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PlayStation 3

Sacred 2: Fallen Angel

15/05/2009

OTAVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Feiticeira elfa desfere ataques poderosos
Com o anúncio oficial de "Diablo III", automaticamente um jogo como "Sacred 2: Fallen Angel", mesmo novinho, já chega às lojas em uma situação delicada. Para fãs do gênero, a expectativa se volta para o novo capítulo da série consagrada e lançamentos como este da Ascaron Software ganham aquele estigma de clone picareta, mesmo se tratando da continuação de um jogo bem aceito pelo mercado, "Sacred", lançado em 2004 para PC.

Pena que, mesmo se a sombra do popular jogo da Blizzard não estivesse presente, "Sacred 2: Fallen Angel" falharia em boa parte de seus quesitos. Repetitivo e de pouca personalidade, o jogo ainda sofre com problemas na apresentação e com uma complicada interface - piorada ainda pela conversão para os consoles.

Pouco cérebro

Montaria especial do 'High Elf'
A história do jogo se concentra 2 mil anos dos eventos mostrados no original de 2004. A idéia é mostrar como uma disputa pela energia celestial que dá poderes aos habitantes do mundo de Ancaria acabou se tornando a razão de sua ruína. Um dilema, inclusive, aguarda os jogadores logo no início, quando é preciso escolher entre duas campanhas distintas, uma para salvar o reino e outra para afundá-lo ainda mais no caos e miséria que o assolam.

Na prática, é mais uma aventura de fantasia inspirada em figuras típicas da mitologia européia, que se leva a sério demais diante da narrativa burocrática. Narrações sem vida tentam caracterizar personagens em vão, assim como explicar momentos cruciais da aventura, e não conseguem criar o drama e a imponência desejada pelos desenvolvedores, tornando tudo muito aborrecido.

De certa forma, tal falta de aptidão em criar uma história é coerente com outros elementos do game. É nítido que a equipe da Ascaron já viu muitos filmes e ouviu muitas canções sobre temas fantásticos, também já jogou uma boa quantidade de jogos do gênero, mas isto não é sinal de qualidade. As referências estão todas lá, mas o talento ou os recursos não.

A começar pela mecânica, que é a mesma de muitos anos no que se chama de RPG de ação. Você escolhe uma classe para seu personagem e passa por cenários lotados de inimigos, destruindo tudo pela frente e coletando itens e armas. Não há nada de vibrante ou inteligente no processo, transformando a aventura em um ciclo quase eterno de combates sem brilho.

Interface complicada

Energia "T" é a força de "Sacred 2"
Para seu mérito, podemos dizer que ao menos os heróis do jogo contam com um arsenal interessante. Ataques comuns, poderes diretos e aqueles que detonam uma área inteira são alguns dos truques utilizados pelos protagonistas. Há uma sensação bastante interessante de poder criada por tal repertório diante de inimigos sem muita esperteza, o que pode empolgar alguns jogadores menos incomodados com a apresentação comum - principalmente quando quatro amigos se juntam em multiplayer online cooperativo, entre outros modos.

É importante notar que tudo é mostrado de uma forma complicada para o jogador médio. Há muitas telas e subtelas para selecionar ataques, gerenciar inventários e desenvolver os poderes dos protagonistas. Nada é muito intuitivo e o processo se agrava bastante nos consoles, que utilizam combinações de botões nem sempre ligeiras para abrigar os vários comandos disponíveis no jogo.

Os videogames também sofrem mais com a apresentação. No PC, uma configuração mais moderna consegue resolver boa parte dos problemas de fluidez de animação, lentidões ocasionais e outros pequenos defeitos na geração do grande e populoso mundo de Ancaria. Nos consoles, no entanto, as coisas ficam por muitas vezes precárias, com travadinhas durante combates mais animados e uma pobreza maior detalhes. A trilha é a mesma em todas as plataformas, com aquela dublagem cansada e temas pouco memoráveis.

CONSIDERAÇÕES

"Sacred 2: Fallen Angel" é um RPG de ação que pouco inova a fórmula celebrada pela série "Diablo". Embora o repertório de poderes dos heróis seja bacana e quatro jogadores consigam fazer um bom estrago em partidas online, a interface complicada e os problemas técnicos diluem boa parte da empolgação, especialmente nos consoles. Na falta de outros exemplares do gênero pode ser uma saída, mas não espere nada equivalente aos clássicos da Blizzard.

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    GALERIA

    Sacred 2: Fallen Angel (Playstation 3)

    188 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Ascaron Entertainment
    Lançamento: 12/05/2009
    Distribuidora: Deep Silver
    Suporte: Cartão de memória
    Outras plataformas: PC X360
    DispensávelAvaliação:
    Dispensável

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