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PlayStation 3

Tony Hawk's Project 8

19/12/2006

da Redação
"Tony Hawk's Pro Skater", lançado para PSOne em 1999, inovou os games de esportes radicais ao trazer um sistema de controle inteligente que pudesse realizar os principais movimentos da modalidade. Desde então, a Neversoft vem lançando todos os anos novas versões do game, com altos e baixos.

Apesar da revolução promovida pelo primeiro título - e copiado por quase todos os games de esportes radicais, seja snowboard, supercross e afins -, a fórmula acabou se desgastando nesses últimos anos, principalmente depois da versão "Underground". "Project 8" não adiciona muita coisa nesse cenário, mas o pouco que foi colocado cria mais oportunidades para o jogador.

Tony Hawk está chamando você

"Tony Hawk's Project 8" é um jogo de ação cujo intuito é passar as emoções do esporte radical. O game consiste em diversas missões, que devem ser cumpridas fazendo manobras variadas. Quase tudo que já foi inventado para o skate está aqui: truques de equilíbrio (lips), de deslize em beiradas (grinds), andar com duas rodinhas (manuals), acrobacias aéreas (airs) e truques de girar o skate no ar (flips).

Os outros games da série nunca tiveram um enredo muito elaborado, mas desta vez está mais sucinto do que nunca - mas provavelmente ninguém deve estar muito interessando em história num jogo como esse. A premissa é que Tony Hawk, a lenda viva do esporte, chegou a cidade e está procurando oito atletas para participarem de seu novo grupo, simplesmente intitulado "Project 8". O jogador, na pele de um skatista anônimo, vai lutar pela vaga a um posto de evidência no mundo das quatro rodinhas.

Naturalmente, você começa na última colocação, de número 200. A partir daí, todo o seu objetivo será a conquista de pontos para galgar degraus para as primeiras posições. Além de cumprir missões, achar itens e trajetórias secretas (chamadas de "gap") também fazem o jogador subir no ranking.

Uma cidade inteira para andar de skate

Talvez a melhoria mais significativa desta versão é o mapa, que ficou gigante. Antes, eram várias fases menores, sem interligação entre uma área e outra. "American Wasteland" esboçou fazer um mapa único, mas havia corredores estreitos entre uma seção e outra, com o intuito de "mascarar" o carregamento de dados.

Agora, não é assim. O mapa é realmente uma cidade inteira, pelo menos nos "Project 8" dos consoles de nova geração. No entanto, inicialmente, as portas estão trancadas e será preciso fazer algumas missões para liberar novas áreas. Feito isso, todos os distritos da cidade se tornam transitáveis e é possível fazer uma seqüência de manobras que percorre todas as áreas do mapa.

Antes de se aventurar por esse mundo, o jogador precisa criar seu alter-ego virtual. Nesse campo, houve um retrocesso em relação aos antecessores. São apenas cinco modelos únicos de personagens. É verdade que é possível mudar vários aspectos do "boneco", como cabelo, roupas e acessórios, mas mesmo assim, deixa muito a desejar. No modo online, por exemplo, você vai encontrar vários personagens com a mesma cara. Pelo menos, o guarda-roupa é bem variado.

Os controles são bem similares aos antecessores. Apesar de cada movimento ser simples, é a quantidade de manobras que deixa tudo mais complexo. O tutorial destrincha cada um deles separadamente e de forma didática, mas um jogador novato precisa de um bom tempo de aprendizado até começar a vislumbrar como todos os movimentos podem ser combinados.

A melhor maneira de treinar é mesmo o modo de carreira, pois muitas missões focam em aspectos específicos. Há uma tarefa apenas para manobras aéreas, outra para flips e assim por diante. Claro, há objetivos mais complexos, que combinam mais movimentos dos skatistas, mas não há ordem para fazê-las.

Desafio para todos

"Project 8" traz um sistema inteligente de recompensar o jogador por sua perícia. É que cada missão possui três níveis de dificuldade. Se for apenas para cumprir o objetivo, basta preencher a condição mínima, a equivalente ao rank Amateur. Mas também há determinações mais complexas, referente às classificações Pro e Sick, que se forem executadas, conferem vantagens, como vídeos extras, desbloqueios de conquistas (apenas no Xbox 360) e um desafio derradeiro mais complexo.

No final das contas, o sistema mede melhor a capacidade do jogador, pois reflete sua habilidade em diversos quesitos. Assim, por exemplo, o objetivo Sick de uma missão de grind, por exemplo, pode ser, para ele, mais fácil que um Pro num objetivo de manual. E, além disso, as missões têm dificuldades distintas entre si.

Em geral, as condições Amateur são simples, mas não é para skatista de primeira viagem. Quem já tem certa experiência com os antecessores, deverá passar sem transpirar muito pela maioria dos desafios no nível Pro. Por fim, alguns objetivos Sick poderão arrancar os cabelos de muito jogador habilidoso. Enfim, há provações para todos.

Os controles têm resposta instantânea e a configuração de botões é excelente, como os antecessores. Quem é fã das antigas, poderá ficar um pouco chateado com a barra de equilíbrio que está mais complacente, assim como a estrutura das fases, recheados de locais para os grinds.

A vida em slow-motion

Mas, devido a algumas funções do game, os jogadores devem, agora, optar pelo direcional analógico em vez do digital. É que aquele serve para ativar o Focus, que, em detrimento de uma barra especial, deixa a ação mais lenta. Aliás, encher este medidor está mais fácil e o "bullet time" pode se estender por muito tempo se o combo for de grande pontuação. Mais um motivo que deve desagradar os mais habilidosos.

Ao clicar nos dois direcionais analógicos se ativa a nova manobra aérea de "Project 8": o Nail the Trick. Isso também faz com que o tempo fique mais devagar, mas o intuito aqui é fazer flips mais elaborados. Nesse modo, cada direcional controla uma das pernas do skatista, que vai comandar como o skate será chutado. O jogador é premiado com a precisão - quanto mais reto o ângulo, melhor - e pelo timing.

As missões são iniciadas ao conversar com certas pessoas, que pedem favores diversos, como fazer manobras para ficar registrado em fotos e vídeos, ou entreter uma platéia. Nesse último caso faz com que o jogador ganhe dinheiro, que será usado para comprar novos skates e manobras. Alguns indivíduos iniciam as chamadas missões clássicas, cujo funcionamento remete aos episódios como "Tony Hawk's Pro Skater 2".

Há um tipo de objetivo especial, que são apresentados por atletas famosos, como o brasileiro Bob Burnquist. Mas, em geral, os desafios vêm de astros da nova geração, como Ryan Sheckler, Paul Rodriguez e Nyjah Huston. O último, logicamente, fica a cargo de Tony Hawk, cujo conteúdo varia dependendo de quantas medalhas Amateur, Pro e Sick tiver.

Também há vários grafites no cenário, que indicam o que precisa ser feito para cumprir a tarefa (grind, wall plant, natas spin, competição de altura ou distância do salto etc). O ponto de partida tem inscrição de cor verde e há três linhas de chegada, uma para cada rank.

O game incentiva o jogador a fazer o máximo de truques possíveis, já que o desenvolvimento do personagem se assemelha um RPG. Cada movimento faz o skatista ganhar "experiência" e ao chegar num determinado nível, o desempenho aumenta. Por exemplo, quando mais saltar de um "pipe", mais a qualidade "air" evolui. Além disso, ao fazer manobras em diversas partes do cenário, pode revelar as "gaps", e, conseqüentemente, dar mais pontos para o ranking geral.

Encontro de rodinhas

Levando em conta que a série "Tony Hawk" sempre privilegiou os videogames da Sony na hora de implementar as funções online, é estranho a ausência do recurso na edição para PlayStation 3. Este possui apenas um modo com tela dividida, com poucas regras básicas (Trick Graffiti e Horse, por exemplo), e não permite nem um mísero Nail the Trick.

No modo online, a fase vira um lobby e permite ficar treinando ou mesmo ficar à toa enquanto o dono da partida escolhe entre as seis regras disponíveis. A novidade é o modo Wall, que faz criar uma parede por onde o jogador passa e o intuito é fazer os oponentes baterem nela. O visual lembra o filme "Tron", mas é um pouco tosco. É uma pena que modalidades como capture the flag e king of the hill tenham sido eliminados, mas o multiplayer online oferece diversão consistente.

O desempenho da rede online do Xbox 360 já é reconhecido por sua robustez e as partidas multiplayer dificilmente têm lentidão. É claro que, quanto mais pessoas participam, maiores são as chances de ocorrer lag, mas o desempenho em geral é muito bom. Como sempre, fica a sugestão para jogar com pessoas que moram no Brasil, para diminuir esses inconvenientes. A Xbox Live também é usada para criar um ranking mundial para cada missão, função que também está ausente no PlayStation 3.

Tombo em alta definição

Apesar de a tecnologia gráfica ter sido feita pensando na próxima geração de videogames, não houve um salto enorme na qualidade. Há mais elementos nos cenários (como mais pessoas transitando), mas continua com o mesmo aspecto artificial das outras edições. As texturas em alta definição deixam os objetos e ambientes mais detalhados. O jogo roda suave, mas em algumas partes há lentidão, o suficiente para atrapalhar as manobras. O contratempo é ainda pior no PlayStation 3, chegando ao impraticável em alguns pontos.

Há poucos personagens no game, mas eles foram bem modelados e cada um deles traz características distintas. Por outro lado, há vários skatistas famosos, cuja representação vai do ótimo (Ryan Sheckler) ao terrível (Jason Lee). As animações foram capturadas de atletas de ponta e, de fato, muitos movimentos ficaram mais naturais. Mas muitas manobras de giro ainda continuam um pouco robóticas.

A trilha sonora é uma coletânea de rock pesado, como é comum em games de esporte radical. São mais de 50 músicas de bandas de várias eras e estilos, como Ramones, Slayer, Bad Religion, Kool and the Gang e +44. A sonoplastia não mudou muita coisa desde os antecessores, mas funciona muito bem, como sempre. Não há muitas falas, mas os astros das rodinhas e dos truques incríveis, como dubladores, são ótimos skatistas. A exceção é Jason Lee, ator de profissão.

Oito anos de tradição

"Tony Hawk's Project 8" não mudou muito em relação aos antecessores, mas as poucas novidades, como um mapa enorme e uma modalidade para "montar" um flip, acrescentam coisas positivas para experiência de jogo. Apesar de desgastado, a fórmula ainda funciona e tem o poder de atrair fãs e novos jogadores.

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    Tony Hawk's Project 8 (Playstation 3)

    67 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Neversoft
    Lançamento: 07/11/2007
    Distribuidora: Activision
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: PSP X360 PS2 XB
    RecomendadoAvaliação:
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