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Star Wars: Lethal Alliance

13/12/2006

da Redação
A saga de "Star Wars" pode ter acabado no cinema, mas ela continua nos videogames. A mais nova empreitada da série de ficção científica vem da francesa Ubisoft, com "Star Wars: Lethal Alliance". Esqueça os cavaleiros jedis e seus sabres de luz; aqui, a história gira em torno de uma mercenária Twi'lek, raça que se caracteriza por sua estatura e os dois tentáculos em suas cabeças. Como uma contrapartida, o game deixa o jogador montar sua própria Estrela da Morte.

Trabalhando para os rebeldes

"Star Wars: Lethal Alliance" é um jogo mistura combates e ação de plataformas, além de ter fases de "corredor", cujo objetivo é desviar dos obstáculos. Traz elementos de tiro em terceira pessoa, combates corpo-a-corpo e ação furtiva. O jogo começa limitado, mas ao encontrar um ajudante, as opções de ação ficam bem amplas.

A história acontece entre os episódios III e IV do cinema. O Império Galáctico já é realidade e quase todos os jedis foram mortos. A personagem principal é Rianna Saren, uma mercenária que é contratada para roubar a organização criminosa Black Sun. Mais tarde ela entra em contato com a Aliança Rebelde e com uma de suas líderes, Leia Organa.

A protagonista é inédita, mas há muitas caras conhecidas no game, como Boba Fett, os clones-soldados Stormtroopers e o vilão Darth Vader. O jogador também percorrerá cenários conhecidos - Coruscant, Mos Eisly, Tatooine e a Estrela da Morte são alguns deles -, além de conhecer novos cantos do universo de "Star Wars", como Despayre, Danuta e Alderaan.

Rápida e mortal

O game começa como um jogo de tiro em terceira pessoa básico. A mira é totalmente automática, basta virar para o lado do oponente que a retícula passa a acompanhar o alvo. Caso seja mais de um, os botões L e R circulam entre os inimigos. O sistema traz vantagens e desvantagens: ao mesmo tempo em que é prático, é complicado para acertar um alvo específico. Além disso, como o controle da personagem modifica dependendo se está mirando em alguém ou não, a mira automática confunde em muitas situações, além de mudar de repente o ângulo de visão.

Rianna pode ter até quatro tipos de arma de fogo, sendo que no começo há apenas uma pistola laser. Mas ao chegar perto dos oponentes, ela passa a usar uma espécie de sabre de luz, intercalando com chutes. Há alguns tipos de seqüência de golpes corpo-a-corpo, mas eles só ficam eficientes mesmo quando pegar o inimigo desprevenido. Nesse caso, basta um ataque para tirá-lo de circulação. Numa luta franca, às vezes o inimigo sai do raio de ação do golpe.

Ao mesmo tempo em que atira, a mercenária também pode usar vários movimentos acrobáticos, como estrelas e saltos mortais. Lembra um pouco o estilo de Lara Croft em "Tomb Raider Legend". Além disso, fora do modo de mira, ela pode rolar no chão ou pular à meia altura. Esses movimentos servem para escapar dos sensores e outras armadilhas.

A união faz a Força

Porém, as habilidades de Rianna ficam interessantes quando tiver a companhia do robô Zeeo. Na verdade, ele tem muito mais utilidade que a própria mercenária e é de se imaginar se ela conseguiria cumprir suas missões sem seu recém-conhecido amigo. A primeira utilidade de Zeeo é poder entrar em locais estreitos, já que ele tem mais ou menos o tamanho de uma bola de futebol.

Depois, ele serve para proteger o jogador dos raios dos inimigos, virando um escudo. Obviamente, essa funcionalidade é temporária, mas mesmo se Zeeo for abatido, ele recupera energia com o tempo. No entanto, ele é mais útil quando avança contra os oponentes. Assim, eles caem e ficam zonzos, bastando um ataque corpo-a-corpo para derrotá-los.

Além disso, a mercenária pode fazer estrelas e mortais duplos com a ajuda do robô. Nesse caso, a tela fica lenta e permite mirar mais facilmente os oponentes. O pequeno ser metálico também serve para acionar vários interruptores e abrir alguns compartimentos. Outras vezes, ele consegue grudar em paredes, levando a personagem para locais que não alcançaria normalmente. Também serve como plataforma em localidades específicas e permite até mesmo fazer um ataque surpresa se algum desavisado estiver no caminho, num sistema que lembra o de "Prince of Persia".

Por fim, é pegando carona com Zeeo que Rianna atravessa algumas fases voando. Nesse caso, a tela corre automaticamente, e o jogador deve desviar dos obstáculos, movendo-se para os lados ou posicionando o corpo de lado. Essas partes, mais raras, são uma das melhores do game, trazendo boa velocidade e visuais interessantes. As cenas de plataforma também são boas - exceto nas partes mais tradicionais, em que a câmera não ajuda. No entanto, a maior porção do game é de tiroteio, que é bastante repetitivo. De vez em quando aparecem algumas artilharias para variar um pouco a ação, mas é insuficiente.

Monte sua própria Estrela

Nas lutas contra os chefes é preciso um pouco de inteligência, pois eles só podem ser atingidos depois de certos procedimentos. Mas o sistema de mira caótico e a grande quantidade de energia dos chefes fazem com que a batalha fique arrastada e torram a paciência do jogador.

A modalidade para um jogador tem bom volume, com cerca de oito horas de jogo em 25 fases, além das extras, como montar a Estrela da Morte. Existe um modo multiplayer para dois jogadores em rede, mas não deve ser levado em consideração, pelo sistema de mira ruim e mapas grandes que dificultam o confronto.

As fases são visualmente atraentes, reproduzindo com competência alguns ambientes já vistos nos filmes da franquia. Porém, o projeto dos mapas já não é tão inspirado assim, tendendo para o banal. As animações são bacanas, principalmente os golpes corpo-a-corpo - alguns merecem até mesmo câmera lenta e um ângulo de destaque.

A personagem Rianna, sendo a protagonista, tem uma modelagem competente, ainda que um pouco simples. Mas o mesmo não se pode dizer de alguns personagens secundários, como o homem que contata a mercenária e faz parte da Aliança Rebelde. Tosco é a palavra mais gentil para definir seu modelo 3D.

Pelo que se ouve dos alto-falantes ou do fone de ouvido, "Lethal Alliance" não deixa dúvida que este é um game de "Star Wars", com as típicas sonoplastias usadas no cinema. A trilha sonora também é conhecida, incluindo a famosa música-tema, que acompanha a clássica introdução da série. As dublagens também estão competentes.

A Força que não existiu

"Star Wars: Lethal Alliance" brilha em alguns momentos, como nas fases de vôo e em algumas partes acrobáticas, que remetem ao melhor da trilogia "Prince of Persia", também criada pela Ubisoft, mas a maior parte fica comprometida com os tiroteios cuja mira automática traz mais caos que benefícios. Além disso, fica repetitivo muito rapidamente. Alguns extras tentam manter o interesse pelo jogo, mas, sem um multiplayer decente, isso acaba quando você terminar a campanha.

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    Star Wars: Lethal Alliance (PSP)

    12 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Ubisoft Montreal
    Lançamento: 05/12/2006
    Distribuidora: Ubisoft
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: DS
    RegularAvaliação:
    Regular

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