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E3 2011: Maior e melhor, "Gears of War 3" é o auge da ação cooperativa no Xbox 360

PABLO RAPHAEL

Enviado especial a Los Angeles

08/06/2011 13h05

A Epic Games escolheu uma badalada casa noturna de Los Angeles para demonstrar pela primeira vez o modo multiplayer cooperativo de "Gears of War 3", o capítulo final da trilogia de ação que se tornou um dos ícones do Xbox 360. Ice T e sua banda, Bodycount, estremeciam o palco com uma música composta especialmente para o game, um som pesado e digno das batalhas viscerais de Marcus Fênix e seus companheiros contra os temíveis Locust. "Essa é a parte três, você já esteve aqui antes" diz a letra da canção, que resume bem a sensação de jogar "Gears of War 3": em sua essência, é um jogo muito familiar aos dois anteriores, os veteranos da série já estão acostumados com o sistema de se esconder e atirar, com os golpes de serra elétrica e a recarga estratégica das armas. Também estão familiarizados com a jogatina cooperativa, na qual é tão importante manter os companheiros vivos quanto dilacerar os oponentes.

"Gears of War 3" preserva todos esses elementos e não muda em nada o estilo ritmado da ação que é marca registrada da série e mesmo assim consegue introduzir novidades. O novo modo Horde é um bom exemplo disso: o grupo de quatro jogadores precisa sobreviver ao ataque de sucessivas ondas de inimigos, cada vez mais fortes e desafiadores. A modalidade, que estreou em "Gears of War 2", retorna com melhorias significativas e elementos estratégicos que tornam as partidas ainda mais empolgantes.

Ao começar cada um dos estágios, os jogadores podem fortificar a área ao seu redor, construindo um verdadeiro quartel-general, com cercas de arame farpado e torres de artilharia. Esse equipamento pode ser ampliado e melhorado no decorrer das fases, ao custo dos créditos adquiridos com a matança dos inimigos. Nas primeiras fases, soldados Locust comuns e monstrinhos explosivos infernizam o grupo e é fácil proteger a base, mas conforme o jogo avança e Grinders, soldados de elite armados com metralhadoras giratórias, granadas incendiárias ou escopetas destruidoras e muita resistência a dano dominam o campo de batalha, é preciso muito mais coordenação do grupo para sobreviver e lutar por mais uma onda.

Na décima e última onda da demonstração da Epic, a coisa fica realmente feia: vários monstros enormes invadem a arena, atropelando os jogadores e golpeando com punhos e tentáculos. As criaturas têm um único ponto fraco no centro do peito, bem protegido por um exoesqueleto. Para irritar a criatura e abrir sua guarda é necessário coordenar os ataques e ter alguém preparado para aproveitar a oportunidade, que não dura muito. Ao mesmo tempo, é preciso salvar colegas em apuros e rolar para se esquivar das investidas dos adversários, até que o último Locust seja derrubado - ou todos os Cogs morram tentando.

Jogar o modo Horde de "Gears of War 3" é uma experiência viciante e recheada de momentos intensos criados pelos próprios jogadores, e nem por isso, menos emocionantes do que aqueles vistos na campanha principal do game. Se "Halo" e "Call of Duty" são as principais referências quando o assunto é multiplayer competitivo, nada no Xbox 360 se compara ao jogo da Epic quando se trata de ação intensa e cooperação.