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PlayStation 3

Valkyria Chronicles

08/01/2009

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Depois que abandonou o desenvolvimento de consoles, com o fim do Dreamcast, a Sega parece seguir com um currículo bastante irregular, em que nem mesmo jogos estrelados por seu mascote Sonic ficam a salvo dos altos e baixos. "Valkyria Chronicles" é um título exclusivo para Playstation 3 que foi lançado sem muita propaganda, o que pode dar a impressão errada de que não teve muita confiança da empresa e que, portanto, não é grande coisa. Longe de ser verdade. É um belíssimo RPG estratégico que remete aos anos de ouro da empresa que criou clássicos do calibre de "Shining Force" e "Dragon Force".

Guerra alternativa

A apresentação é um dos pontos fortes do jogo, que começa como um livro chamado "On the Gallian Front", narrado por uma tal Irene Koller. Ali ela explica como aconteceu uma 2ª Guerra Mundial alternativa, no ano de 1935, quando o lado ocidental democrático entrou em combate contra as tropas do bloco oriental imperial, tudo por conta de reservas de um raro minério chamado de ragnite. O foco do livro – e do game – se vira para um pequeno país neutro ao norte do fronte de batalha, chamado Gallia, que funciona mais ou menos como se a Suíça fosse habitada por personagens de animê.

Com um motor gráfico proprietário que mascara os gráficos 3D como se eles fossem, na verdade, desenhos feitos à mão e pintados com aquarela, os personagens de "Valkyria Chronicles" são extremamente charmosos e detalhados, com armas, acessórios, sombreados e ranhuras. No início já somos fisgados pelos protagonistas, que compõem a tropa de resistência de Gallia, o Squad 7 – encabeçado pelo intelectual Welkin, que se torna um comandante de tanques e a atiradora Alicia.

Os capítulos são bem divididos, com narração de boa qualidade (com legendas em inglês e opção para vozes em inglês e japonês) e há uma boa cadência no enredo, que é construído aos poucos, sem pressa, com vários trechos de diálogos que exploram bem os relacionamentos. É um jogo lento, para aqueles que apreciam um bom desenvolvimento e que não ficam procurando pelo botão de pular o diálogo toda hora. O livro também serve como uma espécie de enciclopédia que guarda informações sobre suas unidades, inimigos, capítulos já vencidos e também serve para salvar seu progresso e para outras funcionalidades.

Turnos de combate

O combate em "Valkyria Chronicles" é bastante interessante e intuitivo, se baseando no velho sistema de turnos, mas com alguns toques originais. Antes de cada combate, você é apresentado aos objetivos de cada fase, como eliminar determinadas unidades, por exemplo. Já no mapa, cada turno é dividido em duas etapas. A primeira é o modo de comando, em que você olha o mapa por cima e deve gastar seus pontos de ação escolhendo quais unidades deseja movimentar. Assim que você escolhe uma, você passa para a segunda etapa, em que controla tal unidade em tempo real – como em um jogo de ação – com visão em terceira pessoa no cenário real, interagindo com o cenário, devendo se aproximar do inimigo, atacar e se defender, por exemplo. Depois, deve repetir tudo outra vez até que todos os seus pontos terminem e chegue a vez do inimigo.

Há muitas variáveis nos combates. Cada personagem tem sua especialidade, como médicos, atiradores de elite, engenheiros e os combates acontecem com uma mecânica que funciona mais ou menos em um esquema pedra-papel-tesoura, ou seja, um ataque é bom contra certo inimigo, mas não necessariamente contra outro. Acertar tiros pelas costas ou na cabeça gera mais dano e terminar os conflitos mais rapidamente, com mais pontos guardados, garantem mais bônus para ganhar reforços no final. Posicionar seus soldados em locais estratégicos como alto de prédios ou atrás de sacos de areia também ajudam a mantê-los vivos e com vantagem sobre os inimigos. Há muitas opções e variáveis para manter até o mais fanático pelo gênero ocupado por muitas horas.

CONSIDERAÇÕES

"Valkyria Chronicles" é um belo exemplo do que a Sega pode fazer quando está inspirada e um excelente motivo para que os mais fanáticos donos do console da Sony tenham ainda mais orgulho de sua aquisição. Sem muito alarde, a casa do Sonic conseguiu entregar um excelente RPG estratégico que apresenta uma história emocionante, com gráficos bacanas e uma mecânica bastante robusta, com riquíssimas variáveis.

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    GALERIA

    Valkyrie of the Battlefield (Playstation 3)

    115 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Sega
    Lançamento: 04/11/2008
    Distribuidora: Sega
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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