AKIRA SUZUKI
Enviado especial a Tóquio

"Virtua Fighter" carrega a responsabilidade de ser um dos primeiros jogos de luta na era do 3D, quando se pensava que apenas jogos de carros podiam ser feitos com essa técnica. Também foi, com a genialidade do criador Yu Suzuki, ser um dos games de luta mais equilibrados e estrategicamente profundos, adorado pelos jogadores entusiastas. A quinta edição é, desde já, idêntica à edição para fliperamas.

A experiência do arcade fica completa com um controle especial igual à versão dos fliperamas, mas para ser usado no PlayStation 3. Com ele, naturalmente, os golpes saem com muito mais facilidade. É de se imaginar que o controle original do PS3, que é basicamente igual o do PS2, não tenha o mesmo grau de precisão. A resposta aos controles é simplesmente imediata, também graças à taxa de quadros de 60 por segundo.

Entre os games para PlayStation 3, assim como "Devil May Cry 4", o visual de "Virtua Fighter 5" é um dos mais bem polidos. Os personagens têm construções complexas, com textura para cada nervura e imperfeição da pele, por exemplo. Só é uma pena que tudo isso seja estragado, em parte, com uma iluminação estranha, que faz os lutadores pareçam como feitos de plástico.

As animações também estão excelentes, sem sombra de movimentos robóticos. Nesse ponto, "Virtua Fighter" é superior aos concorrentes, ainda que sejam franquias amplamente populares, como "Tekken" e "Dead or Alive". E o mesmo cuidado está nos cenários, que abusam do poder do PlayStation 3. Num deles, os lutadores se digladiam numa poça de água, que traz um efeito bem natural.

"Virtua Fighter 5" é um jogo exclusivo para PlayStation 3.