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Lord of the Rings: Battle For Middle-Earth

23/09/2003 09h10

Depois de finalizar "Command & Conquer: Generals - Zero Hour", uma equipe da antiga Westwood (que foi englobada pelos estúdios de Los Angeles da Electronic Arts) se separou para iniciar um projeto diferente: trocou canhões por Wargs e tropas chinesas por orcs. Aproveitando-se da aquisição da empresa da licença de produzir jogos baseados na trilogia de filmes "O Senhor dos Anéis" colocou a tecnologia do "Command & Conquer" 3D para trazer a Terra-média ao mundo da estratégia em tempo real.

Infelizmente o sistema usado para simular guerra tecnológica não é exatamente perfeito para criar os épicos combates exibidos nos três filmes. O lado bom disso é que a equipe está diferenciando bastante "Battle for Middle-earth" dos predecessores da Westwood. A primeira diferença imediatamente perceptível está no visual: o programa foi reescrito para criar unidades mais orgânicas - nada de tanques e helicópteros, mas seres vivos que se movem e reagem de maneira realista. Monstros ficam inquietos se deixados parados por muito tempo, e exibem sua dor ao receber uma bela espadada ou uma poderosa flechada.

Além disso a equipe está fugindo das cores vivas empregadas em "WarCraft", buscando tons mais realistas e um certo grau de "sujeira"... algo parecido com o que George Lucas fez com as naves da trilogia original de "Star Wars": tecidos rasgados, pedras quebradas... sem falar em uma câmera capaz de entrar no meio da batalha e exibir a escala dos combates em meio a um céu tempestuoso.

Mas não é só na qualidade que essas unidades se diferenciam. Para capturar a atmosfera épica do universo de Tolkien, os produtores do jogo permitem que milhares de criaturas individuais ocupem as paredes de Minas Tirith ou os portões de Mordor. Isso muda radicalmente a mecânica do jogo - não mais é importante apenas criar lutadores rapidamente para derrubar o inimigo. Na verdade, enquanto é verdade que parte do combate será composto de centenas de unidades sem rosto lutando (em um sistema que, literalmente, conta cada combate individual separadamente), quem realmente impulsiona a estratégia são heróis que se aproveitam dos movimentos gerais desses grandes combates.

Jogadores precisarão escolher um personagem histórico como Gandalf ou Legolas e se aproveitar de brechas nessas guerras para chegar ao general inimigo. Mas como na tradição iniciada em "Dune II", cada lado terá suas fraquezas e forças. Seja a capacidade de produção absurda das tropas de Sauron ou a habilidades das unidades élficas, cada time promete ser bem diferente.