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Metal Gear Solid: Digital Graphic Novel

22/08/2006

da Redação
Que o criador de games Hideo Kojima, líder da subdivisão da produtora Konami que leva seu sobrenome, é um profissional cheio de idéias, ninguém duvida. Basta ver a lista de títulos em que esteve envolvido para perceber isso, a começar com sua obra máxima, a aclamada série "Metal Gear Solid".

Agora, a Kojima Productions lança para o PSP um produto diferente, uma obra audiovisual com alguns elementos de interatividade, mas que não chega a ser um game. Com isso, "Metal Gear Solid: Digital Graphic Novel" vai um pouco além do que se pode supor à partir de seu nome e é voltado principalmente para os mais fervorosos fãs da turma de Solid Snake.

Metal Gear revisitado

Obviamente, o principal elemento de "Metal Gear Solid: Digital Graphic Novel" é ser um quadrinho digital, baseado na história do jogo original para PSOne. Mas também traz funções que prolongam um pouco mais a vida útil do título, além de uma modalidade em que o usuário precisa amarrar todos os fatos e personagens da história, formando uma espécie de banco de dados.

Como dito, o enredo é baseado no game de 1998. Ou seja, um grupo de terroristas, que se intitula a nova Fox Hound, grupo militar a qual pertenceu o protagonista Solid Snake, invade uma instalação de armas nucleares no Alasca e ameaçam a Casa Branca. A exigência? Um bilhão de dólares e os restos mortais de Big Boss, o mitológico soldado que fundou a Fox Hound original.

"MSG: Digital Graphic Novel" usa as imagens da publicação em quadrinhos, desenhado por Ashley Wood, mas inclui melhorias, como efeitos sonoros e animações. Na verdade, os movimentos aqui são feitos ao desvincular os vários elementos dos quadros. Um caso clássico é recortar o personagem do fundo e trabalhar com esses dois elementos. Isso faz lembrar o "desenho animado" "Super-Heróis Marvel", da década de 60, que consistia basicamente em manipular os quadrinhos originais em frente às câmeras, mas o UMD de "Metal Gear" é bem mais sofisticado que isso.

Arte em movimento

A produtora variou bem os efeitos e os padrões de animações, o que deixa tudo bem dinâmico. Todas as técnicas imagináveis usando elementos estáticos foram empregadas, como deslocamento, rotação e zoom, por exemplo, além de ter um bom trabalho de câmera. Os diálogos aparecem como nos quadrinhos, através de balões de textos, sem dublagem. Por outro lado, a versão digital perde no quesito resolução, afinal não dá para comparar a pequena tela do PSP com o papel.

Quanto ao estilo de Ashley, como toda arte, tem seguidores e opositores. Talvez sua escolha tenha recaído por compartilhar algumas características com Yôji Shinkawa, diretor de arte da série, mas o artista australiano imprimiu sua forte marca pessoal. Os pontos de contato recaem sobre o traço sujo, quase selvagem, e os tons praticamente monocromáticos na mesma cena.

Reconstruindo a memória

Mas o título não se resume a apenas assistir. A modalidade "normal" é chamada de Simulation Mode, mas ao toque de um botão, ativa-se a Mental Search Mode, em que cada cena pode (e deve) ser examinada minuciosamente. Um cursor aparece na tela e o jogador também pode controlar o nível de zoom (de 100% a 300%). Caso haja um fragmento de memória por perto, o cursor passa a girar mais rápido. Essas memórias fazem referência a personagens e fatos ocorridos na cena. Há também um tipo especial, que são emblemas da Fox Hound.

Essa é uma das partes mais monótonas da obra, pois são quase 300 telas para procurar os fragmentos. Para ajudar um pouco nesta tarefa, você pode ativar um gráfico similar ao de um eletrocardiograma. Toda vez que houver um ícone, a linha ficará com um ângulo mais agudo. Infelizmente, achar as tais memórias é passo obrigatório para o modo de Memory Building.

Esta modalidade consiste em fazer associações entre os diversos fatos e pessoas que fazem parte da trama. Ao fazer ligações certas em um grupo inteiro, novos fragmentos podem ser liberados - alguns você precisa voltar novamente para o modo Mental Search. Para se dar bem aqui, é preciso ter compreendido com clareza o enredo, mas a maior dificuldade é o controle e a visualização entre cada um dos itens.

Com tanta informação na tela, é complicado ver as ligações entre os fragmentos e há momentos tão confusos que o único jeito é desfazer todo um pedaço para recomeçar a montagem do quebra-cabeça. O game até avisa quando uma seção tem ligações incorretas, mas como o número de peças pode passar de uma centena, descobrir o erro pode ser uma tortura - e pior que a de Revolver Ocelot.

Histórias em bits

CONSIDERAÇÕES

O enredo sempre foi um dos destaques dessa franquia militar de Hideo Kojima e "Metal Gear Solid: Digital Graphic Novel" é mais uma opção que o jogador tem para conhecer a história do primeiro game da era "Solid". Trata-se rigorosamente do mesmo enredo que já foi contado na edição para PSOne e para GameCube, este na reinterpretação "Twin Snakes". A vantagem é trazer uma espécie de banco de dados, que deverá fazer a alegria dos fãs. Para os outros, dependerá basicamente de sua empatia com o estilo de arte de Ashley Wood para desembolsar os cerca de US$ 20 por esse "e-quadrinhos".

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    Metal Gear Solid: Digital Graphic Novel (PSP)

    31 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Kojima Productions
    Lançamento: 13/06/2006
    Distribuidora: Komami
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    RegularAvaliação:
    Regular

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