Jogamos: ajustes facilitam 'implacável' "Donkey Kong Country Returns 3D"

Em 2010, o Wii recebeu um novo game da série "Donkey Kong Country", que estava ausente fazia 11 anos, desde o lançamento de uma versão para Nintendo 64. "Returns" foi bem recebido pelos fãs de longa data, ansiosos por um legítimo jogo 'hardcore' de plataforma. Apesar da alta dificuldade, quase cinco milhões de cópias foram vendidas.

Agora, com a versão para 3DS, a Nintendo parece buscar um público maior, fazendo concessões para deixar o game mais amigável a jogadores não tão dedicados. Se isso soou como uma ofensa para você, não se preocupe, a dificuldade original do Wii também está no portátil.

Em "Returns 3D", os protagonistas Donkey Kong e Diddy Kong estão mais resistentes: eles tem três pontos de energia cada um, contra dois do original. Além disso, uma série de três novos itens aumentam as chances de sobrevivência: o barril DK portátil permite chamar Diddy a qualquer instante; o protetor aguenta dois pontos de danos nas partes de veículo; e o balão verde salva o personagem ao cair num buraco.

Agora, não pense que, com isso, "Donkey Kong Country Returns 3D" tenha virado mamão com açúcar: a essência do jogo é a mesma e está longe de ser uma diversão casual. Mesmo nas primeiras fases, não são raras a aparição de armadilhas mortais e inimigos casca-grossa, que não são eliminados com um simples pisão.

Novas fases

O 3D estereoscópico dá um toque interessante ao mundo cheio de detalhes de Donkey Kong, mas não é essencial na mecânica de jogo. Há poucas novidades para quem já jogou a edição para Wii, mas a Nintendo incluiu uma área completamente nova, com oito fases inéditas.

Enfim, "Donkey Kong Country Returns 3D" é uma conversão competente do original para Wii, ajustado para que mais jogadores possam extrair diversão desse que é, hoje, um dos raros representantes de um gênero em desuso, ao menos fora do universo da Nintendo: os games de plataforma.

*O jornalista viajou a convite da Nintendo.