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PlayStation 3

Rogue Warrior

14/12/2009

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
"Rogue Warrior" é um jogo de tiro em primeira pessoa baseado nos feitos de Dick Marcinko, um ex-oficial da marinha dos EUA que ficou famoso por montar, durante a década de 80, o primeiro time anti-terrorista da história do país. Figura polêmica por sua postura conservadora e suposto envolvimento com negociatas com grupos privados de segurança, o ex-soldado aparece aqui como mocinho de uma história que se passa em 1986, na Coreia do Norte.

Apesar do uso da imagem de Marcinko, o jogo está longe de ser autobiográfico e parece mais uma adaptação para videogame de algum filme do Chuck Norris. O sujeito se vê sozinho em território inimigo e ignora todas as regras apenas para matar comunistas a sangue frio e roubar informações estratégicas. Fazer pose de malvadão e soltar frases de efeito sempre que um inimigo é abatido são obrigatórios no script, que sempre se leva a sério.

Tudo seria facilmente perdoável se o game funcionasse ao menos de maneira satisfatória, mas não é o caso. A ação em primeira pessoa é bem básica e tende para um certo realismo, com a possibilidade de ver a tela de Game Over depois um ou dois tiros recebidos. O difícil, no entanto, não é ficar vivo, mas abater os inimigos, visto que o sistema de colisão é tão falho que até mesmo disparos à queima-roupa conseguem passar pelos oponentes sem ferí-los.

Há momentos em que certa furtividade é requerida, bem ao estilo "Metal Gear Solid" ou "Splinter Cell". Ao menos em tese, uma vez que na prática até um elefante parece ter a capacidade de passar despercebido pelos cenários. A inteligência dos soldados não é atenta para sons e não tem visão periférica, o que torna a tarefa muito fácil e sem emoção.

Para deixar tudo ainda mais idiota, todos os soldados parecem programados para ficar de costas para a ação, inclusive em situações absurdas, afinal, que diabos de guarda vigia um corredor virado para uma parede e não para a porta? Ao iniciar uma aproximação, outra surpresa: muitos deles parecem não se importar quando tentamos esfaqueá-los, surrá-los ou sufocá-los e continuam sempre na mesma posição de sentido.

Mesmo com todos os problemas, é possível finalizar a campanha principal em algumas poucas horas. Depois de tanta estupidez, não há quase nada que chame o jogador de volta, a não ser um modo multiplayer fajuto. O jogo online só traz opções de deathmatch e funciona tão mal quanto o resto; além da dificuldade de encontrar jogadores, ainda é complicado permanecer conectado durante os combates.

A apresentação do game segue o baixo padrão da mecânica. Os gráficos são, em maioria, precários e perdem para praticamente qualquer jogo do gênero lançado nos últimos anos. O áudio é o mais genérico possível e só há destaque para a voz de Marcinko, feita pelo ator Mickey Rourke, neste que deve ter sido o trabalho mais fácil de sua vida, ao considerar que o máximo que ele faz é improvisar palavrões.

CONSIDERAÇÕES

"Rogue Warrior" é um jogo de ação em primeira pessoa baseado na figura de Dick Marcinko, um famoso ex-soldado da marinha dos EUA, interpretado aqui pelo ator Mickey Rourke. Apesar dos nomes envolvidos e do preço cheio de lançamento, o game foi feito com um orçamento baixíssimo e apresenta os mais variados problemas, desde estéticos até aqueles que tornam a mecânica imprecisa e pouco divertida. É provavelmente o pior investimento que algum jogador pode fazer em relação aos lançamentos deste fim de ano.

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    GALERIA

    Rogue Warrior (Playstation 3)

    16 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Zombie Studios
    Lançamento: 01/12/2009
    Distribuidora: Ubisoft
    Suporte: 1-8 jogadores, multiplayer online, cartão de memória
    Outras plataformas: PC X360
    DesprezívelAvaliação:
    Desprezível

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