia
"Kung Fu Rider" conta a história de Karin e Toby, que devem usar golpes de artes marciais e a habilidade sobrehumana de controlar cadeiras de escritório para descer ladeiras e escapar da máfia japonesa. Parece ser algo bobo e infantil - o que de fato é -, mas não é isso o que incomoda. O que estraga toda a diversão é o fato de o jogo simplesmente não reconhecer os movimentos do Move de forma devida.

Sob muitos aspectos, o título lembra a fracassada tentativa de levar o skatista Tony Hawk para o mundo dos jogos controlados por movimentos, feita em "Tony Hawk Ride". Os personagens devem usar suas habilidades únicas para esquivar de buracos, escorregar por corrimãos, saltar sobre veículos e dar golpes nos perseguidores. Tudo isso é feito com movimentos simples do Move, entretanto, nem todos os gestos são capturados com eficiência. Um bom exemplo disso é o movimento de pulo, no qual o jogador deve levantar o controle para fazer a manobra. mas geralmente isso é confundido com o movimento de colocar o controle para cima e para baixo, que faz o personagem correr.

Os controles de direção também são bastante comprometidos e dificilmente o jogador consegue fazer uma curva - qualquer curva - de forma satisfatória. Contornar uma esquina sem ir de cara a uma parede é uma tarefa hercúlea e nada tem a ver com a habilidade do jogador.

Além do mapeamento precário dos movimentos, o jogo também tem uma certa demora para interpretar um apertar de botão, como o gatilho T que serve para deitar, evitar golpes e desviar de obstáculos altos. Só que a resposta é um tanto lenta e geralmente não consegue salvar o jogador da inevitável batida - o que é a deixa para a PS Eye capturar uma foto que mostra fúria do jogador de quando isso acontece.

Os caminhos a serem percorridos pelos heróis tampouco variam. São cinco estágios que têm de três a quatro variações de traçado, que somados a mais dois modos de jogo, conseguem sintetizar em um disco toda a frustração que um jogador procura em um game.

Nota: 2 (Desprezível)