Topo

Para Crytek, demo é 'luxo' e caro para as produtoras

17/04/2010 12h40

A discussão sobre disponibilizar ou não demonstrações jogáveis de games eletrônicos parece não ter fim. Recentemente a Electronic Arts gerou polêmica ao comentar sobre a possibilidade de cobrar cerca de US$ 10 a US$ 15 na Live e PlayStation Store pelo que seriam demos com mais conteúdo, porém longe de serem jogos completos.

Agora chegou a vez da Crytek colocar o dedo na ferida, questionando ou não a necessidade do lançamento de demonstrações jogáveis.

"Demonstrações gratuitas é um tipo de luxo que temos na indústria de jogos e que não observamos em nenhuma outra indústria, como a de filmes", comentou Cevat Yerli, presidente da Crytek. "E justamente por termos este luxo por tanto tempo é que as pessoas estão reclamando de nossos planos em mudar isso. A realidade é que provavelmente não teremos qualquer demo gratuita no futuro".

O gratuito é caro

Yerli diz que a ideia da Electronic Arts não é um problema em si, mas da maneira como isso foi apresentada. "Toda vez que vemos uma publicadora fazer algo para melhorar a indústria, fazendo as coisas serem comercialmente viáveis e aquecer o mercado, as pessoas pensam instantaneamente que é um truque para simplesmente lucrar", analisa.

"Sim, é um pouco impopular, mas trata-se de um problema de mensagem. Existe aqui um interesse de dar aos jogadores algo mais do que uma pequena demonstração gratuita", continua.

Para Yerli, a questão não é entre demos gratuitas ou maiores e pagas, pois o modelo de negócio em que se não cobra pelas demonstrações está ficando insustentável. "Penso que veremos mais e mais jogos não tendo demos no futuro, pois isso está ficando proibitivamente caro", arremata.
Mais
EA terá demonstrações pagas, diz analista