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Plants vs. Zombies: Garden Warfare

Victor Ferreira

do Gamehall

13/02/2014 18h51

  • Divulgação

    "PvZ: Garden Warfare" mostra figuras conhecidas de uma forma bem diferente

“Plants vs. Zombies”, lançado em 2009, é um dos jogos mais influentes dos últimos anos, ajudando a moldar o cenário atual do mercado de games mobile e popularizando o gênero de jogos de defesa da torre, em que o jogador deve utilizar diferentes unidades para defender sua base de hordas inimigas.

Procurando expandir a franquia de sucesso, a PopCap Games e a Electronic Arts estão desenvolvendo o jogo de tiro em terceira pessoa “Plants vs. Zombies: Garden Warfare” para os consoles da Microsoft. Mais uma vez, ele mostra a eterna luta entre amigáveis plantas e monstruosos mortos-vivos para uma perspectiva tridimensional, servindo como uma opção mais leve e casual de jogos com enfoque no multiplayer.

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Luta de classes

Embora o jogo faça piada com a temática militar encontrada em séries como “Battlefield” e “Call of Duty”, os conceitos e tom do jogo se assemelham mais com “Team Fortress 2”, com sua clara divisão de classes e possibilidades de personalização de personagens, sendo possível mudar roupas, armas, itens e, claro, chapéus.

Plantas tem quatro classes já conhecidas de fãs da série: Disparervilha, que serve como soldado raso; Girassol, que tem como principal função curar companheiros feridos; Carnívora, que pode se mover por debaixo da terra e devorar zumbis desprevenidos; e o Cacto, que serve como atirador de elite e pode controlar um drone na forma de uma cabeça de alho.

As classes de zumbis são, por sua vez, uma mescla de diferentes tipos de inimigos encontrados no “Plants vs. Zombies” original. Composto por Soldado, Cientista, Engenheiro e All-Star, o time dos zumbis tem muitas habilidades semelhantes às plantas, mas com jogabilidade diferente - o All-Star, vestido como quarterback de futebol americano, lembra mais o Heavy de “Team Fortress 2” do que qualquer outra classe no time de vegetais.

Assim como no shooter da Valve, as possibilidades de customização trazem elementos diferentes às classes. Cada roupa e item tem suas vantagens e desvantagens, e fica a critério do jogador qual combinação funciona melhor para ele.

Mesmo assim, a PopCap quer manter a jogabilidade básica relativamente igual entre todas as classes, para que usuários tenham vontade de explorar mais todas as classes disponíveis. “Tudo cercando a estética [dos personagens] é divertida e recompensadora, e faz que você sorria ou cerre os dentes e fique mais focado nas lutas”, declarou o produtor Brian Lindley.

Vários jeitos de cuidar do jardim

“Garden Warfare” será um jogo puramente multiplayer, com três principais modos: “Garden Ops”, cooperativo entre até 4 jogadores e demonstrado na E3 de 2013, utiliza os princípios do modo Horda, popularizado por “Gears of War 2” e implementado em jogos como “Uncharted 2” e “Mass Effect 3”.

Os outros dois modos são competitivos: “Gardens & Graveyards” lembra o objetivo do original de outra forma, com plantas defendendo bases da facção zumbi. Já “Team Vanquish” é o clássico mata-mata em equipes, em que o primeiro grupo a derrotar 50 inimigos é o vencedor. O número máximo é de 24 jogadores por partida.

Além disso, a versão para Xbox One trará alguns diferenciais, desde gráficos melhores até a opção de jogar o modo cooperativo em tela dividida entre duas pessoas.

O principal chamativo da versão para o novo console da Microsoft é o chamado “Boss Mode”. Por meio do Kinect ou de um dispositivo com Xbox Smartglass, é possível controlar os ‘chefes’ de cada grupo - Dr. Zomboss do lado dos zumbis e Crazy Dave dando apoio às plantas - e ajudar as equipes no campo de batalha.

Neste modo, a perspectiva da câmera lembra o jogo original, e o jogador poderá mandar bombardeios aéreos às áreas inimigas e suporte ao seu time. Outros jogadores serão representados por ícones relativos às suas posições no mapa.

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Mesmas bases, outros alvos

Desenvolvido com o Frostbite 3 - mesmo motor gráfico de “Battlefield 4” -, “Garden Warfare” tem, segundo Brian Lindley, “o DNA de um excelente shooter já dentro dele”. Ainda assim, a PopCap quer criar uma experiência mais acessível ao público casual.

Diferente de outros shooters, por exemplo, o jogador progride de nível não por simples ganho de experiência, mas ao completar objetivos específicos - salvar 3 jogadores, derrotar inimigos com determinadas armas, etc. - para criar um senso de progresso mais palpável.

A loja de itens é semelhante ao sistema encontrado no multiplayer de “Mass Effect 3”: É possível comprar pacotes após receber certa quantidade de moeda no jogo. O pack conterá uma série de cartas que representam torres defensivas para o modo “Garden Ops” ou partes de novos itens. Quanto mais caros os packs, maior a possibilidade de receber cartas raras.

Nem a EA nem a PopCap confirmaram se estes itens poderão ser comprados por meio de microtransações, fonte de muitas críticas de “Plants vs. Zombies 2: It’s About Time”. Por enquanto, a declaração oficial de ambas é um simples “talvez”. Pelo histórico da publisher, porém, é de se esperar que ela procure capitalizar a loja de alguma forma

De qualquer forma, “Plants vs. Zombies: Garden Warfare” promete uma experiência simples, divertida e engajante para fãs da série e até jogadores de shooters em geral. O jogo está previsto para 25 de fevereiro para Xbox 360 e Xbox One, com data de lançamento da versão de PC a ser anunciada.