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PlayStation 3

Stormrise

13/04/2009

OTAVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Prepare-se para a guerra do futuro
Depois de fazer fama com a série "Total War", o estúdio Creative Assembly resolveu apostar em uma nova franquia de estratégia em tempo real desenvolvida com os controles dos consoles em mente. O fruto de tal experiência é "Stormrise", game futurista com ar de superprodução que não consegue manter o interesse, apresentando falhas graves de execução que arruínam as boas idéias dos desenvolvedores.

Depois do apocalipse

"Stormrise" se passa em um planeta Terra devastado por uma série de catástrofes naturais, causadas pelo desequilíbrio ecológico. Ao passar dos anos, as várias tempestades e variações climáticas criaram uma raça de mutantes com poderes especiais, organizada em uma comunidade tribal batizada de Sai. Tais figuras logo entram em choque com a facção Echelon, formada por humanos normais que hibernaram durante o cataclismo e que agora desejam retomar a vida na superfície.

Com uma abertura cinematográfica bastante empolgante, temos a sensação que o jogo será um sério concorrente de "Halo Wars", mas tal impressão não dura muito tempo. Logo já é possível perceber que o roteiro não é dos mais bem amarrados, mostrando um forçado relacionamento entre personagens e um ataque Sai que cai de paraquedas para justificar o obrigatório tutorial.

Entenda os controles do jogo
Se os problemas ficassem restritos ao desenvolvimento da trama, tudo bem, mas as inconsistências continuam na apresentação e mecânica. A começar pelo que deveria ser o grande trunfo do game, o sistema de Whip Selection; apesar de ágil - basta mover um direcional analógico na direção da unidade que deseja selecionar para usar - não é prático o suficiente para gerenciar várias unidades ao mesmo tempo, transformando combates mais acirrados em exercícios de caos e baderna.

Como o foco aqui é na ação era de se esperar uma maneira mais intuitiva de controlar seus soldados, uma vez que a câmera se comporta de acordo com seu campo de visão - a exemplo de "Tom Clancy's EndWar" - e não no esquema tradicional do gênero, com visão aérea. Desta forma, é preciso girar o direcional como louco durante alguns tiroteios, na base da tentativa e erro, até selecionar a unidade que realmente deseja controlar. Esforços para gerenciar bases são mínimos, com a preocupação maior em manter a proteção de pontos estratégicos sem que seus soldados debandem por algum canto do cenário.

Isto mesmo. As unidades de "Stormrise" estão entre os piores exemplos de inteligência artificial desta geração. Estúpidos, seus soldados conseguem tomar caminhos sem saída, andam em círculos quando perdem o traçado que deveriam seguir e ainda teimam em ignorar determinadas ordens. Para complicar, o jogo ainda apresenta alguns defeitos estranhos, como efeitos sonoros de tiros que desaparecem subitamente, tornando os tiroteios ainda mais bizarros e sem vida - potencializando os visuais fracos e sem grande personalidade.

CONSIDERAÇÕES

"Stormrise" é uma grande mancha no currículo da Creative Assembly, que fez fama com a competente franquia "Total War". O jogo parece inacabado, repleto de problemas de design que conseguem até mesmo tirar o mérito de idéias interessantes como o Whip Selection - que teria potencial caso fosse mais refinado. Desde unidades que se perdem pelo mapa a efeitos sonoros que somem sem deixar vestígio, a quantidade de falhas é grande demais até mesmo para o mais ardoroso admirador do gênero.

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    GALERIA

    Stormrise (Playstation 3)

    76 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Creative Assembly
    Lançamento: 24/03/2009
    Distribuidora: Sega
    Suporte: Cartão de memória
    Outras plataformas: PC X360
    DesprezívelAvaliação:
    Desprezível

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