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Direto da E3: Renovação de um clássico, "X-Com" pouco impressiona

OTAVIO MOULIN<br> Colaboração para o UOL, de

18/06/2010 11h21

"Era sobre medo daquilo que não conhecemos e pela busca de ferramentas para acabar tal medo e enfrentar as ameaças ocultas" filosofa o produtor Drew Smith ao apresentar "X-Com", reimaginação da franquia estratégica da antiga Microprose que se tornou um fenômeno cult na década de 1990.

"Foi com certeza o melhor jogo de estratégia de seu tempo, mas as coisas mudaram e queremos misturar o 'X-Com' que as pessoas conhecem com o 'X-Com' que ninguém conhece", continua o designer ao tentar explicar a mudança da mecânica para algo bem próximo de "Bioshock" e sua ação em primeira pessoa.

O discurso não foi muito convincente. Há algumas idéias interessantes na mecânica, mas não o bastante para justificar uma mudança tão radical. O funcionamento é muito parecido com dezenas de outros jogos de tiro atuais, com a adição de elementos de pesquisa para criar novas armas ou o gerenciamento de seus companheiros de esquadrão controlados pelo computador.

O jogo deve ser lançado somente em 2011, evidente pelos gráficos modestos da demo revelada. As texturas, modelos e efeitos eram em sua maioria comuns, com apenas algumas ousadias como na explosão do chamado Blobotov, uma espécie de granada de gosma alienígena que espalha uma grande poça inflamável pelo cenário. Nos combates, monstros feitos da mesma substância foram os únicos acima da média, deixando rastros permanentes pelos cômodos da casa que atacavam.

A história no fim das contas pareceu ser o maior trunfo do título, pois explora o início da organização X-Com, responsável por investigar acontecimentos sem explicação aparente. A trama se desenrola na década de 1950 e coloca o jogador na pele do chefe da equipe, o agente especial William Carter, no pareceu ser, entre outras várias, uma homenagem ao seriado "Arquivo X".

História de ficção se baseia em clássico de estratégia