UOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos onlineUOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos online
UOL BUSCA

PSP

Crazy Taxi: Fare Wars

16/08/2007

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
A Sega sempre foi uma exímia produtora de games para fliperamas, com inúmeros jogos para a plataforma no currículo. Poucos deles, no entanto, tiveram uma idéia tão maluca quanto "Crazy Taxi". A proposta era radicalizar a ocupação de condutor de táxi, trazendo idéias sobre direção perigosa que depois fariam a fama de "Burnout". Após passar por inúmeros consoles, as duas primeiras edições do game aparecem numa coletânea para PSP.

"Crazy Taxi" é um jogo de ação veicular, cujo objetivo é pagar clientes e levá-los para o local indicado o mais rápido possível. É como numa das missões de "Grand Theft Auto: San Andreas", por exemplo, só que com um ritmo bem mais acelerado.

Bandeirada

As regras são simples e os controles também, tendo apenas a direção, o acelerador, o freio e duas posições de marcha ("drive" e ré). É um título fácil de jogar e bem amigável. Os passageiros aparecem com ícone sobre suas cabeças e uma seta indica a direção para onde se deve seguir. Quando o destino está à vista, a área onde você deve parar e deixar o cliente fica demarcada de forma bem clara.

No entanto, há muitos truques escondidos e esses, sim, demandam um tempo de aprendizado. Para se dar bem no modo arcade, é preciso conhecer os métodos especiais de controle do carro, além de caminhos mais curtos e os atalhos. Nesta modalidade, o jogador tem um tempo exíguo que só é acrescido se conseguir levar o passageiro rapidamente ao deu destino.

Os truques incluem o "crazy dash", que é uma aceleração rápida (faz-se apertando o botão de "drive" e acelerando logo em seguida), e o "crazy drift", um cavalo-de-pau que serve para fazer curvas fechadas (na hora de virar, coloque em ré e depois mantenha pressionado o "drive"). Além desses, há outras técnicas especiais, mais difíceis, mas essenciais para obter pontuações cada vez maiores.

Desafiando as leis de trânsito

Não basta apenas levar o passageiro ao destino o mais rápido possível, mas dirigir perigosamente faz com que o condutor ganhe gorjetas. Isso inclui trafegar pela contramão, passar muito perto dos outros veículos, pular usando rampas e derrapando. As batidas não trazem muito prejuízo, a não ser a perda de tempo e do "combo", ou seja, sua gorjeta volta aos menores níveis.

O veículo pode trafegar por vários lugares, como o teto dos prédios e até mesmo debaixo de rios e do mar. Cada game desta compilação - "Crazy Taxi" e "Crazy Taxi 2" - traz quatro personagens diferentes, cujos carros possuem características distintas de aceleração, velocidade e dirigibilidade. Em termos de mecânica, a diferença do primeiro para o segundo é o acréscimo do botão de pulo e de missões em que o jogador precisa conduzir vários passageiros ao mesmo tempo, levando-os para lugares diferentes.

O primeiro "Crazy Taxi" traz dois mapas, ambos inspirados na cidade americana de San Francisco, com muitas ladeiras e os tradicionais bondes, enquanto os mapas da segunda edição imitam Nova York. Mas as localidades que traziam lojas do mundo real, como o Pizza Hut, não estão mais presentes. Os mapas não são muito grandes, mas existem muitos atalhos, o que torna o jogo aberto para a criação de estratégias.

Táxi radical

Além da modalidade principal, em que se pode jogar pelas regras do fliperama ou escolher um tempo determinado (entre três, cinco e dez minutos), também há minigames, que incluem provas de salto em distância, estouro de balões ou trafegar sobre plataformas perigosas, onde a queda significa "game over". Os minigames servem também para treinar cada uma das técnicas, já que grande parte é projetada para que o sucesso só seja atingido ao utilizar uma habilidade específica ou várias delas. Existem também três modalidades multiplayer, novidade que aumenta um pouco a vida útil.

Os controles não são muito precisos e acontecem muitos movimentos malucos, principalmente se você está perto de muretas e outros desníveis. Não é raro o carro agir de maneira estranha, às vezes, indo para uma direção contrária a qual se pretende. Também por vezes é difícil compreender as condições para fazer o crazy drift.

No campo visual, o PSP não teve dificuldade para reproduzir os gráficos de "Crazy Taxi", mas o da continuação está um pouco depreciado. Em ambos, os modelos dos personagens e dos carros - e os cenários, como um todo - não são exatamente detalhados, mas servem para o estilo simples do game. O fluxo de tela também não é dos melhores, mas o que mais incomoda são os "pop-ups", aqueles objetos que aparecem de repente na tela. Isso acontece mais quando você desenvolve grande velocidade.

A trilha sonora perdeu pontos em relação ao original, pois não traz o som de bandas como The Offspring. Em compensação, o jogador pode usar as próprias músicas para montar uma trilha personalizada: bastar ter os arquivos no cartão de memória. As dublagens são chatas (principalmente o narrador) e repetitivas (cada taxista parece ter duas ou três frases curtas).

CONSIDERAÇÕES

"Crazy Taxi" é um game descompromissado, ideal para a agilidade de um portátil. A fórmula de "vale-tudo" nas ruas e certa profundidade de estratégias formam a base de sustentação da diversão. Mas, também é inegável que se trata de um título curto, com apenas alguns mapas. Há minigames e modalidades multiplayer para tentar estender sua vida útil, mas ainda assim não é o suficiente para compensar o investimento.

Compartilhe:

    Receba Notícias

    GALERIA

    Crazy Taxi: Fare Wars (PSP)

    78 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: S2 Games
    Lançamento: 2007
    Distribuidora: Sega
    Suporte: Cartão de memória
    RegularAvaliação:
    Regular

    Shopping UOL

    UOL Jogos no TwitterMais twitters do UOL
    Foots - Jogo social online para Orkut
    Hospedagem: UOL Host