24/12/2004 - 09h46 Entrevista: Thiago Carriço, campeão de FIFA da Redação Thiago Carriço discursa após receber prêmio, na Suiça | O Brasil provou que é líder não só no futebol real, mas também no virtual, quando o carioca Thiago Carriço de Azevedo, 21, venceu o campeonato mundial de "FIFA 2005", realizado em dezembro, em Zurique, na Suiça.
UOL Jogos teve a oportunidade de conversar com o campeão, que conta as dificuldades que teve para chegar na final e como foi seu confronto com os maiores jogadores do mundo.
Você já competia profissionalmente em games, ou essa foi o seu primeiro campeonato?
Já competia há alguns anos, inclusive já tinha participado do World Cyber Games, que ocorreu em Outubro, nos Estados Unidos.
Qual é a sua experiência jogando "FIFA" e Xbox?
Jogo "FIFA" desde 1994, e disputo campeonatos desde 2000, mas sempre no computador. Essa foi a primeira vez que joguei no Xbox, e gostei bastante.
Qual sua opinião sobre o jogo da Electronic Arts?
Acho que "FIFA 2005" evoluiu muito em relação à edição anterior. A jogabilidade melhorou, assim como os gráficos. Ainda tem alguns bugs, mas no geral considero um jogo muito bom.
Você começou essa aventura decidido a vencer ou foi curioso para ver até onde chegaria?
Eu esperava ficar entre os três primeiros, mas não vencer. Achei que seria muito difícil vencer o coreano, que era o favorito. Mas depois que ganhei dele na semi-final ganhei confiança para a final e consegui vencer.
Como foi a experiência de enfrentar os estrangeiros fora de casa? Afinal, eram os melhores do mundo...
Esse foi meu segundo campeonato internacional, e a experiência que ganhei no primeiro me ajudou muito a jogar melhor nesse.
Como foi a emoção de representar o Brasil em um evento de futebol virtual no exterior? Você se sentiu obrigado a fazer bonito?
É sempre emocionante representar o país, mas não me sentia pressionado, já que o favorito era o coreano, e acho que isso me ajudou bastante. Estava tranqüilo e pude jogar o meu melhor.
Qual foi o momento mais difícil do campeonato?
Foi na fase de grupo, não estava conseguindo jogar bem pois estava estranhando a velocidade do jogo. Estava acostumado a jogar na TV, e lá eram monitores LCD, que tem taxa de atualização de tela mais baixa, o que deixa o jogo um pouco mais lento. Só a partir do terceiro jogo é que começei a me acostumar e consegui jogar melhor.
E o mais emocionante?
Foi quando fiz o terceiro gol no coreano, ali vi que podia ganhar o campeonato.
Você não jogou com a seleção brasileira na final. Isso foi uma decisão estratégica ou fazia parte das regras do campeonato?
Foi estratégica mesmo. Até o "FIFA 2004" eu jogava com o Brasil, mas nesse "FIFA 2005" o Henry é muito melhor que os outros jogadores, então eu fiquei entre França e Arsenal, e acabei optando pela França.
Azevedo recebe troféu de Lothar Matthäus e Urs Linsi |
Você vai aproveitar essa chance para procurar novos patrocinadores?
Eu já jogo profissionalmente, tenho patrocinio da Intel, que é muito importante pra mim. Depois desse campeonato é possível que outras empresas de outras áeras também se interessem em me patrocinar, o que seria ótimo.
Algum recado para os jogadores de FIFA brasileiros?
Gostaria de mandar um abraço para os fifeiros do Brasil e espero que esse meu título ajude toda a comunidade a se desenvolver.
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