UOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos onlineUOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos online
UOL BUSCA

PSP

Dungeon Siege: Throne of Agony

11/12/2006

da Redação
A série "Dungeon Siege" já tem história no PC e agora parece querer expandir seu domínio para outros terrenos. No caso, a tela do poderoso portátil da Sony chamado PSP. Essa franquia, que se estabeleceu no vácuo de "Diablo" em 2002, naturalmente, fez uma adaptação ao passar em um ambientes tão diferente do habitual.

Três heróis e um destino

"Dungeon Siege: Throne of Agony" é um RPG de ação do tipo "hack and slash", ou seja, os combates ocuparão grande parte da jornada do jogador. Além de "Diablo", que é o precursor do estilo, o game também se parece com "Baldur's Gate: Dark Alliance" e "Untold Legends".

"Throne of Agony" conta a história de três guerreiros que esperam encontrar respostas na Broken Lands, uma terra devastada localizada ao norte de Aranna, o mundo onde acontecem os eventos da franquia. A apresentação é mostrada como se fossem "quadrinhos animados", com boa direção artística. Começa tudo meio vago e pouco promissor, mas o desenvolvimento da trama aguarda algumas surpresas.

O jogador pode escolher um entre esses três personagens. É pouco se comparado às versões para PC, mas existem alguns ajudantes para não deixar o guerreiro sozinho nos combates. Serin é uma elfa sombria, que espera encontrar a resposta para suas visões proféticas e trágicas. Ela é cega, mas compensa isso com velocidade e sentidos ampliados, além de ser exímia arqueira.

Já Mogrim pertence a uma raça de semi-gigantes, que quase nada sabem sobre sua história, apenas que foram banidos. Ele acredita que a salvação está na terra arrasada de Broken Lands. Por fim, o cavaleiro humano Alister está à procura da amada, Sedara. Sua especialidade são magias de ataque.

No fim, os três guerreiros obedecem aos arquétipos criados para o gênero: um arqueiro, um guerreiro do tipo "tanque" e um mago. Como eles atuam sozinhos, você pode também pode escolher um ajudante, entre dois disponíveis para cada um. As opções apresentadas, de forma inteligente, tendem a complementar as deficiências de cada guerreiro. Os ajudantes de Mogrim, por exemplo, são especialistas em magia, justamente o quesito na qual ele é menos eloqüente. Mais desses companheiros podem ser encontrados durante a aventura, tendo cada um sua característica.

Lutar, explorar e lutar mais um pouco

O funcionamento do game é bastante simples. Os combates podem ser feitos com armas ou com magias. Em ambos os casos, basta apertar um botão (ou dois, no caso de algumas magias). Se na verão para PC você indicava para onde o guerreiro deve ir ou quem atacar com o mouse, no PSP, o controle é direto. Os ajudantes são controlados pelo computador.

O jogo pende mais para o fácil, mesmo na dificuldade padrão. E fica ainda mais suave se estiver usando Mogrim, pois ele é forte, resistente e carrega muitos itens. Embora o jogo tente variar as situações, não é possível negar que o game seja muito repetitivo, pois o processo de esmurrar botões o acompanha até o final da aventura na Broken Lands.

A parte de RPG está simplificada: há menos parâmetros, magias e habilidades que na edição para PC. O desenvolvimento dos personagens acontece de maneira clássica: ao matar os inimigos, o jogador acumula experiência e sobe de nível, podendo distribuir pontos entre seus atributos, como força, destreza e sorte, por exemplo, e também entre as magias e habilidades. Os ajudantes também evoluem, mas a gama de distribuição de pontos é ainda mais restrita. No caso dos personagens, você pode mudar de classe nos níveis 30 e 60, incorporando novas habilidades para os heróis.

O fortalecimento do herói também passa por seus equipamentos. Eles são vendidos em lojas, mas é mais provável que os encontre como recompensa ao matar os oponentes ou escondidos em baús. Como de praxe, quando mais forte os inimigos, maiores são as chances de encontrar melhores armas, armaduras, escudos e outros acessórios. Com muita sorte, você pode até encontrar itens que só apareceriam bem mais tarde.

Carregando em várias viagens

Um dos problemas do game é que os personagens carregam relativamente pouca bagagem. A quantidade é determinada pela força física, mas mesmo assim, você tem que frequentemente voltar para as cidades e vender os itens, ou escolher ficar apenas com os mais valiosos. Uma função interessante é o de comparar o item que você tem ou que está no chão com o que você tem equipado, para saber qual é o melhor.

Mas se o jogo tem controles bons e animações fluidas, o mesmo não pode ser dito do menu, que demora um pouco para perceber as ordens. O jogo tenta evitar que o jogador necessite abrir o menu o mínimo possível atribuindo funções para todos os botões, mas mesmo assim você precisa acessar a tela mais que gostaria.

Outro aspecto muito irritante do "Throne of Agony" são os tempos de carregamento, muito demorados. As cavernas, geralmente, são grandes e isso faz compensar pela demora, mas a paciência começa a esgotar quando o mapa-múndi já está bem grande e você precisa percorrer vários locais. Felizmente, para acessar novos lugares, é preciso deixar o botão pressionado por alguns segundos, o que evita você acidentalmente ativar um carregamento.

O game é praticamente linear. Existem várias "quests" (missões) no jogo, algumas primordiais para avançar na aventura e outras paralelas. Não está explícito qual é um qual é o outro, mas geralmente você vai aceitando todos e resolvendo tudo pelo caminho. A maioria é bastante simples e basta ler o teor da missão para descobrir o que fazer. A aventura dura cerca de 20 horas e o mapa é bastante extenso.

Apesar de começar ficar muito repetitivo bem antes que se aviste o final da aventura, o game é bastante agradável. Ao jogar em dupla, o game ganha mais consistência. Cada jogador pode trazer os ajudantes, sendo assim, ficam quatro aliados ao mesmo tempo. Com isso a bagunça é maior e fica mais fácil passar pelos inimigos mais fortes do game. Uma pena não haver um modo online.

Belos mas burros

O visual é competente, trazendo amplas variações de cenários e personagens com boas animações. O fluxo de tela não chega a ser suave, mas tem velocidade suficiente para garantir boa controlabilidade. Há também uma presença relativamente farta de objetos quebráveis e interativos.

Existe uma quantidade variada de inimigos, de pequenos insetos a grandes criaturas. No entanto, se a produtora SuperVillain Studios caprichou no visual, esqueceu de dar um pouco mais de inteligência aos oponentes, pois todos agem iguais. Quando eles aparecem, geralmente estão estáticos, e só avançam quando percebem um ataque. Às vezes, nem assim.

Há alguns problemas de colisão, como ataques que atravessam paredes. Os inimigos podem ficar presos nos cenários, assim como seu ajudante. Isso não tem muitas conseqüências graves, mas o pior é quando você fica preso. Nesse caso, o único jeito é recomeçar a fase. Aliás, outro elemento que torna o game fácil é que, mesmo morrendo, você pode retornar ao começo do estágio ou voltar para as cidades sem nenhum prejuízo. É uma forma de ser amigável, mas retira muito da tensão ao enfrentar os inimigos.

O som é muito bem produzido, com uma trilha sonora tocada por uma orquestra. As músicas são poderosas, do nível de games de alto nível para consoles de mesa. As dublagens estão competentes e há bastante partes faladas no game. O valor de produção é alto.

Para exploradores e guerreiros de bolso

"Dungeon Siege: Throne of Agony" é uma das poucas opções de RPG de ação, sendo que as outras duas alternativas são os dois "Untold Legends". Embora sofra com a repetição e tenha "loadings" compridos, é uma aventura divertida, com mais ação que a edição para PC, porém mais simples nas partes de RPG. No final, condiz com o estilo de um portátil.

CONSIDERAÇÕES

Compartilhe:

    Receba Notícias

    GALERIA

    Dungeon Siege: Throne of Agony (PSP)

    52 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: SuperVillain Studios
    Lançamento: 30/10/2006
    Distribuidora: 2K Games
    Suporte: 1-2 jogador, cartão de memória
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

    Shopping UOL

    UOL Jogos no TwitterMais twitters do UOL
    Foots - Jogo social online para Orkut
    Hospedagem: UOL Host