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05/06/2008 - 19h59

Especial "Ninja Gaiden": o declínio da franquia

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Durante o domínio do NES, a Sega contra-atacou com o Master System em mercados periféricos como o Canadá, o Brasil e a Europa e, a partir de 1989, com o Mega Drive. Até então, todas as produtoras independentes como a Konami e a Taito, por exemplo, eram obrigadas a manter exclusividade para que a Nintendo publicasse jogos para sua plataforma, que tinha uma maioria esmagadora nos principais mercados, o Japão e os EUA.

Esta situação durou por boa parte da guerra do Mega Drive com o Super NES, no início da década de 90. Até lá, a Sega se via obrigada a comprar direitos dessas independentes e reprogramar os jogos com seus próprios recursos. Sucessos do fliperama da Capcom como "Ghouls 'N Ghosts", "Strider" e "Final Fight", só saíram para Master System e Mega Drive desta forma, para citar alguns.

A série na década de 90
A Sega, apesar de contar com a série "Shinobi", também queria abraçar grandes sucessos da plataforma rival e conseguiu licenciar "Ninja Gaiden" em um acordo com a Tecmo. A produtora de "Sonic" logo produziu, sob um mesmo título, duas aventuras distintas para o Master System e para o Game Gear, este um videogame portátil que a empresa tentava emplacar contra o poderoso Gameboy.

Os dois "Ninja Gaiden" da Sega ignoraram a trilogia lançada para o NES e reformularam os elementos básicos da franquia em novas histórias, bem mais diretas e descomplicadas. Contando um poder maior de processamento, em especial ao maior número de canais de som e paleta de cores, muitos fãs consideram estas conversões superiores aos jogos lançados no console da Nintendo, ainda que com menos charme.

O grande problema para o sucesso de Ryu na Sega foi a época do lançamento: em 1991, quando até o dublê de rapper Vanilla Ice chegou a emplacar um uma música chamada "Ninja Rap", era o sinal de que quase todas as possibilidades já estavam sendo exploradas. A versão de Game Gear saiu naquele ano, uma vez que era necessário todo o poder de fogo, qualquer marca conhecida, para tentar alavancar as vendas do portátil, mas a versão de Master System, que já estava obsoleto, acabou sendo lançada apenas no Brasil e alguns mercados europeus no ano seguinte.

Ainda em 1991, a Tecmo tentou espremer uma última gota da popularidade ninja com "Ninja Gaiden Shadow", uma história paralela criada para Gameboy com parte do código criada pela Natsume para seu jogo "Shadow of the Ninja".

Divulgação
Super Nintendo ganhou uma compilação da série em 1995
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Se o Master System já estava quase morto para a Sega, o Mega Drive ia a todo vapor. Um de seus grandes sucessos em 1991 foi "Streets of Rage", um jogo de briga de rua criado pela Sega utilizando a fórmula consagrada do já clássico "Double Dragon". Como "Ninja Gaiden" fez em sua primeira aparição neste estilo, a produtora levou Ryu de volta às origens em sua estréia na nova geração. Infelizmente ele nunca chegou a tanto.

Devido a problemas de design, que tornaram o jogo simplório e sem nenhuma característica marcante, "Ninja Gaiden" para Mega Drive foi massacrado pela crítica antes mesmo de ser lançado. Como a "ninjamania" também já estava acabada, a Sega não tinha nem mesmo este trampolim para chamar a atenção e abortou o projeto. Com isso, a carreira do ninja Hayabusa, se não estava morta, estava certamente em coma.

Durante o restante da década, Ryu só reapareceu como protagonista em "Ninja Gaiden Trilogy", de 1995, uma compilação criada pela Tecmo da trilogia original para Super NES, que contou com algumas melhorias gráficas e balanceamento, mas também com alguns problemas, como falta de créditos e algumas faixas de áudio.
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