AKIRA SUZUKI
Enviado especial a Tóquio

"Heavenly Sword" também já é um velho conhecido dos tempos de apresentação do PlayStation 3 e sua demonstração jogável foi visto na última E3, em maio. Mas, mesmo cinco meses depois, a peça vista na feira japonesa era a mesma do evento norte-americano.

O game foi apelidado de "goddess of war" em razão de sua semelhança com o aclamado "God of War", título da própria Sony. Mas os pontos de contatos ficam apenas mesmo na aparência - a personagem principal possui uma arma com corrente e uma espada potente -, pois a ruiva de "Heavenly Sword" tem grande dificuldade para completar uma seqüência de golpes. Os oponentes conseguem encaixar seus ataques com eficiência.

Talvez isso seja uma conseqüência da falta de fluidez nos golpes da guerreira. Isso é uma pena, pois o jogo tem um sistema inteligente de troca de armas, com três tipos deferentes de equipamento. Basta manter um dos dois botões de ombro pressionados, enquanto aperta um dos botões de ataque.

Isso permite uma combinação variada de golpes. Mas também há outros tipos de ataques, como pegar objetos no chão e arremessar contra os adversários. Mesmo que seja uma demonstração velha, tecnologicamente, "Heavenly Sword" é um dos mais avançados entre os títulos para PlayStation 3.

A quantidade de objetos na tela é grande, os cadáveres não somem e tudo tenta obdecer as leis da física, como a gravidade. Além disso, há uma profusão de efeitos visuais, que deixam o título como um dos mais belos para o console. A lista inclui sombras projetadas tanto no cenário como nos personagens, brilho que deixa a tela mais poética e uma iluminação excelente, como se pode comprovar no brilho das lâminas das espadas.

Esse poderio reforça as emoções das cenas de eventos interativos, como nas lutas contra os chefes. Aqui, para derrotá-lo, é preciso apertar os botões e direcionais como pedido na tela. "Heavenly Sword" pode se tornar um grande game, mas ainda precisa ajustar a habilidade de combate da guerreira.