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Tekken: Dark Resurrection

11/08/2006

da Redação
Os aparelhos portáteis definitivamente não são como antes. O PSP pode não ter a mesma popularidade do Nintendo DS, mas uma leva de jogos recentes dá mostras do poder de fogo do pequeno notável da Sony. Games como "Daxter" e "Syphon Filter" mostraram qualidades que não são vistas em muitos jogos para consoles, teoricamente mais "potentes" que o PSP.

Agora, é a vez da Namco fazer seu show. "Tekken 5" já era uma melhores edições da série para os fliperamas e PlayStation 2. A edição para PSP veio de uma versão revisada para arcades, o "Tekken 5: Dark Resurrection", e a qualidade se manteve quase intacta. E com a adição de toneladas de extras, não é difícil concluir que o game é simplesmente o melhor jogo de luta para o portátil no momento e um dos melhores de toda a biblioteca de jogos para o aparelho.

O mais completo da categoria

"Tekken: Dark Resurrection" é um jogo de luta 3D, similar a games como "Virtua Fighter" e "Dead or Alive". Os confrontos são do tipo um-contra-um e o jogador faz uso de uma série de golpes para retirar toda a energia do oponente. Mas, como já é tradição, há uma grande gama de modos de jogo e vários extras para enriquecer o game. Esta edição chega a ter mais conteúdo que a versão para PlayStation 2, o que é impressionante para um portátil.

Como características únicas, "Dark Resurrection" traz dois personagens novos: Lili é uma jovem loura filha de um magnata do petróleo que faz luta de rua escondida do pai, e Dragnov integra uma Força especial russa, e tem no sambo, arte marcial de imobilização oriunda da Rússia, como sua principal disciplina. Além disso, Armor King retorna ao ringue e há pequenas mudanças nos golpes de alguns outros personagens.

Ao todo, o game traz 34 personagens e simplesmente todos estão liberados desde o início, ao contrário das edições para consoles. E mesmo ligando o game pela primeira vez, as principais modalidades de jogos estão disponíveis. Essa modificação foi feita para se adaptar ao estilo imediatista dos games para portáteis, uma decisão acertada da Namco.

Isso não quer dizer que não há nada para liberar. Ao contrário, ainda há muitos recursos escondidos, como minigames e acessórios para os personagens. Basta avançar em cada uma das modalidades para ganhar esses bônus. Mas antes de o jogo propriamente dito começar, a produtora incluiu um tutorial para iniciantes, que ensina os conceitos básicos do game desde o começo, como andar, correr, deslocar-se para o fundo ou frente da tela, defender-se e atacar.

Navegando no mar de opções

Daí, é cadastrar um nome e escolher uma das várias opções. O Quick Battle, por exemplo, permite lutar contra um adversário escolhido por você ou fazer um combate entre times, sempre tendo o computador como oponente. Já no Story Mode, o jogador enfrenta uma série de dez inimigos, com direito a introdução e final em vídeo de computação gráfica. Depois, essas mídias ficam liberadas no modo Theater. Você também pode liberar os vídeos usando a moeda corrente dentro do jogo.

Caso o jogador queira se aprofundar no game, a melhor pedida é o Practice, que é bem completo. Você pode treinar golpes e seqüências com adversários parados, ou que façam determinados movimentos pré-programados. Outras opções incluem treinar apenas defesas ou praticar os golpes com o comando sendo mostrado na tela. O jogo até traz alguns combos aéreos e os 10 Hit Combos, que é uma seqüência de até dez toques nos botões.

Porém, um dos modos mais divertidos é o Tekken Dojo. Aqui, você participa de combates, torneios e campeonatos com diversas outras "pessoas", representadas por inteligências artificiais diferentes umas das outras. À medida que vence as lutas, os personagens podem subir de rank. No começo há apenas uma academia, mas mais opções aparecem ao avançar no game.

Além de tudo isso, ainda há minigames, como o Tekken Bowling, um singelo jogo de boliche. Novamente, mais opções são liberadas no decorrer do jogo. Com o dinheiro adquirido nas lutas, você pode modificar os personagens, comprando acessórios, trocando penteados e cor das roupas. A variedade é grande, que vão do sério ao completamente absurdo, como o cachorro que fica sobre Paul Phoenix ou cabelos que parecem ter vindos de personagens de "Dragon Ball Z".

Clube da luta

Mas nada disso teria validade se o principal não fosse bem trabalhado: a mecânica de luta. Nesse ponto, "Tekken: Dark Resurrection", vindo de "Tekken 5", é um dos melhores de que se tem notícia. De maneira geral, o sistema de luta é menos profundo que "Dead or Alive 4" e principalmente "Virtua Fighter 4", mas ainda assim permitem uma extensa gama de estratégias. Por outro lado, é mais amigável aos novatos, já que há golpes eficientes que podem ser feitos com comandos simples.

Cada um dos lutadores tem um amplo leque de golpes e movimentos, sejam eles socos, chutes ou agarrões. Além disso, há técnicas de chão e contra-ataques. Talvez o que "Tekken" tenha de superior aos concorrentes sejam as animações, com golpes vistosos e vibrantes. Tem muitos movimentos absurdos, mas é um game que tem grande respeito pelas artes marciais.

Muitos dos personagens trazem fortes características das modalidades de luta que representam. Aqui, você pode ver que o chute do carateca Jin é completamente diferente do de Bruce, um representante do boxe tailandês. Já o coreano Hwoarang, que luta Tae Kwon Do, tem aqueles golpes acrobáticos com os pés, enquanto o boxeador Steve, usa os botões de chute para os pêndulos e desvios, sem atacar. Por fim, é difícil não ficar animado com a ginga dos capoeiristas Eddy Gordo e Christie Monteiro.

A resposta aos comandos é imediata e um dos poucos defeitos recai sobre o aparelho em si. Pelas características do game, é muito melhor usar o direcional em forma de cruz, mas no começo é um pouco complicado fazer os golpes que exijam apontar para a diagonal. Mas os outros tipos de movimentos no direcional funcionam muito bem.

Minha identidade ao alcance de todos

Não foi desta vez que "Tekken" ganhou um multiplayer online, mas há muitos recursos interessantes. As lutas humano-contra-humano só podem ser feitas via rede local, usando dois UMD ou através do Game Sharing. As lutas geralmente correm bem, mas de vez em quando acontecem alguns atrasos. A freqüência com que isso acontece parece ser totalmente aleatório.

A internet serve para o jogador transferir "ghosts". Esses dados refletem o estilo de luta do jogador, como os golpes, combos e estratégias que costuma usar. Uma vez baixado para o seu jogo, os ghosts terão todas as modificações feitas no personagem e lutará usando as mesmas técnicas dessa pessoa. Não é a mesma coisa que uma luta tête-à-tête de verdade, mas alguns demonstram muita personalidade.

Tecnicamente, o jogo é impecável. Durante as lutas, o fluxo de tela é de 60 quadros por segundo, de forma estável. Nas animações antes e depois da luta, que trazem modelos de personagens mais complexos, taxa cai para cerca de 30 por segundo, mas isso nada tem a ver com a parte interativa.

Clareza cristalina

O nível de detalhes dos personagens é espantoso, muito próximo das versões para fliperama e PlayStation 2. Nas animações pré e pós-luta, os lutadores ficam ainda mais complexos, principalmente no rosto, que trazem ótimas expressões faciais. Mais uma vez, os lutadores foram criados com ótimo senso artístico. Além disso, há vídeos de computação gráfica na apresentação e nos finais de cada personagem, com a tradicional qualidade da Namco.

Os cenários sofreram um pouco mais de simplificação, mas mesmo assim continuam belos. Um dos destaques fica para a fase com um denso vapor, muito exuberante. Não chega a ser um "Dead or Alive", mas há alguns objetos quebráveis nos ambientes, além de o chão quebrar com a queda dos lutadores. Toda a beleza do game fica destacada na sempre impressionante tela do PSP, que têm excelente brilho, definição e cores, melhor que muitas TVs.

A trilha musical é vibrante, mas todo seu potencial só aparece com bons fones de ouvido, já os alto-falantes do PSP quase não têm graves. Os efeitos sonoros também têm impacto. A quantidade de vozes durante a luta é bastante variada e as dublagens também estão perfeitas.

Estréia com toda pompa

CONSIDERAÇÕES

"Tekken: Dark Resurrection" é, de longe, o melhor jogo de luta para o PSP. Tudo bem que não haja concorrentes sérios no portátil por enquanto, mas mesmo que existissem não seria fácil superar esse título que traz uma mecânica de jogo sólida e estabelecida, além de um caminhão de modalidades. Com um valor de produção altíssimo, é algo que faz valer o investimento. Ainda mais para fã de games de luta.

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    GALERIA

    Tekken: Dark Resurrection (PSP)

    276 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Namco
    Lançamento: 24/07/2006
    Distribuidora: Bandai-Namco
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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