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E3 2011: Genérico, "Spider-Man: Edge of Time" é confusão em dose dupla

PABLO RAPHAEL

Enviado especial a Los Angeles

10/06/2011 21h13

Após o sucesso de "Spider-Man: Shattered Dimensions", era de se esperar que a Activision caprichasse para manter a qualidade dos games do Homem-Aranha, mas não foi isso que o UOL Jogos viu durante a E3 2011 na demonstração de "Spider-Man: Edge of Time".

O jogo, ainda em estágio bastante inicial de desenvolvimento, parece genérico ao extremo, consistindo em sequências de ação onde tudo que importa é esmagar botões como se não houvesse amanhã.

O jogador distribui sopapos e pontapés em oponentes robóticos idênticos, salta para lá e para cá, continua batendo no que vier pela frente - sempre os mesmos robôs por sinal - e por fim, avança para a próxima área. Só para repetir tudo de novo.

Nem mesmo o roteiro de Peter David, da Marvel Comics, parece capaz de salvar o aracnídeo dessa enrascada. A trama envolve os Homem-Aranha do presente e o do ano 2099 na luta contra um cientista louco vindo do futuro que, com o auxílio do vilão Venom, deseja matar Peter Parker, o Aranha de hoje em dia.

O Homem-Aranha do ano 2099 Miguel Ohara e o aracnídeo contemporâneo conseguem se comunicar telepaticamente e precisam se ajudar para derrotar os vilões. Games que envolvem linhas temporais diferentes costumam render mecânicas criativas de causa e efeito, mas até onde foi mostrado em "Edge of Time", tudo que é preciso para salvar o mundo em duas épocas diferentes é socar a cara dos inimigos, sem parar para pensar.

O estúdio Beenox parece ter muito trabalho pela frente para entregar um game tão bom quanto "Shattered Dimensions", porém, com o lançamento do jogo ainda em 2011, nem o próprio Homem-Aranha conseguiria se livrar dessa teia de confusões.