Impressões: "Dead Rising 3" posa de jogo sério, mas não muito

A Capcom quer aproveitar a chegada da nova geração para mudar o estilo engraçadinho de “Dead Rising ”. O bom humor tão presente nos jogos anteriores será deixado de lado em "Dead Rising 3", quando o game chegar ao Xbox One em novembro.

“Você está vendo o jogo rodando. O que você acha? Ele está realmente mais sério”, disse o produtor do da Capcom Vancouver, Josh Bridge, ao ser questionado por um jornalista durante a apresentação fechada à imprensa.

O que se percebe logo de cara é a paleta de cores cinza e marrom que permeia todos os outros jogos de zumbis atualmente - bem diferente do colorido e luminoso cenário de "Dead Rising 2".

A aventura se passa em 'Los Perdidos', 10 anos depois dos eventos do jogo anterior. Você controla Nick Ramos, um jovem mecânico que precisa escapar da cidade - salvando outros sobreviventes, é claro - antes que um bombardeio militar acabe com os zumbis e com quem quer que esteja por lá quando as bombas caírem.

Jogo de sobrevivência

A pegada “engraçadinha” das aventuras do fotógrafo Frank West e do dublê Chuck Greene darão lugar a um jogo de sobrevivência em mundo aberto mais voraz. Saem de cena, por exemplo, as engenhocas bizarras que você podia montar e utilizar para detonar os mortos-vivos.

“Os zumbis estão mais agressivos do que nunca. Você notará o quanto eles anseiam pelos seus miolos”, brincou Bridge. “Da mesma forma, quem quer desafio deverá experimentar o modo mais difícil. O ‘Nightmare Mode’ vai torturar os jogadores”, prometeu.

Só pudemos assistir a demonstração de Dead Rising 3" rodando em tempo real. Se dificuldade é algo relativo, é inegável que o game surpreendeu pela magnitude.

Tudo em “Dead Rising 3” é maior: o mapa gigante (o dobro do tamanho do jogo anterior), o número de mortos-vivos na tela e também os detalhes únicos de cada um desses inimigos condenados.

“Esse tipo de coisa só é possível graças ao Xbox One. Os detalhes nos zumbis, a fidelidade dos modelos do jogo em relação aos zumbis que vemos em filmes, nós não conseguiríamos replicar nos PCs mais potentes”, disse.

Poder de fogo

Apesar do jogo não oferecer armas bizarras, a possibilidade de unir diferentes materiais para criar e melhorar armamentos continua presente.

Um deles é o Sledgeshaw, martelo misturado com uma serra circular que, além de esmagar crânios, também serve para fatiá-los ao meio. Com ele você pode executar combos cortando membros diferentes para, no fim, dar a martelada final.

Outro item novo é o sinalizador, que serve para chamar a atenção dos zumbis para um local distante e abrir caminho para as suas fugas.

“Nós temos armas bem legais, mas elas não são tão loucas quanto antes. Isso é proposital para deixar o jogo mais sério”, explicou Bridge.

Alternativas para o massacre dos zumbis incluem pegar um carro e atropelar todos que surgirem pelo caminho ou usar o Smartglass: com um simples toque na tela do tablet, o jogador acessa armas de alto poder destrutivo, como uma série de bombas de napalm que caem em sequência para dizimar hordas de zumbis ao seu redor.

Permanece também o sistema de troca de roupas para ganhar itens específicos, como a roupa de soldado da SWAT que inclui automaticamente uma potente metralhadora.

Visual incrível

Assim como os “Dead Rising” anteriores, o terceiro episódio não tenta oferecer personagens fotorrealistas, mas é inegável o salto de qualidade alcançado nesse game de Xbox One.

Além do grande nível de detalhes nas roupas e diferentes zumbis que lotam a tela, os efeitos de luz e sombra dinâmicas estão muito bonitos e cumprem bem o papel de apresentar o poder do novo videogame, com texturas caprichadas e belos efeitos de partículas e fumaça.

Exclusivo para o Xbox One, “Dead Rising 3” é um dos jogos que acompanharão o lançamento do console, marcado para novembro.