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Clássico adventure brasileiro, "Gustavinho em o Enigma da Esfinge" retorna em versão para iOS

Théo Azevedo

Do UOL, em São Paulo

11/01/2013 12h00

Lá pelos idos de 1996, quando o drive de CD-ROM, conhecido como kit multimídia, era o ápice da inovação da informática no Brasil, “Gustavinho em o Enigma da Esfinge” chegou às prateleiras para dividir espaço no PC com adventures como “The Dig” e “Day of the Tentacle”.

Desenvolvido por um grupo de seis pessoas, funcionários do estúdio paulistano 44 Bico Largo, “O Enigma na Esfinge” levou um ano para ficar pronto e, embora não pudesse ser comparado às superproduções da LucasArts, era surpreendentemente bom. O público-alvo eram as crianças, mas muitos adolescentes e jovens adultos também entraram na onda.

Tanto que “O Enigma da Esfinge”, contando pacotes e relançamentos, vendeu ao todo 60 mil unidades no país, uma quantidade admirável até para os dias atuais.

Passados mais de 15 anos, o jogo está de volta, à venda na AppStore por US$ 3,99 (cerca de R$ 8,10). Os gráficos deixaram um pouco de lado o visual de desenho animado da versão original, pois foram refeitos em 3D, e agora há conquistas e dois personagens extras, o alien Inva e a menina Fefa, disponíveis para jogar após terminar a aventura pela primeira vez.

O game, para quem não conhece, conta a história de Gustavinho, um garoto que, ao chamar um senhor de “múmia”, acaba indo parar no Antigo Egito. Para poder voltar pra casa, ele deve enfrentar vários desafios e viagens, da Europa de Júlio César à África dos faraós.

“Gadgets como iPad permitem a volta dos adventures, pois é um gênero com outro tempo de jogo, por ser aponte-e-clique”, aposta Ale McHaddo, que liderou a produção do original e continua à frente da produtora, agora chamada de 44 Toons, que hoje também trabalha com animação.

  • Por motivos técnicos (e financeiros), desta vez Marisa Orth não vai encarnar a Rainha Isis.

Sem Marisa Orth

Quem tem boa memória talvez se lembre de que uma das principais atrações de “O Enigma da Esfinge” era a participação da atriz Marisa Orth, na época famosa por causa do seriado “Sai de Baixo”. Entretanto Marisa, que fazia o papel de Cleópatra e interagia com Gustavinho, não aparece no remake: “Ela está muito ‘pixelizada’ no original e ficaria caro demais refilmar”, lamenta McHaddo.

Ou seja, nesta nova versão Cleópatra foi redesenhada – em 3D, é claro -, e ganhou também novas vozes.

É possível baixar, de graça, uma versão teste que inclui a primeira fase – o jogo completo tem nove fases. O game segundo McHaddo, deve receber uma versão para Android no futuro.