Topo

White Knight Chronicles II: Awakening of Light and Darkness

RODRIGO GUERRA

da Redação

20/10/2011 18h14

“White Knight Chronicles II: Awakening of Light and Darkness” é uma colcha de retalhos com ótimas ideias, porém todas são mal executadas. O modo de campanha é carregado de clichês, a história se arrasta e demora para pegar o ritmo. O modo online é divertido, porém não agrega nada à campanha offline nem tenta aprofundar o jogador no universo do jogo.

Por outro lado o game conta com um bom sistema de batalha e traz o primeiro game da série no mesmo disco e com gráficos remasterizados. Este jogo só é recomendado para quem gosta de RPGs japoneses e que está ansioso para jogar algo do tipo no PS3 – e com ressalvas.

Introdução

Assim como seu antecessor, “White Knight Chronicles II” segue a história de Leonard, um jovem rapaz que faz um pacto com Wisel the White Knight, uma armadura de tempos antigos e que  tem um detalhe especial: ela é viva e gigantesca.

No primeiro jogo, Leonard tinha uma missão totalmente clichê (salvar uma princesa) e o roteiro continua logo após o sucesso da missão. Agora ele e seus amigos devem impedir que os inimigos conhecidos como Magi, usem essas armas para acabar com o reino de Balandor.

Diferente da maioria dos jogos de RPG japoneses, a série “White Knight Chronicles” tem um forte apelo pelo modo online e tenta incorporar tais elementos na campanha solo de uma forma divertida, mas o resultado não é satisfatório.

Pontos Positivos

Ninguém fica perdido

A história de “White Knight Chronicles 2” começa logo após os acontecimentos do primeiro jogo e, mesmo que conte com um breve vídeo de introdução do que aconteceu no capítulo anterior, o jogador não precisa ficar perdido. O motivo para isso é que a Level-5 incluiu no disco uma versão do primeiro jogo remasterizada e com gráficos atualizados.

Esse é um pelo presente e até ajuda na hora de começar a segunda aventura, pois o jogador pode carregar consigo todos os itens e equipamentos que coletou nas missões. Vale notar que se o jogador quiser ignorar o “White Kinight Chronicles” original vai sentir dificuldades, pois toda parte de tutorial está no primeiro jogo e ela não se repete.

Imagens deslumbrantes

“White Knight Chronicles 2” certamente não é o jogo mais bonito que você viu no PlayStation 3, mas ele é bastante impressionante. Os cenários possuem muitos detalhes e todo o vestuário dos personagens é alterado conforme os equipamentos que eles usam. Alguns efeitos visuais, como de ataques especiais, são muito bem elaborados e deixam o jogador no clima certo da aventura.

Sistema de combate bacana

O sistema de combate de “WKC 2” lembra muito um RPG online – grande parte, claro, por sua porção online – além de manter as tradicionais barras de energia (HP) e magia (MP). O jogador controla apenas um personagem de cada vez, como em um RPG de ação, mas também pode trocar para qualquer personagem com apenas um toque de botão. Já os golpes são escolhidos usando o direcional digital e escolhendo quais serão acionados com o botão X.

O jogador também pode criar combos de golpes e para isso ele vai gastar Action Chips. Essa parte é bem bacana, pois é possível misturar magias às espadadas e machadadas. Já Leonard e outros personagens que controlam Incorruptus podem fazer uma transformação no meio da batalha, que são empolgantes. Mas use esse recurso com moderação, pois essas transformações são demoradas e repetitivas.

Pontos Negativos

Falta foco

“White Knight Chronicles II” tem uma campanha solo interessante, e o modo online também tem boas sacadas, só que nem um nem outro são bem executados. O modo de história se arrasta, exagera nos clichês e estereótipos. E assim como o primeiro game, demora para engrenar e quando as coisas ficam realmente divertida, o jogo acaba assim... de uma vez.

Para o modo online faltaram ideias, pois não existe um motivo para ele existir, nada que o jogador faz lá – além de aumentar de nível – interfere no roteiro offline. Na verdade só existe uma coisa para fazer no modo online, que é caçar monstros, sem nenhuma história, nem mesmo algo para explicar melhor o universo criado pela Level-5.

O game mantém a tradição da Level-5 em criar uma mini cidade, o Georama, que dá uma personalidade bacana e permite que você crie equipamentos e outros itens.

Personagem online não faz diferença

Seu personagem criado para o modo online continua sendo um Zé Ninguém, pois ele não faz diferença alguma para a história, os outros personagens até se esquecem de que ele existe e sem falar que ele entra calado e sai quieto, sem abrir a boca uma vez sequer durante toda a história do jogo.

O jogador fica se perguntado o porque que este personagem entrou nessa enrascada e acaba o jogo pensando "Será que o meu personagem não poderia dizer tal coisa?". A resposta é não. E talvez num terceiro jogo isso se repita, pois esse foi também um dos problemas presentes do primeiro jogo da série e que não foi corrigido.

Nota: 6 (Razoável)