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PlayStation 3

Ratchet & Clank Future: Tools of Destruction

02/11/2007

THÉO AZEVEDO
Da Redação
Quem diria. Coube a "Ratchet & Clank Future: Tools of Destruction" encantar os olhos dos jogadores com os melhores gráficos vistos no PlayStation 3 até agora. A estréia da série de aventura na plataforma, contudo, não agrada apenas pelo visual, oferecendo apelo para fãs ou mesmo para quem está chegando agora, graças à mistura singular de plataforma e tiro que a Insomniac Games é capaz de fazer. Mas esteja avisado: não é um título para se levar muito a sério, principalmente no nível de dificuldade e enredo.

Muito mais tiros do que pulos

Sob uma perspectiva mais profunda, a história de "Tools of Destruction" é fraca mesmo, mas, em jogos do gênero, isto é compreensível e aceitável - afinal, as tramas por trás de "Mario Bros." ou "Sonic", por exemplo, nunca foram dignas de Oscar, mas ainda assim têm lugar cativo no coração e na memória de muita gente. Caso você não conheça, Ratchet é o único espécime vivo da raça Lombax e, junto com seu parceiro, Clank, um robô que vê pequenos aliens quando algo importante acontece (e, por conta disso, é considerado maluco), combate o vilão Emperor Percival Tachyon.

A dupla precisa deter a invasão de Tachyon e seus vilões à cidade de Metropolis e, para um mote tão simples, há cerca de 15 horas de diversão, permeadas por uma história que, de fato, embora esclareça alguns pontos até então desconhecidos sobre o universo de "Ratchet & Clank", não leva a série muito além e, para completar, tem um final frustrante, que deixa tudo para o próximo capítulo. Em compensação, há várias referências a versões anteriores, os diálogos são bem escritos e interpretados, os personagens carismáticos e o humor constante.

É quando o jogo começa que "Tools of Destruction", de fato, mostra a que veio. Não que, em sua essência, seja muito diferente de seus antecessores: a perspectiva de visão é em terceira pessoa e, embora haja uma porção plataforma, a maior parte do tempo você passa com o dedo no gatilho. Quando a dupla não estiver atirando nos inimigos, pulando de uma plataforma a outra ou tentando superar certos enigmas (nada muito sério, obviamente), é provável que tenham entrado em cena alguns dos minigames, que chegam inclusive a utilizar o SixAxis.

Mole que nem manteiga

Não demora muito tempo até se habituar aos controles, que são os característicos dos games de aventura e estão bem adaptados ao console. No começo, você só pode usar o blaster, as granadas e, claro, a chave de parafusos. Quando os "bolts", conseguidos ao eliminar inimigos ou em caixas espalhadas pelos cenários, começaram a pingar na sua conta, será possível adquirir armas melhores ou aperfeiçoar aquelas que você já possui.

O arsenal é vasto, e passa por diferentes estilos, que são mais eficazes com alguns tipos de inimigos. O jogo tenta encorajá-lo a experimentar diferentes armas, o que é necessário mesmo em certas ocasiões, mas dada a própria dificuldade baixa, é possível se virar bem com apenas algumas delas. Somente quando chegam alguns chefes, lá para o final da aventura, é que as coisas encrespam um pouco; enquanto isso, morrer é algo raro, e acontece mais por uma falha - a dor de cabeça, quando isso acontece, é ter que refazer parte da fase, caso você não tenha chegado até algum "checkpoint".

E tem também os chamados "gadgets", com especial menção para um que transforma inimigos em pingüins e para outro que gera um ambiente holográfico pirata. É fácil circular entre as opções disponíveis, seja de armas ou acessórios, bastando pressionar o botão triângulo.

Embora você passe a maioria do tempo atirando, com freqüência existem minigames ou cenas de ação para "quebrar" a repetição. Em um deles, Ratchet desliza nos trilhos e precisa saltar de um para outro no tempo certo, evitando perigos como lasers, trens que vêm no sentido contrário ou obstáculos no caminho, e outro coloca você no comando de uma nave. O SixAxis é usado de vez em quando, seja para planar em cenas de grandes quedas ou para "hackear" dispositivos. Há situações em que o recurso parece estar lá apenas para constar, mas em geral é divertido e funciona. Clank, por sua vez, tem seus momentos na hora de resolver quebra-cabeças diversos.

Obra de direção de arte

Uma das coisas mais bacanas de "Tools of Destruction" é que as fases são efetivamente diferentes umas das outras. Quando você muda de área, isso fica perceptível pelo cenário ao seu redor. Prepare-se para passar por florestas, um planeta vulcânico, por uma cidade suspensa, dentre outros. Tudo melhora com a direção de arte brilhante do produto, em um apuro e cuidado que, normalmente, não se vê em jogos do estilo.

A impressão é a de que sempre há algo acontecendo nos cenários, que são repletos de elementos e tem perspectivas de fundo lindíssimas. A iluminação e o uso das cores causam um efeito visual agradável e envolvente, sendo que a taxa de quadros por segundo não deixa a bola cair. Não faltam explosões, com peças e pedaços rolando por todos os lados, dando vida uma experiência realmente rica.

Não que os gráficos sejam revolucionários, insuperáveis ou qualquer coisa que o valha; ocorre que Insomniac soube aproveitar o potencial do PlayStation 3 em função do jogo e de seu propósito. "Ratchet & Clank" pode ter lá o seu tom infantil, mas também é jogo para gente grande.

CONSIDERAÇÕES

"Ratchet & Clank Future: Tools of Destruction" tem muitas chances de agradar aos fãs da franquia e também àqueles que vão conhecê-la a partir desta versão. Uma aventura que mantém as raízes, mas nem por isso deixa de aproveitar o que o PS3 pode proporcionar, dos belíssimos gráficos até o SixAxis. Tudo bem: a aventura é fácil e não deve ser levada tão a sério - se serve de consolo, um nível de dificuldade maior é liberado ao terminar o game -, mas o que importa é que, ao longo de boas horas, há muita diversão, humor e, de vez quando, um desafio.

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    GALERIA

    Ratchet & Clank Future: Tools of Destruction (Playstation 3)

    77 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Insomniac Games
    Lançamento: 23/10/2007
    Distribuidora: Sony Computer Entertainment
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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