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24/06/2008 - 10h00

Saiba como se tornar um produtor de games no Brasil

HENRIQUE SAMPAIO
Colaboração para o UOL

Reprodução

Ubisoft deve incentivar a procura por cursos profissionalizantes na área de games no Brasil

Ubisoft deve incentivar a procura por cursos profissionalizantes na área de games no Brasil

A Ubisoft está inaugurando uma filial de produção em São Paulo que, a princípio, vai empregar 20 funcionários, sendo a maioria deles brasileiros. É a chance de ingressar em uma indústria bilionária e de trilhar carreira internacional (se estiver interessado em trabalhar na Ubisoft São Paulo, envie seu currículo para jobs.brazil@ubisoft.com).

Mas o que é preciso para trabalhar com jogos? O primeiro passo, como em qualquer profissão é dedicar-se aos estudos. Apesar de estar engatinhando na produção de jogos, o Brasil já possui cursos especializados na área.

Além disso, é preciso escolher qual a sua especialidade ou vocação. Produzir um jogo atualmente exige o trabalho mútuo de dezenas de profissionais em diversas áreas, como programação, arte e design. Para quem gosta de ciências exatas, a área de programação é a ideal, enquanto que a parte artística, geralmente mais requisitada pelos estúdios, é indicada para pessoas que se dão bem com desenho e softwares gráficos.

Já o game designer precisa ser multidisciplinar, pois além de ter uma visão geral do projeto, deve manter contato direto com os programadores e artistas para que o jogo saia com a mecânica e identidade visual planejadas. Elementos de narrativa, quando não trabalhados por escritores, também são de responsabilidade do designer. Outros cargos envolvem a área de testes, a qual exige muita metodologia, e sonora, que geralmente é dividida em design de som, para a criação de efeitos sonoros, e composição, para a trilha musical.

Veja abaixo o que faz alguns dos profissionais da área de produção de jogos e, nas tabelas, universidades que oferecem já cursos ou mantém grupos de estudo.

Animadores: Como o próprio nome sugere, o animador dá vida a desenhos inanimados, utilizando técnicas manuais e ferramentas digitais. Embora existam diferentes tipos de animação, como às feitas a mão, em tecnologia Flash, em pixel, 3D, stop-motion (feita a partir de uma seqüência de fotografias, como as animações de massinha) e rotoscopia (na qual desenha-se por cima de cada quadro de uma filmagem com atores reais), a base de conhecimento da atividade é sempre a mesma; o que mudam são as técnicas e as ferramentas.

CURSOS DE GRADUAÇÃO
Tecnologia em Jogos Digitais
da Universidade Estácio de Sá (Rio de Janeiro, RJ)
Design de Games
da Universidade Anhembi-Morumbi (São Paulo, SP)
Jogos Digitais
da UNISINOS (Porto Alegre, RS)
Graduação Tecnológica em Jogos Digitais
da PUC (Belo Horizonte, MG)
Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais
FEEVALE (Novo Hamburgo, RS)
Tecnologia em Desenvolvimento de Jogos Digitais
da Fatec (São Caetano, SP)
Raramente um bom trabalho de animação é feito por uma pessoa só. Existem diversas etapas durante o processo, começando por um storyboard (seqüência de quadros para cenas animadas, como em um gibi, que descrevem toda a ação, do começo ao fim), rascunhos dos desenhos, finalização, digitalização, colorização e mais.

As animações em 3D também começam a partir do storyboard e de desenhos para referência, seguindo para a modelagem dos personagens e cenários para, apenas então, dar início ao processo de animação. No caso dos jogos, o profissional também cria ciclos de animação para as ações do personagem.

Artista 2D: O artista 2D geralmente é responsável pela criação de ilustrações conceituais de personagens e cenários, além da criação, captura e edição de texturas para modelos em 3D. O domínio das técnicas de desenho e de softwares como o Photoshop é indispensável. Geralmente sob o comando de um diretor de arte, o artista 2D é responsável por dar forma e aparência ao universo e personagens idealizados pelo game designer, portanto, é preciso saber lidar com diversos estilos de desenho. Em jogos para consoles portáteis e celulares, o artista 2D deve ter uma boa noção de desenho e técnicas em pixel art.

GRUPOS DE PESQUISA
. PUC-RioRio de Janeiro, RJ
. PUC-RSPorto Alegre, RS
. SENACSão Paulo, SP
. UFFNiterói, RJ
. UFPERecife, PE
. UFPRCuritiba, PR
. UFRGSPorto Alegre, RS
. UNEBSalvador, BA
. UNICAMPCampinas, SP
. USPSão Paulo, SP
O mapeamento de texturas em modelos 3D também pode ser feito pelos artistas 2D, portanto o trabalho com fotografias e a noção de texturização de objetos em 3D é bem-vinda. Outros elementos em 2D dos jogos, como mapas, botões, itens e interfaces, também podem ser feitos por estes profissionais.

Artista 3D: Uma vez que o artista 3D trabalha diretamente com o diretor de arte, game designer e artista 2D, ele precisa não apenas dominar softwares 3D como também ter noções de desenho e, principalmente, de modelagem de esculturas. A partir da arte conceitual, o artista 3D cria em softwares tridimensionais modelos para serem usados diretamente nos jogos, seja de personagens ou cenários. As esculturas em massinha geralmente são usadas como referência para objetos e personagens mais complexos, mas o processo não é obrigatório.

Todos os objetos que compõem o universo de um jogo em 3D, desde pequenos itens até personagens e chefes, são trabalhos por esses artistas, muitas vezes em conjunto com outros profissionais, como os artistas 2D. O mapeamento de texturas em objetos tridimensionais também pode ser feito pelo artista 3D, que geralmente têm um maior conhecimento de propriedades de materiais, aplicado na etapa de finalização dos cenários e personagens, aumentando assim o realismo do jogo.

CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO
Universidade Veiga de Almeida (Rio de Janeiro - RJ), Universidade Gama Filho (Rio de Janeiro - RJ), SENAC (São Paulo - SP) e Universidade Positivo (Curitiba - PR)
Especialistas em efeitos especiais: Em jogos em 3D, o especialista em efeitos especiais fica encarregado de dar retoques às texturas, materiais, iluminação e demais aspectos que compõem os cenários e personagens, aumentando o realismo do ambiente virtual, além de criar efeitos visuais. No desenvolvimento de "Bioshock", por exemplo, no qual a água era um elemento-chave e precisava de um tratamento diferenciado, o especialista em efeitos especiais foi o responsável por trabalhar nos aspectos físicos deste elemento, tornando-o convincente o suficiente para causar a sensação de realismo. Para tanto, o especialista em efeitos especiais trabalha com softwares 3D, de edição de imagem e vídeo, mesclando os resultados a partir de técnicas e importando-os para dentro do jogo.
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