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Syphon Filter: Logan's Shadow

08/10/2007

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
No começo de 2006, o primeiro "Syphon Filter" para o PSP marcou época sendo um dos primeiros games que exploravam melhor o potencial do portátil, com produção digna de games para consoles como o PlayStation 2. O título também marcou o reerguimento da série, que, depois de uma estréia fantástica para o PSOne em 1999, ficara desgastada depois de quatro edições.

"Logan's Shadow" parece não trilhar esse caminho, pois, mantém tudo de bom que o antecessor tinha (como, por exemplo, o funcional sistema de controle, que domou as limitações do portátil), e ainda acrescentou algumas novidades bem-vindas (as fases aquáticas estão entre as mais visíveis nessa seara). Só não espere nenhuma revolução.

Rede de intrigas

O início das aventuras do agente Gabe Logan começa em algum lugar do Oceano Índico, onde terroristas seqüestram um navio com uma "perigosa tecnologia secreta". Chegando ao local, descobre que a embarcação caiu numa emboscada e a carga fora roubada. Para completar, a acusação de que Xiao Ling, uma aliada de longa data de Logan, agora desaparecida, seria uma agente dupla, levou ao fechamento da agência IPCA, para o qual o protagonista trabalhava. Agora, ele quer descobrir a verdade sobre os fatos.

A estrutura e a mecânica de jogo não mudaram muito em relação ao antecessor. Há três tipos de configuração para os controles, sendo que o "advanced", apesar de ser pouco usual (o deslocamento é feito com os botões principais), é o que oferece a mira mais livre, pois é comandada pelo direcional analógico. Mas as outras configurações lidam bem com as limitações do hardware (falta de um segundo direcional analógico e de botões).

Como o antecessor, trata-se de um game de tiro em terceira pessoa com temática de espionagem - pertence ao mesmo grupo de jogos como "Splinter Cell" ou "Metal Gear Solid" - e, portanto, os comandos tendem a ser razoavelmente complicados, ainda que "Syphon Filter" organize tão bem as funcionalidades que pareça ser mais simples do que realmente é. De todo jeito, há uma seção de cinco capítulos a título de treinamento, alguns idênticos a "Dark Mirror". As novidades, obviamente, se referem às características adicionais, como as fases aquáticas. Por sinal, os controles nessas fases também estão excelentes, permitindo se locomover com grande liberdade e usar as mais diversas armas, em especial o arpão.

Rápido e mortal até debaixo d'água

Mas Logan aprendeu mais que nadar. Assim como no game anterior, o estilo de jogo mistura ação furtiva e tiroteios francos, mas não se trata de um "run 'n gun", ou seja, sair correndo e atirando ao mesmo tempo. Achar um esconderijo é a primeira providência e, a partir desse ponto, alvejar os oponentes um a um, mirando pelas beiradas do obstáculo no qual estiver. Agora, você pode fazer tiro cego, ou seja, apenas descarregar a arma sem fazer mira, o que é bom contra os inimigos que estão vindo em sua direção, mas impróprio para algum tiroteio que exija alguma precisão.

O protagonista também pode pegar os oponentes e usá-los como escudos humanos, mas essa tática tem prazo de validade, que é de alguns segundos, até ele se desvencilhar do ataque. Essa natureza de combate que acontece de seção em seção também é propício para o PSP, pois é sabido que o direcional do portátil cansa o dedo com mais facilidade.

O agente é capaz de carregar até quatro armas (uma pistola e três espingardas, sendo que uma delas é de longo alcance), mas as opções são maiores que aparentam. O rifle de precisão, por exemplo, comporta vários tipos de munição, como um que solta gases e até uma espécie de dardo explosivo. A opção de combate corpo-a-corpo também é abrangente, sendo possível usar também um dispositivo que dá choques elétricos a distância. Também há três tipos de visores, e também uma lanterna.

Atirando com o corpo e a mente

Os combates ficaram mais variados porque há uma série de opções para lidar com os inimigos. Pode-se eliminá-los sorrateiramente, ou partir para o confronto aberto, mas, se observar bem, muitos dos lugares contam com objetos que facilitam seu trabalho, como cilindros explosivos. Ou os adversários estão boiando na água onde há um gerador de eletricidade por perto. Daí, é fácil adivinhar.

Infelizmente, não foi desta vez que os inimigos ficaram inteligentes. Em quase todos os "Syphon Fliter" - e, para falar a verdade, em grande parte dos games de tiro -, os oponentes fazem ações pouco lógicas e continua sendo assim. Aqui, eles não mudam seu comportamento quando estão sendo alvejados e chegar a errar seus tiros mesmo em curtas distâncias. Há ângulos que o jogador pode explorar em que somente uma das partes pode atacar. O desafio não está exatamente em terminar as fases, mas fazê-lo no menor tempo possível.

Mas nem só de combates vive "Logan's Shadow". Existe um componente de exploração, em que se deve encontrar arquivos secretos, espalhados em locais menos usuais. Também vale a pena seguir o enredo bem tramado, de autoria de Greg Rucka e John Garvin.

Pequena grande produção

Além do modo de campanha, há também uma modalidade de missões, que vão sendo liberadas ao progredir a história, e um multiplayer. O primeiro é interessante não apenas pelo desafio, mas como um extra que, com pequenos episódios, mostram o enredo de alguns personagens secundários.

Já o modo de múltiplos jogadores simultâneos (até oito pessoas), que pode ser compartilhado via rede local ou pela internet, ganhou novas regras. Além do deathmatch, do team deathmatch e do rogue agent, há adição do retrieval (uma espécie de capture a bandeira) e do sabotage (em que um time tem uma missão e o outro deve impedir, como em "Counter-Strike"). Como antes, o multiplayer é bastante sólido, com poucos atrasos de conexão e uma mecânica equilibrada.

Os gráficos estão bonitos como antes, mas com mais de efeitos (principalmente de fumaça). Nota-se uma maior riqueza de detalhes nas fases. Impressiona principalmente o efeito de água, principalmente vindo de um portátil. As fases sub-aquáticas também estão belamente representadas, com ótimo uso da iluminação. Completam o serviço ótimas seqüências de computação gráfica em momentos-chave.

A trilha sonora é de Azam Ali (do filme "300"), que confere um caráter cinematográfico ao game. São composições típicas de filmes de ação, mas com alguns toques de regionalismo, correspondente aos locais onde acontece o enredo (gira em torno do Oriente Médio, tendo a Síria o foco inicial das tensões).

CONSIDERAÇÕES

"Syphon Filter: Logan's Shadow" herda o bom trabalho de "Dark Mirror" e continua fazendo com que a série sobre agentes secretos seja uma das melhores para o PSP. Trata-se de um jogo que oferece ação e diversão, sem precisar fazer concessões diante das limitações do portátil. Os controles foram adaptados de forma excelente e a produção é digna de títulos para consoles de mesa. Além disso, as outras modalidades, principalmente o multiplayer, são bons motivos para continuar jogando mesmo depois de terminada a campanha principal. Se "Syphon Filter" estava desacreditado nos consoles, retornou com força total no PSP.

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    Syphon Filter: Logan's Shadow (PSP)

    5 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Sony Computer Entertainment
    Lançamento: 02/10/2007
    Distribuidora: Sony Computer Entertainment
    Suporte: 1-8 jogadores, cartão de memória, multiplayer sem fio
    Outras plataformas: PS2
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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