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Clássico 'dark' da Nintendo, franquia "Metroid" completa 25 anos

AKIRA SUZUKI

Da Redação

05/08/2011 10h44

Em 1986, a Nintendo vivia no Japão o sucesso do Famicom, seu videogame de 8 bits (que nos Estados Unidos se chama NES), graças principalmente a "Super Mario Bros.", lançado um ano antes, e "The Legend of Zelda", que saiu em fevereiro.

"Metroid" veio em 6 de agosto, no mesmo acessório que a aventura de Link estreou: o Disk System, um leitor de discos magnéticos (similares a disquetes) lançado apenas na Terra do Sol Nascente.

A aventura de Samus Aran destoava do clima solar típico dos games da Nintendo, trazendo uma atmosfera mais sombria e de ficção científica. O título veio da junção das palavras "metro" (trens subterrâneos) e "android", fazendo alusão a labirintos debaixo da terra.

Uma das modas que "Metroid" inventou é a do "speedrunning", ou seja, terminar um game no menor tempo possível. Isso porque o final do game mudava dependendo do tempo que se leva para finalizar a aventura: com 5 horas ou menos, era revelado que Samus Aran é na verdade uma mulher, a despeito do que sugere seu nome e sua armadura corpulenta.


Nas profundezas do subterrâneo

Mais que um jogo, atribui-se a "Metroid" a invenção de uma fórmula dentro do gênero de ação, em que se combina exploração não linear e plataformas. Além disso, como num RPG, o jogador é bem fraco no começo, mas no decorrer da aventura consegue-se novas habilidades e armas, permitindo, assim, acessar novas áreas do mapa.

Numa entrevista de 2003, Yoshio Sakamoto, considerado o principal idealizador da franquia, revelou que esse formato era o mais rápido de se produzir. O motivo da pressa é que, a um mês do lançamento, existia apenas o conceito do jogo. Nessa hora, todo o setor 1 de desenvolvimento da Nintendo, liderado por Gunpei Yokoi, o pai do Game Boy, foi escalado para trabalhar no título.

"Metroid" saiu em cartucho um ano depois nos Estados Unidos. Em vez de usar arquivo de "save", o jogador continuava sua aventura através de um sistema de senhas. Aliás, com passwords especiais, era possível jogar com a Samus sem armadura e com todos os power-ups (valeu, Justin Bailey!)

 Depois, Samus passeou por todas as plataformas da Nintendo, do Game Boy ao Wii. Vale uma menção especial para o GameCube, berço da trilogia "Metroid Prime", que reimaginou a franquia como um game em primeira pessoa. O título mais recente da saga é "Other M", feito em parceria com a Koei Tecmo.

Parabéns, Samus!

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