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Direto da TGS: "Rygar" perde grandeza no Wii

<b>AKIRA SUZUKI<br> Colaboração para o UOL, d

11/10/2008 17h26

Clássico dos anos 1980, "Rygar" nasceu nos fliperamas. No original, o game era de ação e plataforma com visão lateral, e o herói homônimo se destacava por manipular um escudo preso a uma corrente, chamado de Disk Armor. Seis anos depois de uma versão para PlayStation 2, "Rygar" chega para Wii, mas é daqueles títulos que insiste em uma única idéia, óbvia e batida: fazer o jogador chacoalhar o controle como se estivesse manipulando a arma do herói.

A demonstração vista na Tokyo Game Show trazia duas opções de jogo: história e arena. O primeiro traz porções de exploração, enquanto o segundo tem como o foco os combates. O demo trazia apenas dois golpes: ao mover o Wii Remote num arco para frente, mantendo apertado o botão A, Rygar ataca com um golpe de cima para baixo, que é potente, mas pouco abrangente. Já fazendo um swing (também com o botão A pressionado) de um lado para outro, o ataque é rasteiro, e, nesse caso, a vantagem é envolver mais inimigos.

Em ambos os casos, o poder de ataque é tanto maior quanto mais rápido se move o Wii Remote. Não há seqüência de ataques, apenas golpes únicos e pesados, cujo acionamento não é dos mais rápidos. Apesar de ser divertido derrotar os inimigos com esses ataques, em pouco tempo a reduzida quantidade de golpes começa a mostrar suas limitações, fazendo a ação cair na monotonia. O controle da câmera também tem seus problemas, pois o ângulo de visão não é modificado pelo deslocamento, mas basicamente quando se usa o botão B, que posiciona a câmera atrás do personagem.

No modo de arena, o jogador avança de estágio ao derrotar todos os inimigos da fase. Cada nova cena traz oponentes mais poderosos e, no final, aparece um chefe. Na demonstração da Tokyo Game Show, um grande minotauro esperava o jogador. A estratégia básica consiste em deixar o ser mitológico tomar a iniciativa, para depois contra-atacar. A julgar pela demonstração do game, "Rygar: The Battle of Argus" é um título muito cru, e precisa de muitos ajustes para voltar a ter a glória dos dois episódios anteriores.