"Counter-Strike é mais esporte do que violência", diz produtor de "Global Offensive"

Todo mundo já sabe: dois dos principais títulos deste fim de ano são "Call of Duty: Modern Warfare 3" e "Battlefield 3", games de tiro em primeira pessoa notórios tanto por seus gráficos ultra realistas como pela alta dose de violência.

Por mais que muitos jogadores encarem normalmente esse lado violento como uma forma de expressão deste tipo de mídia, fato é que ainda hoje continua sendo um tema controverso, pivô de episódios que se arrastam até hoje, caso do projeto do senador Valdir Raupp que busca tornar crime fabricar, importar ou distribuir jogos de videogames ofensivos "aos costumes e às tradições dos povos, aos seus cultos, credos, religiões e símbolos".

Mas será que o antigo "Counter-Strike", lançado em 1999 pela desenvolvedora Valve, ainda é um jogo extremamente violento e possível má influência para gamers mais novinhos?

O produtor do novo "CS: Global Offensive", Chet Faliszek tem a resposta na língua: "Hoje em dia, "Counter-Strike" é muito mais um esporte do que uma demonstração da vida real".

"São mais de 25 milhões de pessoas no mundo que já jogaram 'Counter-Strike', é provável até que algumas pessoas do governo que proibiram o game já o tenham jogado", emenda Faliszek, em alusão ao período entre janeiro de 2008 e junho de 2009, quando o governo brasileiro proibiu a comercialização do game no país por conta da violência que apresenta.

Em busca do mais forte

"Counter-Strike: Global Offensive" - ou "CS: GO", como o produtor e os fãs mais chegados já estão chamando - é uma versão repaginada do clássico que chega em 2012 para PC, PlayStation 3 e Xbox 360.

Ele mantém a simulação de física de "CS: Source", mas inova com visual refeito, sistemas refinados de partidas online e mapas clássicos ajustados para partidas mais equilibradas.

A ideia de fazer o game nasceu do próprio amor do pessoal da Valve pelo game. "'CS: GO' começou como uma adaptação de 'Source' para Xbox Live Arcade, mas aí começamos a jogar e ficamos tão empolgados que decidimos investir mais", explica Faliszek.