Para roteirista de "Gears of War", os games atuais são muito violentos

O debate sobre o nível de violência dos videogames chegou até Tom Bissell, roteirista de "Gears of War". Porém, ao contrário do que se imagina, ele acredita que os jogos não são "isentos de culpa" pela violência no mundo real.

"Já me perguntaram algumas vezes sobre isso, mas eu hesito em falar porque sinto uma armadilha do N.R.A. (organização americana que defende os direitos dos civis para usar armas de fogo) ao colocar os holofotes sobre os videogames", disse o escritor ao site New Yorker.

"O que não quer dizer que eu considero os videogames isentos de culpa. Jogos, em geral, são muito violentos", complementou Bissell.

O debate sobre a violência dos videogames voltou à tona nos Estados Unidos desde o massacre de 14 de dezembro do ano passado na escola em Newtown, Connecticut, em que morreram 20 crianças e seis adultos.

Autoridades norte-americanas defendem que os videogames precisam reduzir o grau de violência. Ao New York Times, o próprio Bissell afirmou ser muito difícil criar uma trama convincente para os jogos de tiro atuais.

"[Em] uma história de atirador, analisando pelo fato de que você como personagem, e como jogador, passa 99% do jogo olhando para o cano da arma, não há muito que se possa fazer", explicou. "Elas [as histórias] são fascinantes, mas também são muito constrangedoras".

O mais novo roteiro criado por Bissell pode ser visto em "Gears of War: Judgment", que já está disponível para Xbox 360.