Record of Agarest War Zero

“Record of Agarest War Zero” está longe de ser o pior dos RPGs para PlayStation 3, mas não ocupa lugar de destaque na lista de títulos do gênero para o console. Alguns pontos, como a morte evidente de pelo menos um personagem por batalha e a falta de dinheiro para ressuscitá-lo, comprar itens e outras coisas certamente afastarão alguns após as primeiras horas de jogo.

Apesar disso, para os que procuram um RPG com sistema de batalha interessante, e não se incomodam com os problemas citados, o game pode oferecer momentos de diversão, mas é bom estar com o nível de paciência alto.

Introdução

Guerras são comuns em RPGs, e “Record of Agarest War Zero” pega carona nessa ideia apresentando a história de Sieghart, líder de um exército que deve somar forças com seus aliados e vagar por diversas áreas derrotando inimigos e tentando encontrar uma forma de finalizar uma ameaça que, caso concretizada, não trará benefícios para ninguém.

Os eventos apresentados aqui sucedem o que é visto em “Record of Agarest War”, portanto aqueles que não conhecem nada deste título podem começar por aqui sem medo. Entretanto, as chances de interromper a jornada no meio do caminho são grandes, tendo em vista que o principal ponto forte do jogo é o sistema de batalha.

Pontos Positivos

Certamente a parte mais interessante deste jogo é o seu sistema de batalha. Diferente de outros games táticos em que você apenas anda, ataca, preenche uma barra para realizar um golpe cheio de firulas e derrota vários oponentes com ele, “Record of Agarest War Zero” conta com pontos que devem ser observados constantemente nos confrontos.

O primeiro deles é o posicionamento dos personagens. A colocação de cada um permite que o grupo se una por linhas, permitindo a realização de combos e união de poderes caso sejam usados na ordem correta, gerando ataques mais potentes. O mesmo também vale para os inimigos, portanto é preciso calcular cada ação com cautela.

Outra coisa interessante é que o jogador pode escolher campos distintos de acordo com a sua estratégia, privilegiando grupos que possuem mais guerreiros ou mais magos, por exemplo. Cada um deles oferece bônus e desvantagens em comum (como acréscimo e diminuição de força, por exemplo), além de limitar a movimentação dentro do espaço para as ações.

Tal como num game online, aqui o jogador tem a liberdade de investir em cinco atributos diferentes: Str (Força), Vit (Vitalidade), Agi (Agilidade), Int (Inteligência) e Luk (Sorte). Cada um eleva pontos distintos do personagem, e os combatentes precisam de quantias diferentes de pontos para elevar os parâmetros – o que, de certa forma, gera personagens únicos, em especial o protagonista, caso queira compará-los com alguns amigos.

Pontos Negativos

Quem joga RPGs táticos sabe: em algum momento você vai ser derrotado por movimentar errado um personagem. Entretanto, aqui as coisas podem ser mais torturantes pelo fato de que certamente um dos seus guerreiros vai tombar em combate (e algumas vezes nem o posicionamento adianta). E isso só piora com outra questão...

Ser derrotado em batalha não seria a pior coisa caso você ganhasse muito dinheiro a cada vitória. Entretanto, vencer os oponentes acaba se tornando a pior forma de arrecadar grana por aqui, restando a você vender itens importantes obtidos em batalha para ressuscitar guerreiros, comprar itens e realizar outras ações. E isso acaba atrapalhando em outro ponto, discutido na sequência.

Este é um RPG peculiar. Enquanto em vários outros títulos do gênero basta passar uma cidade para encontrar novos equipamentos, em “Record of Agarest War Zero” é preciso comprar livros que ensinem o ferreiro a forjá-lo – o que não seria um problema, mas um detalhe pesa aqui: você precisa juntar itens para construir algo novo, e isso leva tempo. Não conseguir forjar nada nas primeiras sete horas de jogo não é nada animador.

Nota: 6 (Razoável)