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Reportagens

14/09/2005 - 15h28
Produtores brasileiros de jogos conquistam o exterior

Por Théo Azevedo

Que o Brasil possui diversas produtoras de games, que empregam talentos e ajudam a progredir a indústria de jogos local, não é mais novidade.

Porém, você sabia que já existem brasileiros no exterior trabalhando em grandes empresas da indústria do entretenimento eletrônico, como Electronic Arts e Microsoft?

Talvez o que ocupe o cargo mais notável seja Bruno Silva, um dos gerentes de desenvolvimento do grupo Xbox 360 e que está na Microsoft há dez anos. Formado em engenharia, ele trabalha com desenvolvimento de software básico para o console de próxima geração.

Já Eduardo Poyart, após graduar-se em Engenharia da Computação e concluir mestrado na Puc do Rio de Janeiro, foi trabalhar na produtora Treyarch. Se você jogar "Spider-Man 2" e espiar os créditos, verá o nome dele e mais os dos brasileiros Alex Bortoluzzi, Leonardo Zide e Christian Diefenbach dentre as dezenas de envolvidos no projeto.

O caminho das pedras está aí. Envolve estudo, esforço e, porque não, alguma dose de sorte. Há quem diga hoje em dia, em tempos de crise, que é preciso agarrar qualquer oportunidade que apareça pela frente, mas, certamente trabalhar com o que se gosta é muito melhor. E bem mais divertido.

UOL Jogos entrevistou alguns dos profissionais, que estão colocando o nome do Brasil no mapa dos jogos eletrônicos. Saiba como eles chegaram até lá.


Raphaella Caldeira Lima, 25 anos, de Vitória (ES)

. Supervisora de música do estúdio da Electronic Arts, em Los Angeles.
. Formada em Marketing e Propaganda na Emerson College em Boston.


Trabalhos recentes: supervisionou as trilhas sonoras de "FIFA 2006", "NBA Live 2006", "Madden 2006", "NASCAR 2006", "Tiger Woods 2006", "The Sims 2: Vida Noturna", e coordenou as sessões de orquestra para "Bond: From Russia with Love" e "Medal of Honor: European Assault". No momento está trabalhando em projetos com lançamento marcado para o ano que vem: "Rugby 2006", "FIFA World Cup", "FIFA Street 2", "Fight Night 2006" e "Def Jam 3".

Como conseguiu o emprego: "Comecei a atuar na área de música em Los Angeles logo depois de formada, produzindo uma revista de música em DVD chamada '750mph'. Nessa época, me envolvi com supervisão de música para vídeos de esportes extremos e na seleção de canções para o show de TV do Tony Hawk e para o jogo 'Razor Scooter'. Então, meu chefe foi contratado pela EA e me chamou para ser sua assistente, em 2002. Fui promovida à coordenadora de projetos e, em seguida, à supervisora de música".

Dia-a-dia: seleciona músicas para demos, vídeos e apresentações (trailers para a E3, por exemplo), e também para o produto final; controla a verba central destinada à trilha sonora; estabelece contato com artistas novos e conhecidos para a criação de músicas exclusivas; pesquisa canções para saber quais se encaixam no game selecionado.



Marcos Cardoso Boyington, 23 anos, de Joinville (SC)

. Engenheiro de software do estúdio da Electronic Arts, em Los Angeles.
. Formado em Ciências da Computação na University of California, em Riverside.


Trabalhos recentes: Em junho, terminou "Medal of Honor: European Assault" e agora trabalha em um projeto ligado a "The Lord of the Rings" ("O Senhor dos Anéis"), sobre o qual não pode revelar detalhes.

Como conseguiu o emprego: "Comecei em computação bem novo, mais ou menos aos 15, com C++. Aos 16, já tinha criado meu primeiro joguinho no Macintosh. Durante a faculdade, consegui um trabalho numa empresa em Riverside, fazendo a mesma coisa (engenharia de software). Depois de concluir a universidade, em 2004, consegui um estágio na EA e depois que o pessoal aqui viu minhas qualificações, obtive o emprego".

Dia-a-dia: "Basicamente, 99% do que faço é programar em C++. Os designers ou outros engenheiros de software me pedem algo (por exemplo: 'precisamos que o jogo seja um pouco mais rápido e use menos memória', 'queremos um novo tipo de explosão que faça algo estranho' ou 'queremos que esse soldado pareça mais inteligente' etc.), e eu analiso, vejo se é possível ou não. Se for, faço o necessário para acontecer".



Eduardo Trama, 38 anos, de São Paulo (SP)

. Engenheiro de software de áudio do estúdio da Electronic Arts, em Los Angeles.
. Formado em Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica, pela UNIFEI, com mestrado em Tecnologia da Engenharia de Música, na University of Miami.

Trabalhos recentes: Atuou em "Medal of Honor: European Assault", mas não pode falar sobre projetos atuais. "Como vocês sabem, nesta indústria manter o sigilo dos projetos é essencial".

Como conseguiu o emprego: "Quando estava trabalhando para a Nintendo, havia decidido me mudar para o sul da Califórnia, para que minha esposa pudesse ficar perto de seus pais. Aí um agente de empregos me informou sobre a oportunidade na EA. Na mesma época, participei das palestras de áudio na GDC (Game Developers Conference). Erik Kraber, diretor de áudio da EA, havia apresentado seu trabalho na produção de áudio da série 'Medal of Honor'. Meu interesse dobrou após esta palestra e algumas semanas depois eu já estava trabalhando na EA".

Dia-a-dia: "Parte do meu trabalho envolve constante comunicação com os diretores de áudio e designers de som a respeito das ferramentas e recursos utilizados no game. Embora nosso dia-a-dia seja bem informal, todas nossas atividades são discutidas, criadas e documentadas após várias reuniões com gerentes de software e designers de som. A segunda parte do meu trabalho é desenvolver e criar o software de áudio usado nas ferramentas e no game, processo interativo onde os designers de som dão suas opiniões e novas opiniões sobre o software criado".



Jeferson Valadares, 29 anos, Rio de Janeiro (RJ)

. Produtor da Sumea, um estúdio de jogos para celulares da Digital Chocolate em Helsinke, na Finlândia.
. Bacharel e mestre em Ciências da Computação.



Trabalhos recentes: antes de se mudar para a Finlândia, Valadares trabalhou nas produtoras brasileiras Jynx Playware e Ignis Games. Atualmente, trabalha em dois projetos que ainda não podem ser divulgados.

Como conseguiu o emprego: "Eu conhecia o antigo diretor do estúdio e a oportunidade acabou aparecendo numa época boa tanto para empresa quanto pra mim".

Dia-a-dia: "Sou o principal responsável pelo desenvolvimento de um projeto. Basicamente, tenho que fazer tudo o que for necessário para que os desenvolvedores (artistas, designers, programadores) desempenhem seu trabalho da melhor forma. Isso inclui desde organizar e dividir as tarefas até pedir pizza. Com certeza, algumas tarefas são mais divertidas que outras, mas é só manter o resultado final em mente que tudo funciona".

Para quem quer começar:
Cursos desenvolvimento de games disponíveis no Brasil