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Diablo III: Reaper of Souls

Pablo Raphael

Do UOL, em São Paulo

19/03/2014 18h48

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    Malthael é a grande ameaça de "Reaper of Souls", expansão do RPG "Diablo III"

"Diablo III" chegou ao mundo em março de 2012, dividindo opiniões ao propor mudanças significativas nas mecânicas consagradas da série. Mesmo que muitos tenham torcido o nariz para a Casa de Leilões ou ao excesso de ação do jogo, mais de 5 milhões de usuários passaram pelo sombrio mundo de Santuário desde então.

Agora, pouco mais de dois anos depois, o jogo recebe sua primeira expansão, "Reapers of Souls". A expansão culmina um processo de adaptações, revisões e novidades implantadas desde o lançamento de "Diablo III" para PC e Mac.

"Reaper of Souls" traz um quinto capítulo para a campanha de "Diablo III", uma nova classe de personagem, novos poderes para as classes antigas e novos modos de jogo.

Cruzada contra o Mal

O quinto capítulo de "Diablo III", apresentado em "Reaper of Souls", leva os jogadores para Westmarch, uma cidade que até então só era citada na série. A metrópole com ares góticos é o coração do lado ocidental de Santuário, da mesma forma que Caldeum é a principal cidade do oriente.

Em Westmarch os aventureiros vão lidar com a ameaça de Malthael, o 'ceifador de almas' do título. A aventura vai atravessar outras áreas além das ruas da cidade, terminando no Pandemonium, palco da batalha final. Essa área demoníaca já apareceu em "Diablo II", mas foi expandida em "Reaper of Souls". Segundo a Blizzard, é o campo de batalha onde anjos e demônios vêm lutando a milênios.

Você pode jogar com os cinco heróis de "Diablo III" (Arcanista, Bárbaro, Caçador de Demônios, Feiticeiro e Monge) ou com o recém-chegado Cruzado.

"O cruzado é a encarnação atual do guerreiro sagrado, é um tanque em duas pernas", explica Leonard Boyasky, um dos designers de "Reaper of Souls" em entrevista ao UOL Jogos.

"De uma perspectiva de jogo, queriamos que ele fosse um personagem com ataques de média distância e a coisa que acho mais interessante é que mesmo quando ele ataca a distância, você ainda se sente como se estivesse batendo em outras pessoas", explica.

Segundo Boyasky, com os poderes baseados em ataques de alto impacto e armadura pesada, o Cruzado é "uma máquina de guerra transformada em ser humano".

Vale notar, você pode jogar toda a campanha com o cruzado - do primeiro ao quinto Ato, não apenas o conteúdo da expansão.

Por ser uma expansão, a campanha principal é menor do que a de "Diablo III", mas "Reaper of Souls" oferece muitas opções de jogo randômicas para prolongar a diversão.

"O tempo de jogo depende do seu estilo, da maneira que você jogar. Como temos o Adventure Mode, tivemos bastante liberdade para trabalhar a história, ter uma trama bem definida, sem esticar isso demais", comenta o designer de fases Jesse McCree.

"Tenho certeza que as pessoas jogam a campanha várias vezes, para ver como é a história com múltiplos personagens e diferentes seguidores", diz Jesse. "Mas no fim das contas, sabemos que você só pode fazer isso algumas vezes e aí você vai se jogar no Adventure Mode por mais uma centena de horas".

UOL JOGA BETA DE "REAPER OF SOULS"; ASSISTA

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Hora da aventura

"Reaper of Souls" conta com dois modos de jogo inéditos na série: o primeiro é o Adventure Mode e o segundo, os Nephalem Rifts.

No Adventure Mode, todos os portais de teleporte (conhecidos como Waypoint) do jogo estão abertos e é possível viajar entre todos os estágios e Atos do jogo. Essa mudança é acompanhada pelo sistema de 'Bounty', que recopensa os jogadores por cumprir objetivos específicos dentro de cada Ato.

"Assim, ao invés de pegar um único trecho do jogo e fazer você repetir ele várias e várias vezes, criamos uma forma do jogador passar por todo o conteúdo do game de novo", explica o designer Leonard Boyasky.

"Todos os chefes, os inimigos únicos, os objetivos... tudo tem alguma Bounty ligada a eles", diz Leonard. "Randomizamos esses objetivos em todas as vezes que você joga, sempre vai ter algo novo e diferente para fazer, ao invés de repetir sempre a mesma coisa".

"Uma das coisas que fizemos para diferenciar da campanha foi misturar os ambientes: as 'dungeons' costumavam ser mais aleatórias e os exteriores mais definidos", explica o designer. "Agora, os interiores e exteriores dos mapas são aleatórios".

Já os Nephalem Rifts são masmorras aleatórias, com até dez andares de profundidade. Cada andar é potencialmente diferente do anterior e todos os monstros são diferentes. "Misturamos os monstros de todos os atos nos Nephalem Rifts. Cada andar tem um chefão, também", comenta o designer de fases Jesse McCree.

"São 'dungeons' muito randômicas e com um elevado fator replay".

O PALADINO, O TEMPLÁRIO E O CRUZADO ENTRAM NO BAR...

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    O Cruzado não é o primeiro guerreiro sagrado a aparecer na série e as comparações com o Paladino de "Diablo II" são inevitáveis. Mas e o Templário, um dos companheiros do jogador em "Diablo III"? Onde ele se encaixa? O designer Leonard Boyasky explica um pouco sobre as ordens religiosas de Santuário:
    "O paladino de"Diablo II" veio do leste para espalhar a palavra no ocidente, mas a igreja de Zakarum já estava começando a se corromper. Foi aí que os Paladinos se separaram da ordem. Ao mesmo tempo, o alto clero enviou os Cruzados para ver o que estava acontecendo. Mesmo sem saber pelo que estavam procurando, eles tinham que encontrar relíquias e evidências da verdade de sua religião para renovar a fé na igreja de Zakarum e acabar com a corrupção. Já os Templários são quase fundamentalistas. São uma ordem secretiva, isolada, que viu os paladinos deixando a ordem, viu a saída dos cruzados, mas acreditam que eles tem a interpretação correta da religão. E como vimos em 'Diablo III', essa interpretação tem a ver com torturar os iniciados, garantir que todos se comportem de acordo com os preceitos da ordem. Por isso eles são meio malucos".

Ensinar novos truques para velhos heróis

"Reaper of Souls" se beneficia de todas as modificações das atualizações mais recentes de "Diablo III" - do fechamento da infame Casa de Leilões até o novo sistema de loot e o aumento do limite de nível máximo.

Os heróis originais também ganharão novas habilidades e novas runas e jóias fazem parte da expansão. "Também fizemos rebalanceamentos e mudanças nas habilidades já existentes", ressalta Leonard.

Há também uma nova artesã, a Mística, capaz de encantar itens. A Mística é encontrada durante a campanha principal da expansão.

"Digamos que você encontra um martelo fantástico, só que você está jogando com seu bárbaro e o martelo te dá + 37 de Inteligência. Como bárbaro, você não precisa disso. Você leva o item para a Mística, escolhe quais efeitos você quer rolar novamente e vê o resultado", diz o designer.

"Isso não significa que você vai conseguir o efeito que deseja, mas você tem uma segunda chance e vai conseguir efeitos diferentes do que os que encontrou".

Outra função da Mística é 'transmoglifar' qualquer item, como acontece em "World of Warcraft".

"Se você tem uma peça de armadura super legal, mas encontra outra com atributos melhores e um visual que não gosta, você pode levar para a Mística e substituir os atributos do item antigo pelos novos, mantendo a aparência do seu herói".

Ao 'transmoglifar' os itens, você pode criar o seu próprio conjunto de armadura e deixar o herói com a aparência que você deseja.

CONHEÇA AS REGIÕES DO ATO V DE "DIABLO III"

WestmarchCidade enorme, com arquitetura gótica parecida com os cenários dos primeiros "Diablo".
Blood MarchÁrea pantanosa cheia de novos monstros e 'dungeons' bem diferentes.
PandemoniumEspaço entre a terra, o céu e o inferno, um campo de batalha esquecido com cenários flutuantes e alienígenas.
Fortaleza de MalthaelCastelo ancestral no Pandemonium, com aparência bem distinta de todo o resto do game.

Plataformas

"Reaper of Souls" sai em 25 de março para PC e Mac. Para jogar, é preciso possuir o "Diablo III" original.

A expansão está prevista também para o PlayStation 4, como parte da "Ultimate Evil Edition" do RPG, mas ainda não há uma data de lançamento definida.

Segundo o produtor Jonny Ebbert, depois que "Diablo III" chegar ao PS4, pode ser que outras plataformas recebam a expansão. "Somente após o lançamento do jogo para essas plataformas, talvez outros consoles, como o Xbox One ou mesmo os atuais PS3 e Xbox 360, recebam o jogo", explicou o produtor ao UOL Jogos.