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Assassin's Creed Unity

Luiz Hygino

do Gamehall

24/09/2014 12h56

  • Até quatro jogadores poderão unir forças nas missões de "Assassin's Creed Unity"

Uma produtora francesa desenvolve uma nova franquia de jogos, inspirada em grandes episódios revolucionários da história humana. Ainda que o cenário pareça mais do que óbvio, 17 capítulos diferentes foram necessários até que "Assassin's Creed" finalmente chegasse à Paris do final do século XVIII, período de explosão da famosa Revolução Francesa, com "Assassin's Creed Unity".

De acordo com a produtora Ubisoft, Paris é um dos "maiores parques de diversões" que os jogadores explorarão num jogo da franquia, com um misto de riqueza e diversidade, opressão e nascimento dos diretos humanos, e, principalmente, uma série de incógnitas históricas, cenário perfeito para os roteiristas e produtores do jogo. Pela primeira vez na história da franquia, uma cidade será recriada em escala real, 1:1, com cada pequena nuance e cada cartão postal, tudo graças ao poder do motor gráfico Anvil.

O desenvolvimento do jogo começou em 2010, quando um pequeno grupo de produtores de "Assassin's Creed Brotherhood" foi incumbido da missão de imaginar o futuro da série. Parece duro imaginar o cenário desta forma, mas "Assassin's Creed III", "Black Flag" e todos os outros títulos da franquia lançados desde então foram apenas uma distração: o auge do potencial imaginativo e da capacidade de produção da Ubisoft é exclusivo de "Unity".

Tantas novidades, como sistema de navegação e de combate completamente reimaginados, exigem tecnologia proporcionalmente poderosa, por isso, "Unity" é exclusivo dos consoles de nova geração, PS4 e Xbox One - e claro, do PC. Durante grande parte do período de produção, os desenvolvedores apenas projetavam quais seriam as especificações técnicas dos consoles 'next-gen', usando um computador super equipado. Mas desde o início, a equipe responsável por "Unity" sabia que a chave para o futuro estava no passado.

"'Vamos voltar às raízes', nós dissemos. 'Vamos voltar à fantasia de ser um assassino, a lâmina na multidão. Pegar as coisas que atraíram as pessoas à franquia, no começo, e ir mais fundo, com mais flexibilidade. Vamos fazer do jogo algo mais sistêmico, e não seguir uma fórmula'", explicou o produtor senior do jogo, Vincent Portbriand, em entrevista à revista Game Informer.

CURTA DE ANIMAÇÃO APRESENTA CENÁRIO DE "UNITY"

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Um novo herói para novos tempos

O resultado de todos os planos da equipe está concentrado não apenas na versão digital da capital francesa, e em todas as possibilidades que ela oferece, mas também em Arno Dorian, protagonista de "Assassin's Creed Unity". Apontado como uma mistura entre Altaïr Ibn-La'Ahad, herói do primeiro game, e Ezio Auditore, figura central da trilogia seguinte.

"Arno começa o jogo como uma criança, criada em Versailles. Ele cresce e é apresentado à Ordem dos Assassinos, e os jogadores poderão reviver todo o processo de iniciação e de formação dele, como assassino. Queríamos que os fãs entendessem o personagem antes da ação começar, que entendessem as escolhas dele. Ele não será alguém que apenas obedece ordens. Ele faz perguntas. Ele faz escolhas baseadas no seu próprio julgamento", explicou o designer Bruno St-André, em entrevista ao site Polygon.

Uma dessas decisões envolve Elise, uma belíssima jovem francesa, filha do homem responsável pela criação de Arno. O inevitável interesse romântico do protagonista, para seu respectivo azar, é uma templária.

Ainda que os dois trabalhem rumo ao mesmo objetivo, que é descobrir os segredos por trás do assassinato do pai de Elise, os dois trabalham através de métodos completamente diferentes. O amor dos dois, no entanto, aproximará Arno das práticas templárias, e, consequentemente, o afastará dos métodos de sua própria Ordem.

Não fossem esses problemas suficientes, há o fato da cidade passar pelo período mais instável de sua história. No entanto, Arno e seus companheiros assassinos tentam ao máximo se distanciar do conflito, deixando que o povo francês faça suas próprias escolhas e lute sua própria luta.

"O que eles e os outros assassinos fazem, na verdade, é tentar prevenir mortes desnecessárias, tentar prevenir que o barril de pólvora exploda. Mas eles tentam se envolver o mínimo possível. No entanto, eles temem que alguém possa estar manipulando a situação toda, e estão em busca dessa figura, tentando descobrir o que ela planeja", explicou o diretor criativo do jogo, Alex Amancio, à Game Informer.

VEJA DEMO DE 11 MINUTOS DE "UNITY" DA GAMESCOM

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Não olhe para o lado, o bonde está passando

Apesar da palavra "Unity", título do novo jogo, ser uma referência ao ideal de "fraternidade" da Revolução Francesa, ela também invoca a maior novidade na mecânica do novo game: o modo multiplayer cooperativo.

"Foi a primeira vez que o codinome do projeto acabou se tornando o nome oficial do jogo. Desde o início, unidade era a palavra chave do nosso desenvolvimento. Unir os jogadores, no mesmo papel, no mesmo desafio", comentou Bruno St-André.

A promessa da Ubisoft é que o 'coop' de "Unity" seja imperceptível e completamente orgânico em relação às missões do jogo, sejam elas da campanha principal ou missões secundárias. O diretor Alex Amancio diz que a intenção é criar uma experiência compartilhada, na qual jogadores poderão considerar trazer amigos para ajudá-los em combates difíceis, ou colocar amigos para desempenhar papéis táticos em determinadas missões.

Jogadores também encontrarão contratos cooperativos espalhados pela cidade, e missões de Irmandade. Missões cooperativas renderão mais pontos de experiência para os envolvidos, que poderão ser gastos na evolução de habilidades furtivas, de combate, e de navegação.

CONHEÇA DETALHES DO MODO MULTIPLAYER DE "AC UNITY"

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