UOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos onlineUOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos online
UOL BUSCA

PlayStation 3

Lord of the Rings: Conquest

30/01/2009

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Seja 'do mal'
Lá se vão mais de cinco anos desde a estréia de "O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei", filme final da trilogia que trouxe a clássica obra de J.R.R. Tolkien para mais perto do público geral. Pode parecer uma eternidade no efervescente mundo do entretenimento, mas a julgar pela movimentação de lançamentos licenciados nos últimos tempos, a marca continua forte e popular entre os fãs.

A mais nova investida da Electronic Arts no segmento é "The Lord of the Rings: Conquest", um jogo de ação desenvolvido pela veterana Pandemic, aqui recicla sem a menor cerimônia muitas das idéias de um de seus produtos mais populares, "Star Wars: Battlefront", que rendeu dois games para a geração passada.

Campo de batalha

A ação de "The Lord of the Rings: Conquest" é frenética, lembrando bastante o esquema da linha "Dynasty Warriors". Você escolhe uma classe de personagem e vaga por vastos cenários para capturar pontos estratégicos ou cumprir missões enquanto enfrenta legiões incessantes de inimigos. A sensação que se tem é a mesma ao jogar os games da Koei, em que seu personagem aparece quase se afogar no meio de tantos oponentes e só consegue se dar bem porque é muito mais poderoso do que a maioria.

São quatro classes disponíveis: os Warriors são os guerreiros que enfrentam tudo de peito aberto ao utilizar seus rodopiantes golpes de espada; os Scouts são mais traiçoeiros e conseguem ficar invisíveis para matar inimigos com golpes pelas costas; já os Mages possuem um grande acervo de raios e truques para despachar grandes grupos rapidamente ou recuperar energia dos aliados; e os Archers, bem, são os sujeitos que atacam de longe.

Batalhas na Terra-Média
O ponto fraco do game reside justamente quando se percebe que as diferenças entre as quatro classes são mais conceituais do que práticas. Os comandos são basicamente os mesmos para todas - há botões para golpes fracos, médios e fortes e suas variantes - e só o que muda é o efeito de cada ataque, de acordo com o personagem. O jogo ainda tenta criar algumas situações em que uma classe específica é requisitada para certa tarefa, mas quando se trata de destruir opositores, tudo acaba se resumindo a repetir os mesmos toques incessantemente.

Dois lados da guerra

É uma pena que a mecânica seja tão repetitiva e fique velha logo, pois acaba tirando o brilho da boa apresentação do game. O ator Hugo Weaving, que interpretou Elrond na trilogia, narra os acontecimentos enquanto cenas dos filmes reaparecem para aumentar o clima cinematográfico pretendido pelos desenvolvedores - há ainda trechos da trilha sonora original de Howard Shore, vencedora do Oscar. Os gráficos 3D também se esforçam para recriar toda a ambientação nos mínimos detalhes, baseados sempre nos designs originais vistos nos longas, com problemas menores que geralmente envolvem algumas animações canhestras e no cálculo das sombras.

Monstros e belos cenários
A forma como as campanhas foram criadas também é bem interessante para os fãs. A primeira, "The War of the Ring", é mais certinha e acompanha o lado do bem de acordo com os eventos vistos nos filmes - com direito a um tutorial obrigatório que resgata a luta entre Isildur e Sauron. Ao completar as aventuras das forças boazinhas surge a outra, "The Rise of Sauron", que parece mais divertida. Nela o jogador parte para o lado do mal, numa espécie de "O que aconteceria se...?" em que Frodo não consegue destruir o Um Anel e Sauron aniquila toda a resistência - com objetivos que vão desde matar Aragorn até devastar o Condado. É bom lembrar que, entre as duas aventuras, há momentos em que figuras ilustres da mitologia, como o próprio Frodo, Gandalf, Legolas, Saruman, Nazgûl e até o Balrog se tornam controláveis.

Multiplayer antigo

O modo multiplayer de "The Lord of the Rings: Conquest" também recicla idéias de "Star Wars: Battlefront", com três grandes modos competitivos: Conquest, Capture the Ring e Deathmatch. O primeiro é o mais interessante, colocando os times em disputa para capturar bandeiras pelos mapas, ganhando pontos que podem evocar os heróis ilustres da trama. A batalha comporta até 16 jogadores online, o que apimenta mais a ação, ainda que eventualmente esbarre na simplicidade dos comandos e esquemas de batalha vistos no modo offline.

Ainda para esses jogadores que não podem (ou não querem) explorar o game pela internet, há uma opção para multiplayer local. Desta forma a tela é dividida e é possível encarar as aventuras em modo cooperativo.

CONSIDERAÇÕES

"The Lord of the Rings: Conquest" conta uma apresentação que deve agradar aos fãs da franquia e do universo de Tolkien, com direito a cenas e trilha dos filmes, dublagem do sempre competente Hugo Weaving e gráficos que recriam fielmente a trilogia das telas. A idéia da divisão de campanhas do bem e do mal também é interessante, principalmente esta segunda, que inverte as idéias originais da obra. Pena que tais esforços sejam minados pela mecânica antiquada e repetitiva, além de um modo multiplayer online sem surpresas.

Compartilhe:

    Receba Notícias

    GALERIA

    Lord of the Rings: Conquest (Playstation 3)

    27 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Pandemic Studios
    Lançamento: 13/01/2009
    Distribuidora: Electronic Arts
    Suporte: 1-16 jogadores, multiplayer online, cartão de memória
    Outras plataformas: DS PC X360
    RegularAvaliação:
    Regular

    Shopping UOL

    UOL Jogos no TwitterMais twitters do UOL
    Foots - Jogo social online para Orkut
    Hospedagem: UOL Host