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The Elder Scrolls Online

Luiz Hygino

do Gamehall

27/03/2014 11h15

  • Divulgação

“The Elder Scrolls Online” se passa cerca de 1000 anos antes dos acontecimentos de “Skyrim”. O reino de Cyrodiil passa por um período de grande instabilidade, e a família Tharn, atuais regentes, revela ser fiel a alguns príncipes daedra, os senhores de Oblivion. A situação gera uma guerra civil, com três facções disputando o trono: o Aldmeri Dominion, a Daggerfall Covenant e o Ebonheart Pact.

A grande ameaça se revela quando Molag Bal, um dos mais poderoso príncipes daedra, aproveita a fragilidade dos mortais para colocar um ambicioso plano em ação: transformar os mundo de Tamriel e Coldharbour (seu plano de domínio em Oblivion) em um só reino de terror. A transformação acontece através do lançamento dos Dark Anchors, dispositivos mágicos que abrem portais entre os dois mundos.

VEJA A ABERTURA DE "ELDER SCROLLS ONLINE"

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O plano de Molag Bal também cria a necessidade de colheita de almas humanas, fonte de energia para seus exércitos e suas atrocidades. Acontece que existe uma antiga profecia, escrita nas Elder Scrolls, falando sobre a vinda do “Soulless One”, do “Sem Alma”, que impedirá o plano de Molag Bal de unir Tamriel a Coldharbour. Adivinha quem é o Sem Alma?

Você. Você. E todos vocês

No começo do jogo, assim como em todos os jogos da série Elder Scrolls, você é um prisioneiro em fuga. A escapada da vez acontece no supracitado plano de Coldharbour, em Oblivion, das garras do poderoso Molag Bal. O príncipe daedra sabe da profecia e tenta impedí-la, mas você foge e volta para Tamriel. Assim começam as aventuras de “The Elder Scrolls Online”.

Uma história que, como já é tradição na série, coloca o jogador no papel de uma espécie de salvador, de messias. O problema, talvez, é que, no primeiro episódio online de “The Elder Scrolls”, todos os jogadores são messias, são o “Sem Alma”. Uma história com cara de single-player, num jogo multi-player.

Criação de PSG

Tirando a ausência da alma, personagens serão bastante únicos em “The Elder Scrolls Online”, graças ao sistema de criação de personagem bastante customizável, e ainda assim, descomplicado.

Em dois momentos separados (corpo e face), será possível customizar largura dos ombros, tamanho do pescoço, largura da barriga, definição de braços e pernas, ângulo do nariz, protuberância das maçãs do rosto, cor dos olhos e da pele, penteados, tatuagens,  e por aí em diante. A lista de detalhes é longa. Os mais animados e perfeccionistas podem passar horas apenas criando seu personagem. Até cicatrizes de tiros de flecha nos joelhos estão disponíveis (obrigado, Deus).

VEJA DETALHES DA CRIAÇÃO DE PERSONAGENS DO JOGO

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Nove raças poderão ser escolhidas pelos jogadores, cada uma fazendo parte de uma respectiva aliança:
 

Argonians, Dunmers e Nords no Ebonheart Pact
Altmers, Bosmers e Khajits no Aldmeri Dominion
Bretons, Orcs e Redguards na Daggerfall Covenant

A edição de luxo do jogo dará acesso, ainda, a uma décima raça, os Imperials, que poderão se juntar a qualquer uma das três facções.

E como “The Elder Scrolls Online” é um MMO, nada mais justo do que apresentar à série um sistema de classes previamente escolhidas. São quatro opções: Dragon Knight, Sorcerer, Nightblade e Templar.

A intenção dos desenvolvedores, no entanto, é que nem raça, nem classe seja um fator limitante no desenvolvimento dos personagens. Qualquer um poderá se especializar na arma que quiser, ou no tipo de armadura que preferir. Não haverá nenhum tipo de bloqueio de itens.

Faça você mesmo

Uma das característica mais celebradas de "Skyrim", o modo de produção de armas, armaduras, poções e outros itens chega a “The Elder Scrolls Online” com novas opções e melhorias.

Serão seis habilidades ligadas à manufatura:

• Alchemy, para produção de poções.
• Blacksmithing, para construção de armas a armaduras pesadas.
• Clothing, para construção de armas e armaduras leves.
• Enchanting, para dar características mágicas especiais a armas e armaduras.
• Provisioning, para preparar receitas e refeições que aumentam as habilidades e talentos dos personagens, temporariamente.
• Woodworking, para construção de arcos, escudos e outros itens de madeira.

A produção dos itens, assim como em “Skyrim”, poderá ser feita em estações espalhadas pelas cidades de Tamriel. Além disso, locações especiais vão possibilitar a construção de itens com características especiais.


No pain, no gain

A evolução de personagens em “The Elder Scrolls Online” segue a tradição de “Skyrim”, mas vai além.

Jogadores continuarão evoluindo seus personagens repetindo certas ações, como ao usar determinado tipo de armadura, abrir trincas e cadeados e usar feitiços.

No entanto, um sistema mais amplo e mais parecido com os MMOs tradicionais será implementado, baseado na conquista de experiência (vencendo inimigos, realizando quests e encontrando itens especiais, as Skyshards) e na conquista de pontos para distribuição. A cada nível conquistado, jogadores poderão gastar um ponto nos atributos principais (health, magicka e stamina) e um ponto em habilidades especiais, relacionadas as habilidades básicas (golpes especiais em armas de duas mãos, feitiços especiais de cada escola de magia etc)

Essas habilidades especiais, com o tempo, poderão evoluir ainda mais, através de “morphs”, ganhando outros efeitos especiais associados a elas.

Por fim, jogadores com evolução suficiente poderão desbloquear “ultimate abilities”, as habilidades mais poderosas do jogo, específicas de cada classe e raça.

Perdendo a mão ao sair na mão

É difícil prever quantas mudanças o jogo sofrerá entre o período de testes beta e seu lançamento final, mas por enquanto, a impressão que o combate em “The Elder Scrolls Online” passa não é das melhores.

Se em “Skyrim” as animações de luta eram extremamente polidas (especialmente na câmera em primeira pessoa, com direito a impactos convincentes e reação de inimigos a cada golpe), no beta de “The Elder Scrolls Online” tudo parecia muito simplório. Os movimentos de ataque estavam bastante limitados, e por vezes, o personagem atravessava um NPC durante um combate.

E o sistema de golpes críticos, tão elogiado em “Skyrim”, que premiava jogadores pela sua precisão, com golpes na cabeça tirando mais vida de inimigos, por exemplo, não se repete em “The Elder Scrolls Online”. Golpes críticos seguem um algoritmo do jogo, como a maioria dos MMOs, independente da sua mira.

Com tão pouco tempo faltando para o lançamento do jogo (sai no dia 4 de abril para PC e Mac, e 4 de junho para Xbox One e Playstation 4), a torcida é para que a Zenimax Online Studios consiga corrigir alguns pontos fracos de “The Elder Scrolls Online”, para que os fãs da série não abandonem as aventuras em Tamriel, seja por monotonia ou por um flechada no joelho.