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Ace Combat X: Skies of Deception

10/11/2006

da Redação
A série "Ace Combat", que nasceu nos fliperamas, praticamente voa sozinha nos céus do PlayStation, desde a época do PSOne. Alguns competidores, como "Air Force Delta", da Konami, tentaram desafiar o rei dos ares da Namco, mas sem sucesso. Agora, a casa de "Pac-Man" leva a sua supremacia aérea para a tela do portátil da Sony.

Como já havia feito com "Tekken", o novo "Ace Combat X: Skies of Deception" trouxe toda a excelência da série para pequena, mas impressionante tela do PSP. Salvo alguns detalhes, é como se você estivesse jogando o simulador de caças no PlayStation 2. E ainda com algumas vantagens extras, como as modalidades multiplayer.

Fatos da guerra

"Ace Combat X: Skies of Deception" é, como todos os outros títulos da franquia: uma mistura de simulador de vôo com ação arcade de caças, pendendo um pouco mais para este último. Na verdade, combina com sucesso o realismo do primeiro e a adrenalina do segundo. A série é referência no assunto e ninguém conseguiu superar essa fórmula. A versão para PSP não desvia da rota, oferecendo a mesma qualidade vista no PlayStation 2.

A história tem poucas ligações com os antecessores. Neste episódio, o jogador controla um piloto do esquadrão Glyphus, que quase foi dizimado devido a uma poderosa arma secreta da nação Leasath, que invadiu a pacífica república de Aurelia, a quem lhe acusa de promover uma guerra civil. Os fatos são narrados sob o ponto de vista de um jornalista, o mesmo tipo de narrativa usada em "Ace Combat Zero: The Belkan War". Aqui, porém, em vez de um filme com atores reais, foram usadas imagens estáticas em estilo anime, com uma narração falada.

O pano de fundo político sempre foi o tema da série e não é diferente desta vez. Como de costume, uma envolvente história insere o jogador dentro do contexto dos eventos, sem deixar aquela impressão de "Ei, por que eu estou lutando contra esses caras?" Não que seja um enredo original, mas é competente e traz tensão suficiente para valorizar a ação. Nesse sentido, a adrenalina já começa a mil, com a presença de um gigante avião invisível com uma arma de devastadora potência.

As Ferraris do ar

Outra característica que se mantém intocada é a presença de aviões que existem de verdade, casos do F-14, que ficou famoso no filme "Top Gun", F-117 Nighthawk e Mirage 2000D, da mesma família usada na Força Aérea Brasileira. Assim como carros famosos, aeronaves autênticas são objetos de fascínio, e não é diferente aqui. O contraste é marcado por uma pitada de ficção científica, como é exemplo da referida nave gigante invisível.

Quanto ao game, quem já jogou algum "Ace Combat" na vida não deverá ter nenhum problema, pois a controlabilidade é a mesma de sempre, descontando a precisão do analógico digital do PSP e a falta de botões, que a Namco contornou como foi possível. Para quem não sabe, o controle da nave é bastante veloz, e em nada lembra o sistema dos simuladores realistas, que costumam ser enfadonhos. Os controles tentam ser simples ao máximo, mas para quem ainda acha complicado, há, como sempre, uma modalidade de pilotagem ainda mais simplificada, mas já sacrificando a liberdade.

Antes de começar a missão propriamente dita, há um briefing, que mostra o que você deverá esperar em termos de resistência. Mas, como se sabe, muitos planos não andam como desejado e, para o bem da emoção, a situação pode mudar aos 45 minutos do segundo tempo. O briefing ajuda na escolha de sua nave, cada uma com sua própria característica. Mas, por causa das reviravoltas, a melhor escolha talvez se dê apenas depois que se souber como é a fase de fato.

Difícil vida de piloto

No começo você tem apenas uma nave e, ao passar de fase, novos modelos são acrescentados ao hangar. Mas eles precisam ser comprados com os créditos que você ganha derrubando os inimigos. Para cumprir os objetivos, basta derrubar apenas os alvos essenciais, embora o ideal seja derrotar todos eles. Porém, como o tempo é contado, nem sempre isso é possível.

As missões são bem variadas, como de costume, trazendo situações novas praticamente a cada estágio. Agora, o número de alvos terrestres está muito maior e, infelizmente, as fases de combate aéreo puro, que costumavam ser as melhores, estão raras. Mas, em termos de variedades, está bem servido.

As missões são basicamente lineares, como manda a tradição, só que agora há situações em que você precisa escolher entre dois ou mais caminhos. Às vezes são bifurcações, que não permitem voltar ao local anterior, ou são rotas que você percorre numa determinada ordem, e dependendo de sua prioridade, as fases podem mudar.

É exatamente o que acontece na primeira vez que surgem essas fases de escolha de rotas: numa delas, você precisa salvar seu exército, cercado pelos inimigos. O problema é que uma nave gigante solta um grande míssil de tempos em tempos, que obriga você a voar baixo durante a explosão. A outra alternativa é ir derrubar esse grande avião, e assim se evita o ataque dos mísseis na missão de salvamento. E esse é apenas um exemplo de como uma fase interfere na outra.

Armado até o cockpit

As aeronaves vêm com duas armas padrões: uma metralhadora e mísseis que perseguem os inimigos. Uma diferença para as edições anteriores é que os tiros estão muito mais eficientes, talvez pela mira de maior tamanho. Os mísseis continuam como sempre, mas os inimigos parecem menos espertos - ao menos na opção de dificuldade normal -, e não fazem muito esforço para desviar do perigo.

Os aviões também podem ter uma arma especial, com menos munição, mas com uma eficiência superior aos mísseis. Podem ser bombas do tipo napalm ou mísseis acertam em vários alvos ao mesmo tempo. Cada uma das naves tem três opções de arma especial, mas apenas uma está disponível de fábrica. As outras duas, para variar, precisam ser compradas.

Outra novidade, ao menos em relação a "The Belkan War", é que cada jato pode ser modificado ao comprar novas peças, como placas reforçadas, que aumentam a resistência, ou um motor mais potente. Mas, em geral, se eles melhoram por um lado, há um outro quesito que sofrerá uma influência negativa. O negócio é pesar os prós e contras antes de comprar os "melhoramentos".

Como dito, os controles estão muito bons, praticamente idênticos às versões de console, mas o analógico não tem a mesma precisão. E ainda tem a falta de botões, então você precisa escolher entre o controle de velocidade ou de guinada para a função nos botões de ombro. Mas, dentro dessas limitações, as soluções foram as melhores possíveis.

Ases no céu

O modo de campanha é bastante divertido, mas a versão para PSP tem um trunfo a mais que nas edições para consoles: modalidades multiplayer para até quatro jogadores. Os únicos senões é que não é online e não pode ser feito por game sharing, ou seja, é preciso uma cópia do título para cada jogador.

Mas, com as condições sendo preenchidas, o multiplayer fica bastante empolgante, com diversos tipos de regras e configurações variadas. Vai desde o mata-mata clássico até o de ataque e defesa de base, passando pela superioridade aérea, uma versão nas alturas do king of the hill, em que é preciso ficar numa determinada área pelo maior tempo possível.

O andamento transcorre sem problemas de atrasos na conexão. A controlabilidade das naves ajuda a tornar a experiência das competições mais prazerosa. Faltou apenas uma maneira de usar o computador no lugar dos postos não ocupados pelos jogadores.

Produção caprichada, à sua maneira

O visual se assemelha às versões para console. Impressiona como o PSP conseguiu reproduzir o terreno amplo, com bom nível de detalhes e realismo. Por outro lado, o modelo dos aviões é bom, reproduzido até em suas partes móveis, mas está bem distante do magnífico "The Belkan War", por exemplo. Mas, dentro da capacidade do portátil, está satisfatório. As explosões estão mais simples também. Outro fato que ficou pior é o replay, que reprisa apenas uma pequena parte, não a fase inteira. Ao menos, o controle das visões está muito mais claro, agora.

O som segue a mesma qualidade de sempre: é poderoso e as músicas são típicas da série, e de filmes de guerra em geral, cheias de tensão. As dublagens também estão boas, e as conversas via rádio durante as missões ajudam na imersão da experiência, colocando o jogador no meio de uma situação tensa de combate. O único problema é que as frases se repetem, e, aí, o resultado não é esperado.

Rei dos céus, mesmo na tela pequena

Como fez em "Tekken: Dark Resurrection", a Namco adaptou brilhantemente uma franquia clássica. "Ace Combat X: Skies of Deception" não deve quase nada para seus "irmãos maiores". É verdade que os controles ficaram um pouco mais limitados, mas o título compensa com uma modalidade exclusiva: o multiplayer, que acrescenta muito na experiência e durabilidade do título. Mais uma vez, "Ace Combat" provou que voa sozinho nos céus do PlayStation.

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    Ace Combat X: Skies of Deception (PSP)

    154 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Namco
    Lançamento: 23/10/2006
    Distribuidora: Namco
    Suporte: 1-4 jogadores, cartão de memória
    RecomendadoAvaliação:
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