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"Assassin's Creed IV" é duas vezes maior que o antecessor, diz produtor

Felipe Carettoni

Do UOL, em Los Angeles

13/06/2013 10h22

Se em "Assassin's Creed III" a produtora francesa Ubisoft inovou ao apresentar florestas e outros terrenos selvagens como cenários, em "AC IV: Black Flag" a ousadia é digna dos lendários piratas que prometem povoar os setes mares da nova aventura.

"Black Flag" abandona de vez os grandes cenários urbanos dos títulos anteriores e recria as ilhas do Caribe no estilo de mundo aberto e de livre exploração, misturando elementos de "Far Cry 3" com a navegação de "The Legend of Zelda: The Wind Waker".

De acordo com o produtor Martin Schelling, o ambiente do jogo possui o dobro do tamanho em relação ao título anterior. Ele afirmou ainda que a proporção de terra e água é de aproximadamente 60% e 40%, respectivamente, como forma de equilibrar o número de batalhas em solo com as travadas no oceano.

TRAILER DA E3 MOSTRA CENAS DE AÇÃO EM "BLACK FLAG"

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Uma evolução bem-vinda

A demonstração de "Black Flag" exibida na E3 impressionou por revelar muitas mudanças na franquia. O mundo aberto, dividido em ilhas caribenhas no período de 1717, torna a aventura mais variada e permite ao jogador escolher as missões que quiser.

Em solo tudo se parece muito com os outros títulos da série. Vilarejos são bastante povoados, há multidões ou arbustos para se camuflar, árvores para escalar e missões de assassinatos são comuns. Porém, a evolução fica por conta do oceano.

O personagem inicia a campanha com um barco simples que só pode navegar com uma quantidade mínima de tripulantes. Estes podem ser adquiridos em cidades, conquistados após uma vitória contra um navio inimigo ou recebidos como prêmios em missões de salvamento. Feito isso, pode-se escolher qualquer destino, tanto em missões principais quanto em paralelas - e é aí que a diversão tem início.

Ao ganhar uma batalha contra outro barco, é possível saquear os bens dos inimigos e usá-los para comprar e construir melhorias, como novos canhões, fortificações, reparos ou até novos tripulantes. Assim o jogador é estimulado desde o início a explorar o oceano para se preparar para as missões mais difíceis.

Além disso, ao visitar novas ilhas e encontrar tesouros enterrados, o jogador pode receber novas instruções, ou "blueprints", para tais incrementos. Assim, quem realmente se dedicar à exploração vai se sair melhor durante a campanha e missões extras.

Natureza faz a diferença

De maneira aleatória, o jogo cria fenômenos da natureza em tempo real. Uma tempestade pode aparecer a qualquer momento e dificultar a navegação.

Um furacão, por exemplo, pode significar boa ou péssima notícia: se chegar muito perto dele, o barco é destruído e muitos recursos e tripulantes são perdidos, mas se o jogador for bom o bastante, pode usar o fenômeno a seu favor e atrair inimigos até o local. Com isso, até um diferente soprar do vento já é motivo para alterar o rumo de uma aventura.

Outra boa novidade é a opção de usar um tablet em sincronia com o videogame para auxiliar na navegação. Enquanto a tela principal mostra o navio ou o herói, Edward Kenway, a segunda tela mostra um mapa com radar, quantidade de recursos de um navio inimigo, detalhes da missão e muitos outros atalhos que fazem total sentido para esse título.

Ao ser questionado sobre como isso será possível no PlayStation 3, que ainda não possui um sistema do tipo como o Wii U com o Game Pad ou o Xbox 360 com o Smart Glass, Martin afirmou que a Ubisoft criou seu próprio aplicativo de iOS e Android para se comunicar com os consoles da Sony e Microsoft e será lançado de graça no mesmo período que o jogo.

"Assassin's Creed: Black Flag" chegará ao mercado para PlayStation 3, Xbox 360, PC e Wii U no dia 29 de outubro. As versões para Xbox One e PlayStation 4 ainda não possuem data definida.